terça-feira, 29 de abril de 2014

Cu-e-Linho da Paz, Coa

Sou uma máquina feita gente
Que toca pro lados pra trás e pra frente
E vive tantos dias quantas as longas noites
Mesmo à procura
Essa loucura
Filtro
Sou como uma montanha ou mar
Sei da manha
A luz do sol ilumina o vale da manhã
Eu no precipício desde o início
As perspectivas do amanhã
O futuro ali
Eu no muro
Entre o claro e o escuro
Juro por esse solo que piso
Vou me jogar
Lá dentro o sol em magma brilha
Imagina 
Eu só no solo com o sol batendo em meu colo
Gestando um novo eu

domingo, 27 de abril de 2014

Ó! eu aqui


Quando nos autoconhemos, agimos melhor. E o autoconhecimento, também, nos dá liberdade de saber escolher o que fazer. Por sua vez essa liberdade nos torna responsável. Somos o melhor fiscal de nossas ações, tanto que não precisarão leis nos proibindo de jogar lixo no chão e outras contravenções penalizadas com multas e cadeia. É esse autocontrole que promove a ordem social. Mas não estamos acostumados a refletir sobre o que, por que e como pensamos e agimos. Simplesmente pensamos, ou nem pensamos, somente agimos. Fazemos tal coisa por costume, facilidade... Preferimos não tomar conhecimento de reflexões dos por quês da vida. Isso poderia exigir uma mudança, sairíamos de nossa rotina. No entanto, tais mudanças são altamente necessárias. Principalmente as pessoas mais buscadoras. Você, por exemplo, que está lendo e entendendo esse texto. Você não chegou até aqui para desistir agora. Somos mais que minerais, vegetais e animais. Seja o que for que pensemos ser mais. Fazemos parte desse algo mais. Somos esse algo mais. Mas juntos é que nos encontramos. E quanto mais refletimos, clareamos os caminhos para dentro de nós mesmos. E la que está a chave que abre todas as portas que nos separam.  Escrevi e você leu. Não desistamos. Não quero aqui parecer nem ser um louco ou pouco. Nem normal, nem muito. Estou tentando chegar ao que sou. E é sem ego que embarco nessa. Sei que posso saber, se me propuser. Dedicar-me. Surgiu-me a palavra “carma” em reflexo a calma. Isso mesmo: paciência harmoniza.

A realização plena pode estar em se autoconhecer e autocontrolar
Resumindo estamos juntos nessa. Sem imposições. Livres para responsável e caridosamente transcender essa nossa situação. A sociedade. A comunidade. O condomínio. Os amigos. A casa. A família. No indivíduo está a doença e a cura. Não é por revolução a mudança. É por evolução individual a solução.
Surpresos com a minha pretensão? Saibam não é minha essa pretensão. Essa vontade de evoluir está no mais que humano em nós. Por tal que até aqui chegamos. Desde o descobrimento do fogo até a vida que tornamos esse jogo.

ESTAMOS DE MUDANÇA

Somos bons sim. Pelo menos a maioria. Somos úteis, cada um em sua função. Um dedo não é melhor que a mão. Não somos nada, a não ser de mãos dadas.

SOMOS OS MESMOS, E VIVEMOS COMO NOSSOS ANCESTRAIS

 Na realidade, o que mudou foi a tecnologia. Nós ainda temos o mesmo corpo que nossos antepassados. Conservamos em nosso íntimo as mesmas diretrizes de valores éticos e sociais de todos os tempos. A sociedade que vivemos vai melhorar, pois somos intrinsecamente, ainda, humanos.





sábado, 26 de abril de 2014

Vida pensada


Algo dominava meu subconsciente. Eu queria fugir do sofrer. Eu queria estar sempre feliz e seguro de que estou fazendo a coisa certa. De que estava sempre bem e por cima. Mas a vida não é assim com ninguém. De sofrer ninguém está livre. Ricos sofrem. Bonitos sofrem. Talentosos sofrem. Saudáveis sofrem. Uma pessoa quando está bebendo, fumando ou usando qualquer outra substância parece não estar sofrendo, mas amanhã quando acordar depois de tudo certamente estará num poço mais profundo. E terá que buscar mais, e cada vez mais saída na fuga.
O tempo me ensinou que a melhor forma de me satisfazer é por meio de uma vida equilibrada e correta. Não digo que hoje sou careta, mas não também muito louco, o caminho que vivo é outro e bem melhor. Achei-me. Superei-me. Saí da maioria que vê na fuga a maior onda. Que nada. Nenhuma substância me levou tão longe quanto minha própria imaginação, que enriquecida por leituras e reflexões me levou a surfar superondas. Verdadeiras aventuras.

Aliviar o sofrimento atrás de sensações nunca satisfez-me. Pode ser que você não acredite, mas bebendo, fumando, cheirando nos tornam incapazes de uma aproximação ao entendimento do que estamos fazendo aqui nessa vida. 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Eu sou seu em Papel e céu

Busco em mim o nós
Algo que desate essa distância
E a faça ouvir nossa voz
Sei que brinco com as palavras
Brigo com as larvas
Lavro a terra fértil de minha mente que as vezes mente
Parece do tamanho de uma noz
Mas é uma semente que leva a promessa de vida
A emoção que sinto ao soltar minha imaginação como pipa no ar
É mesclada com a razão que escabela a beleza até a compreendermos
Ae vem o silêncio de meu espírito
De minha alma calma
Fruto já sou
Mordi da fruta do autoconhecimento
Coloquei cimento nessa minha construção de ser
Desci de mim ao infinitesimal e diminuto animal
Aquilo que anima minha vida pequenina
Ah...eu em meus eus
Será que alguém um dia vai ler e pensar que valeu
Não sei
Mas dialogo com você que ainda não sei se existe ou existirá
Alguém que acompanhe esse texto
É um jogo ao futuro
Que aqui desse passado estou jogando
Não é um dado
Mas aqui tenho me dado aos seis lados
Meus medos
Que desde cedo acusaram-me à dedos apontam
E aprontam
E o vento lá fora, meu próprio invento
O adentro aqui dentro do meu peito
Em suspiro
Não piro
Vivo numa tempestade
Eu nau
Remada por milhões de possibilidades
Ritmadas por esse meu atabaque
Estou na proa
Desse eu fragata
Uma possibilidade se houver, vou tentar
Há de haver terra onde eu possa plantar esse meu desejo de escrever
De desescravizar-me do tempo
E contigo nobre leitor eleito por um trato feito pelo próprio tempo
Ae talvez esteja a eternidade
A eterna idade
Onde nos encontramos quando imaginamos quem amamos
Calmaria
Maria
A luz de meus olhos faróis de sóis
Estrelas entre elas desatrelas
É...
Sou...

Somos...
Vem você

terça-feira, 22 de abril de 2014

Choque rosa ou WATTS VOLTA

Livre
Livre como o ar que adentra-me
Vejo
Olho para fora
Expiro
Um flash em luz clareia-me
Clareira
Quero deitar na relva selvagem
Um tigre a espreita está
Seu olhar rajado me metralha
A luz se divide em claros e escuros
O bom e o mal afinal
Uma crosta
Um fino mágico
A soma psicosoma-me
Não há fuga minha fofa
A pé ou de fuca
O destino me cutuca
Mesmo aqui na bituca
Ando sendo o mesmo
Decifrando-me em cifras que chifram
Traem
Não sei se a verdade está aqui ou em volta
Essa minha revolta
Que vai e entra e sai
De fato jogo fora cada segundo de meu mundo
Nesse momento imundo
Que não é nada mais do uma fração entre o passado e o futuro
É pelo furo no muro que tudo percebo

Mesmo o mais selvagem tem o medo que o preserva


Simple Human

Eu ando com algo engasgado
Mas passa reto
É que não há
Não tenho
Não quero nem saber de você
Saiba que o engasgado era eu
Mas o que engasgava era você
O que não mata fortalece
Ou vira câncer
Cansei de você em mim
E você não é alguém especificamente
Você que aqui digo
É você que não faz parte de mim
Inespecífico
Complicado é...
Mas no mundo que vejo e sinto
Existem pessoas tão vaidosas e incompetentes
Que são bem capazes de tornarem-se simples pedras em caminhos
Que dão trabalho para transpor
Mas são transpostas
A vida que é curta
Curto transpostar vocês seus bostas

Sei que no fundo de suas superficialidades sabem que jogam suas vidas insanas fora
A minha está aqui e para sempre serei assim
Se mil vidas tivesse
As mil já tenho e só eu sei

SOIS
SÓIS
A SÓS


domingo, 20 de abril de 2014

Rifle som o show




Sim eu também fui assim
Mas minha mente coloriu
E...de outras formas
Hoje colore essas nosssas dores
Naturalmente de mais cores
E em cada ai ou oi
O som de minha voz sai mais suave
Sae voando feito ave
Amaria
Ser assim como sou
Ou tento
Assim mesmo tento
Vou direto ao ouvido de quem quero
Por mais que um bek ou um kit modifique-me
Eu sou assim
Sim
A mim
Me reinventei
Ou ia morrer
TNT somos dinamites amantes
Olha minha cara careta dizendo pô
Por que não vem
A vida é um show não
São shows diários de perda e falta de controle
Nessa vida o equilíbrio está em ser o que pode-se
Rimado ao que quer-se
Olha o som de minha respiração já ta mudando
Cada teclado não mantém-me caladado
Fazido
Jazida
Jorro como porra pueril
Nasci nessa M de Brasil
Estou falando com meu domínio
Com domínio
E lágrimas são o que brotam brothers
Quero rifar meu rifle som
Blackout em mim a tanto sim
Por que o não se apresentou
E media a poucos alguns centímetros uns anos
Agora quer liquidar com meu ar de inspirar
Não vou pirar ao que posso controlar
Patrolar
Patrulhar
Meu lar com meu star
Não dá pra parar
Eu não
Eu não
Eu não sei
O que estou escrevendo
Me lato
Um cão estúpido atrás de um pneu de carro
Rodando
Rodo
Mas passo
Feito um cúpido acertando em mim mesmo
A questão é ficar em coroa o cara
O cara que diz sim ou não ao que quer
Eu não sei
Pareço uma piada de um pinto
Que nessa parada parece mais um mosquito
E dos do Humaítá
Só mais um vou ver se dá
É para ser franco que não estou mentindo
O que está acontecendo
Eu não sei
Minha mão quase pega essa lata
Mas minha cara não deixa o braço ir
Nem meus dedos
Meus deus do...
Meus dedos apontam em minha cara
A ida
O que talvez seja
Vida

Quem sabe?

Sobre morrer...
































O tempo passa pelo meu quarto
Aquele que não tenho
Estou tão longe
De mim mesmo de hoje mesmo
O tempo está aqui também
Falamos sobre chuvas e vidas
Caídas em si mesmo
Não adianta nisso não pensar
Olhe longe daqui
A esmo
E talvez verás
Que o que move
Mas o que move a gente mesmo
Não é dinheiro
Mas não vou ser eu
Vai ser você
Que vai dizer isso a si mesmo



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Marco zero

Não esqueço do nosso doce encontro
Uma luz indica onde está minha transpiração
Me despeço e vou andar por ae sólíto
Enquanto o tempo não passa
Pelo aspecto meu vejo em retrospecto
O sol
Lá dentro estou de tão quente
Te espero enquanto te tento
Lágrimas pingam nas páginas de minha vida
Dividida entre o sonho de reencontrar o meu amor
Que foi enterrado dentro de algum buraco num labirinto sem fim
Meu couro todo dói
Açoitado foi
Estou vendo que me acho na beira de um riacho
Prisioneiro de mim mesmo
Estranhamente refletida está tua imagem
Se amo por nós dois
É por pura fragilidade
Pois essa tal liberdade é minha responsabilidade
Sei que sofro
Nessa faculdade que aprendo a livre viver
Mas saiba nada é impossível
Pois só consigo achar-me em minha insensatez
No meu silêncio interior de urros
Gritando teimosos como burros
Aqui está minha alma e meu animal
Ando ainda contigo sem nostalgia
Volta e verá um verão em cada rosto
Se há uma força maior em nós ela está no amor
Incompreensível eu ainda te amar?
Transcendo assim o fim
Sempre ando perdoando sem julgamentos
Perdendo por minha própria vontade enlouquecida
Buscando a eternidade de um sentimento
Que está tão aqui dentro que um dia reencontrará você
E é nessa jornada que está a minha boa vontade
Sem arrependimentos vou indo
Vivendo e ao mesmo tempo morrendo
Quando ancorar minha nau
Os suspiros de amor que dei levarão-me até você
E eu quero terminar este texto
Mas nunca esse sentimento



quarta-feira, 9 de abril de 2014

Cachoeira Íntima

Ninguém vai saber se eu posso ou não
Tenho que tentar
Uma voz em mim diz: vai
Voo a dentro de mim e trago-me de lá
Sigo meus instintos
Uma cachoeira íntima desce
Já vou
Voo
Chegar
O friozinho na barriga é bom
Sim sou eu mesmo agora
Minha missão pessoal
Minha missão mundial
Ora
Claro que eu não sei se estou certo
Mas essa nave que sou
De minha alma projetada
Para essa aventura de viver e não saber ao certo o que fazer
Certo ou não
Vou tentar

Vou voar

Essa é a lei
Não sei
Ler ou ler
Ver ou não ver
Ontem o ar me disse em emoção
"Pense bem
Ouça-se
Fale-se
Construa-se
A semente está plantada
Dirija-se ao seu céu
Os links ultrapassaram seus drinks
Outra fase
Hard
Lágrimas cristalizam
Brilha a luz solar desse seu olhar
E o urro sai"
-Cada célula uníssona grita-

Sou um celular ser
Ser Lula de mim mesmo
Apontados estão todos os meus dedos
Para todos os lados
Livre
Arbítrio
Ar
Água
Fogo
Terra
Tudo em mim berra
No silêncio ouço
Posso ser um suave sussurro
Ao vasto universo
Átomo minúsculo
Meus músculos em espirais mentais
Emocionam meu espírito
Vou segurar as rédeas desse texto
Em sinal de domínio de mim mesmo
Afinal não há final mesmo
Posso outra hora continuar
STAR...T