domingo, 28 de abril de 2013

Motel Fuga Fico





Nas terras de meu pai vivi
Meus cães se foram
E minha filosofia varria com o vento
Vivo nisso ae
No que nem sonhei
É que na verdade os lindos anjos estão por ae
É que meu estilo não os atraem
Eu vivo uma vida
Que é minha
Ando
Caminhando
Levo minha garrafa d'água nos olhos
Tipo um rio que deságua pra dentro
Pra lá achar um lago
No qual divago
Eu bem sei
Que nem sei
Meu estilo não permite
Omite
O que emite
Traio bem ao não amar
Subterfúgios








Não olho as horas fazem tempos








Bemvindos diz a placa na grama
Não pise levite
Outra placa diz não
Eu imagino uma placa em minha imaginação
Nela escrito que é setembro
Ou dezembro
Nem lembro
As melhores fases são
Mesmo em junho
Ou março mesmo
Eu sei não dizem nadas as datas separadas ou esperadas
Mas nada impede as estações de passarem
Lá vai mais um verão. Viu?
Lavo minhas mãos mágicas




E o tempo passa












Onde estou?
Olho pra mim no espelho do pó
Cheio de cheiro
Sou franco
É mesmo um crime
Minhas mãos levarem-me a fazerem isso comigo
Não é só culpa delas
Tenho braços
Uma perfeiçao
Ontem eu pensei em navegar
Mas eu sou um fraco mesmo
Nave gay experimentei
Eu quero você mesmo
Correndo de mim mesmo
Desafiei uma nota mais alta a me alcançar
Gritei correndo
Fui feliz por alguns momentos
Mas sou franco
Sou um frango não sei voar
A panela está a me esperar
Mas não
Pelo buraco da agulha 
Uma águia transpassa
























































e passa para o outro lado
A esse mesmo de minha vida miserável está
Quebro meus discos
Já que eles estão no pen
O HD do que pensei e senti está a se reconfigurar
Sêca a vida está
Que luxo naufragar em todas as próprias lágrimas
Esse rio tinha que dar em algum lugar
O rio eu assim sorrindo
Desemboca no mar
No mar cru
E esse será de fato um fim ao meu meio
Meu meio de viver
A deriva estou no mar



Mas para ler este texto até aqui é só para os encarnados
Aqui os desencarnados estão a sublimar
Aqui aonde plantam os seres brotam
Por causa disso
Não temos comparações
Eu e você que está lendo isso
É que não há mistério
Eu só estou gastando o tempo que resta
E honesta
E simplesmente
Vivendo minha vida
Todas as vidas são interessantes por um ângulo interessante
Quer ver eu não ser nada interessante
Estou sentado num domingo sózinho
E sei que quando o amor não dá certo
Nada dá certo
Talvez uma pessoa que leia isso diga a si
Eu sou assim
E possamos nos encontrar
Nesse Motel Fuga
No qual estamos esperando o nosso amor
E esse esperar é um fazer extremo
Por selecionar
Sei lecionar tudo
Menos amar


sábado, 27 de abril de 2013

Humanitudes




Preto ou branco
Tanto faz
A luz está ae pra clarear
Eu não vou mudar
Eu sou por dentro de toda a cor
E por fora
Joga fora
Rico ou pobre
Vá América pra Europa
Eu sem roupa e sem frio
É que é quente dentro da gente
Aconchegante
Dentro ou fora
Gozo é na camisa suada
Saber ou não o que fazer
A diferença
Há luz e escuridão
Então merrrmão
Se dê a mão
Desmaneia dessa teia
Essa conspiração midiática
Sai da frente da televisão
Abra um livro e o coração
Deixe-se ser
Escreva sua vida
Descreva-a a si
Se sintonize
A origem do verbo é ae e aqui
E a salvação é a mesma solução
Somos só humanos e nada
Pois mesmo sendo tudo
É nessa pulsação que está o lar
Esse é o lugar
Ligar as conexões do HD de Deus
Que somos nós mesmos
Crêatura e crê(ação)

Céu e Hell de 14 Bis



Cheguei de mais um crime
Destruí-me mais uma vez
Da cabeça aos pés
Cheguei de novo ao fundo do poço
Acho que aqui é o meu lugar
Será que é?
Mas não dá eu não consigo
Ou consigo?
Vou tentar de novo
Quem está lendo isso pode até pensar que isso é um diário
Mas não é não
É que assumo todas as dores e culpas do mundo
Olho em cada criatura
E faço uma caricatura
Assim a vida minha atura
É se querem saber?
Eu escrevo por que sou escravo
Eu lavo minha alma
Eu levo minha vida
Eu sou um criminoso se não fizer isso
Será que sou?
Ontem vi um ladrão torrando a grana de um cidadão
Eu nada quis e sai feliz
Não julgo
O setor de julgamentos não é aqui
É pra lá
E pra lá todos um dia iremos
E será o mesmo lugar?
Santos têm um monte

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Do Z pro A



Digo
Disto
Tudo
Indigno-me
Olho o chão
Ele diz entre ele e um vão
Há um não
Acredito cada vez mais
Que não há como prosseguir sem eu
Deixo evaporar meu pensamento
Não sou só mais um
Na China um chinês
Eu com meus clichês
Este texto descreve o que detesto
Que aventura perigosa desbravar-se
E sabe o que mais
Tudo sobre eu
Eu sobre tudo
Estou mesmo cheio de tudo
Um local com água que lave leve
Minhas águas querem se encontrar
Um mar sou
Uma praia de rio sou
O mundo material é uma coisa
Eu andando pelas ruas vi
Que não sou uma coisa
Estou sentindo frio
O mágico sol dá seu show
Meu pai sol
Eu quero um lugar
Onde os astros possam me ligar
E o mundo físico possa me desalugar
Eu sim sigo as regras
As regras negras
A luz branca que venha
E vem
O certo é um caminho virgem
Eu sou uma pessoa virgem
Olhe bem no fundo de seus olhos
E veja
O que estou vendo
A origem das lágrimas
A origem da água
E veja que todos somos especiais
E é um crime
Desperdiçar o tempo
Curto tempo
Seguindo regras
Estou perdendo o controle
Não sou perfeito
Vou cometer outro crime
Só hoje
Não sou perfeito
Minha morada
Minha namorada
Está tão longe
Mas não há
Nunca houve
Nem haverá
Corro
Corro
Grito
Socorro
Estou salvo da selva
Mas não de mim
Sou um crime a mim
Mas eu tenho que fazer do Z e do U
O que?


                                   
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