quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Crise Eu


Preparem seus ouvidos
Eles vão ouvir teus próprios pensamentos
Olhe para dentro do sol que assombra teus sentimentos
Livre vejo que estou preso
Estou em meio ao começo do fim
Inicia-se minha reflexão
- Não sei mais o que fazer disse a mim
-Não seja assim tão bebê, pare de beber
-Como? Como?
-Seja livre! Tenha-se
- O que faço pra isso? Meu bem.
Se paro não consigo. Não me sinto bem
- Não me diga isso
Estou ficando sem graça
-Ouço vozes
Elas dizem que eu em síntese sou assim
Só vivendo no limite parece que sou eu mesmo
Não quero mais ser assim
Pois sinto o momento escorrendo pelos meus dedos
Todos apontam para mim
Eles pensam coisas que não sinto que sou
O teto some junto com o chão
Onde estou?
-Pare! Todos estão vendo sua destruição. Acredite em si
-Estou quase desistindo
-Mesmo assim você continua existindo
-Bebê, vou para de beber
To virado num escravo
Preciso descrever
-É mesmo bebê!
-Te amar leva-me a pensar
Que a verdadeira beleza está na liberdade do além bar
É poder chegar na praia/terra, ver o mar sem ter que correr a um bar para beber
Um furacão redemoinha meus pensamentos
Quase piro
Suspiro no vidro o embasso de meu  ser
A liberdade me adentra por uma forma inversa
- A liberdade é nos termos lada a lado
E no momento da fissura de mais um trago o que faço? Dar um bago
-É mesmo
-Então estamos nos amando
Ame-me sem mimimi
Beije-me sem mimimi
Tire de mim meus mimimis
Quero soltar-me disso tudo
Quero é dançar e cantar
Vamos dançar do jeito que der
Quero rodar de cara esse mundo louco
Dançando
Cantando
Escrevendo
Sou o que vocês estão em si vendo
E não só em mim me vendo
Quero ser e ter
Me tendo e sendo
Essa é a vida que quero
E nada mais importa
Abro a porta
Entrem
E dancem e cantem



quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O dia do odiado amor por escrever


Escrever é uma necessidade
Escavo em mim isso aqui
Não se trata de sentimentalidade
Descrevo o que penso que sinto
Nada transmito
Esses versos são conversas íntimas
Deixei meu orgulho constrangido
Dobrei a esquina da vergonha
Faça o barulho que quiser
Estou no grande silêncio de mim mesmo
Estou a ser-me
Inesperadamente paro com o que não quero
Estou nu abaixo de zero
Bem quente em minha frente surge um espelho
Sai de mim o eu que sempre quero
Escarro o que sinto na tinta que invento
Sento
Escrevo
Escancaro
Enfrento o vento de minha fúria narina
Não aconselho chegar nesse inverno
Sim
Sei lá
Faz frio
E calor
E dor
Rebelo de costas para esse espelho
Sem reflexão reflito
Vou ser o que vim ser
Não importa mais nada
Não quero vencer nem convencer você
Mas escrevendo
Vejo um mundo colorido
Menos dolorido
Traduzindo
Estou dizendo que em mim estou vivendo
E o mundo é meu experimento
E grato grito por estes textos que digito
Regurgito... o mundo indigesto
E me solto
Bom dia meia noite
Estou inteiro a essa hora
Tenho que descrever o que imagino para poder me entender
Bom me reencontrar
Com meu eu superior
Em elo à um eu inferior
Um campo sem domínio
Onde estou?
Desbravando minha alma
Calma!
Sério
Não vou ficar calado
Está vazando um sentimento em forma de pensamento
Rio das minhas ilusões
Confuso o horário se perde
Bato uma carreira
Correria
Lacrado sigo evidenciando o preço posto
Vou produzir algo dessa pressão
Relatar meu íntimo
Acuso estou severamente vivo
E aqui
E agora
Não estou indiferente
Só diferente divirjo
Brotam letras
O doce mistério do cemitério é meu
Vou alongar mais uma vez
Desespremer-me
Exprimir
Ou eu sou até ao eu quero eu posso
Não vou mais ser criança sem esperança
Mistério
Cai a cortina
Desaparece
E aparece a poesia vívida
Vivida

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Enjôo do silêncio


Ontem pensando no que já fiz em minha vida
Longe senti que estou do alvo
Ontem pensando e sentindo onde estou
Saquei que ainda perto não estou
Ontem pensando que não estou bem certo
Parei de pensar e sentir
Assim...
Troquei de nome três vezes
Quebrei todas as regras
Livre livrei-me das convenções impostas
Ontem estava na beira da praia com meus pais
Estava em paz com eles
Mas não comigo mesmo
Atirei-me ao mar e ao me salgar esfriei meu sentir e  pensar 
Ontem vi que eu ao olhar para o que já fiz
Sinto que fui feliz
E não sou juiz para julgar
Agora por eu ser assim
Querer na praia me libertar
Isso parece ser algo a me cobrar
E eu não sou uma vara que balança para os lados conforme o vento
E que minha felicidade depende do que sinto e penso sem julgamentos
M'Eus ou T'Eus
Sou feito de D'Eus M'Eus
Mas arde o alarde das pessoas que parecem vivem de varde
Sou covarde por não gastar minha vida para acumular
Coisas que mulas possam carregar
Sou um canibal de mim mesmo
Tenho que parar de no amanhã não pensar
E mesmo assim vou viver o hoje sem nisso pensar
E o faço o maior que puder
Está ae o poder de viver
Então
Hoje pensando no que faço de minha vida falo
Sou feito D'Eus
Ei sai fora 
Ei cara essa cara é minha
Perto do teu ouvido
Quase lá dentro vou contar
O segredo da vida as vezes está no silêncio
Mas como tudo acaba
Vem a vez do barulho
E demais como tudo o que faço
Chegue mais
Enxergue mais
Pare de não falar a si
Se quiser conte aqui
Nas letras que decifram o pensar
É bom escrever e se desescravizar


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Nu bar

Nu bar
Um bye bye
A pressão que me aperta a mente
Quer me matar
Mas como uma semente broto
Nessa terra árida de boa vida
Livre
Vejo o não se tornar um nunca
Mas a mim não
Nunca
Em minha nuca nada abala
E essa frieira no pé que leva
Arde
Ok
Vala, aguarde
Vou mijar
Em cem conversas sem versos
Escuto um miau de um gato
Uma latida
Uma batida
Minhas fibras de minha pele arrefecem
Corro para meu carro
Fujo do que estou sendo
Sigo outra senda
Estou numa estrada sem acostamento
Não posso parar
O que está acontecendo?
Olhos para os lados
O carro parou no ar
Alguém para ajudar
Insano saio do carro e começo a latir e a miar
Alguem para me ajudar
Estou na via ninguém me vê
Quero um plano para que  eu saia dessa

Não está tarde
Sinto em meus passos meu espaço
E lato igual a um miau
Mas sem porém
Sigo refém
Sigo minha silhueta
Sem sombras mesmo
Em direção a luz
Olho pra mim
O físico elétrico segue
E digo etérico
Sigo a minha sina
E escrevo meu livro sobre mim em cima a árvore com um neto no colo
Não me calo
Ta tudo como sempre
Mude na sua vez
O bebê!
Vou ter que beber para engolir isso aqui
Na sua vez não se prenda nisto 
Um mapa descrito e escrito agora
Vivo vivo
Eh eh eh
Um sou
Ahhhh e ahhhh
Não venha me dizer que a minha vida é isso aqui
Ontem eu tinha todos os sonhos
Agora falam-me que passei
Que sou passado
Não acredito
Pulo essa frase
Essa fase
Não queira pra mim
Que quem me ame
Me ame não ardentemente
Fale com essa lingua
Que sua míngua é não beijar e nem felar
Só falar
E sobre mim
Não acredito em ti
Não
Não
Digo pro sim
Acredito em mim
E não venha me levar
E nem lavar com essa língua
Eu vou te contar
Não há quem fale o que sinto
A não ser eu mesmo
E assim assino
E nada assassino
Sem fins

Nu bar


Nu bar
Um bye bye
A pressão que me aperta a mente
Quer me matar
Mas como uma semente broto
Nessa terra é árida
Livre vejo o não se tornar um nunca
E em minha nuca nada abala
E essa frieira no pé que leva arde
Ok
Vala, aguarde
Vou mijar
Escuto um miau de um gato
Uma latida
Uma batida
Minhas fibras de minha pele arrefecem
Corro para meu carro
Fujo do que estou sendo
Sigo outra senda
Estou numa estrada sem acostamento
Não posso parar
O que está acontecendo?
Olhos para os lados
O carro parou no ar
Alguém para ajudar
Insano saio do carro e começo a latir e a miar
Alguem para me ajudar
Estou na via ninguém me ve
Quero 

Um plano ára que eu pudesse sair dessa


Papapai


Faça valer o seu viver
Ter sobrevivido e vivido até aqui
Busque forças lá dentro de si
Desça a si

Frente a um problema não corra atrás de um bar
Nem fique a se lamentar
Sente
Se enfrente
Coloque um papel e uma caneta em sua frente
Desabafe
Desafie seu destino imposto
Retorne
Escreva um plano
Liberte-se
Esqueça suas manias
Suas cobranças
Você não veio até aqui para desistir agora
O chamado para a luta esta em você
Escuta teu c oração batendo sem dscanso
Calmamente esperando
Ouça seu coração te amando
Sem te cobrar nem um segundo de descanso
Por que tua mente vai pedir
Conecte-se em coração e mente
O amor é o elo que liga a tanto
Escuto
Cada batida
A pressão sobre mim
Onde ando
Quero correr
O mundo está a pressionar
Pessoas nas ruas nao enxergam em meus olhos a água
Espero que minha vida resista
Vida

terça-feira, 7 de agosto de 2018

txts de 2005 do cd

A respeito da violência atual

Construir fatores possibilitantes de tais possíveis idéias:

Criar um local nas fronteiras amazônicas p/reeducar pessoas desajustadas.
Um local onde haja sustentabilidade, e q as pessoas aprendam a viver em comunidade.
 Invés de serem presos e fazerem a universidade do crime, farão a da vida em sociedade.
E se caso houver uma invasão estrangeira, nada melhor do q pessoas capazes de revolta a uma situação p/defender a paz. Os criminosos de hoje em dia serão a defesa do amanhã

Bem querer

Lá estava eu escrevendo poesia na água, quando um risco de sorriso do meu lábio arisco ensaia uma saída
Eu sei q há dias e noites. Dias frios e quentes noites também
Eu quis do sal meu mel, sabe meu salário eu pago, recebo o q dou. Na vida sou um anel...
Ah1 vou me esquecer só um pouquinho da dor e do amor, não vou transformar em nada tudo o q sinto.
Mas sei isto não saber.
Eu estou a sorver o amor q não  sai entra mais em mim
Esta fria e úmida noite espera do luar um olhar p/valer a pena este penar.
Licença diz a luz da lua q transpassa a nuvem. Vê, olhe bem o bem assim
E olhe p/mim o q tento fazer no mundo
Estou como sou
Esta noite está ficando boa
Esta poesia mesmo na água expressa minha sede de bem querer
As melhores celas do presídio central, são mais organizadas e limpas que muitos dos lares convencionais de cidadões, digamos, normais.

O sorriso, por mais lágrimas que brotem,está sempre florescendo
É porque estou fazendo minha vida assim nem só pra mim
O q os cara estão fazendo
É um da massa q esta os amassando
Por mais q se destruam a vida brota.
Por esse fio passa a vida ela retorna
A voz linda vem do íntimo
 É lógico
Claro q ñ sei o q estou fazendo e vc?
ñ vou lhe perguntar, portanto.
 A primavera vem, verás
o tempo passa p/qm ñ vê q lenta a mente nota q a paciência vem desda gruta
dizendo q tudo q vem vai porq volta mesmo de outra forma a verdade é uma grande mentira e vice versa
verso isto nesta conversaa impressa
o teclado musicá cara esse é massa
agora acho q sou um passaro vôo entre porcos achaco com meu bico
e como mágico uso à mola do rabo de porco p/propulsão e enfim a expulsão da loucura toda q não é boa. Vem musica me tira p/dançar a dança da vitória de todos sobre tudo o q ñ nos convem vem vem vem
Tudo bem então ñ vem, mas eu vou ir aí te colocar no ritmo q possam todos dançar
Entra e vem correndo para mim. Estou com a bola de cristal......
Doudivanas em contos crônicos e atuantes
                                                           

                                                                                                                                                 


Vá crack eu fico

                                                                                                                                               Por Cont...


O sol nasce, iluminando um casebre numa vila de Porto Alegre, apagando os traços sombrios da

noite. Um belo dia, de uma noite nem tanto.

Enquanto isso, um menino chamado Doudivanas descansa seu débil corpo, já em escombros de tanto desatino, tanta fuga. Esta ignorância, multiplicada ao sistema irracional da sociedade atual
resulta na desvida de um semelhante, mas não igual.
No arfar de um sono pesado o cansaço, o reflexo da movimentada madrugada no submundo de drogas e roubos em que o menino Doudivanas se metera.
Doud tornou-se um escravo do crack. O desobjetivo de uma vida criada em um lugar fétido e inseguro. A água, em sua vila, vem de mangueiras sujas, e o ar é ruim de respirar, por causa do cheiro vindo do esgoto a céu aberto. Sua vila, uma ilha esquecida por mandantes, com pessoas que nem lembram ou sabem o que é dignidade. Trabalhadores, sem o menor preparo, se vendendo por trocados. Desempregados a espera da fila para busca de emprego na segunda-feira, enquanto em casa nem pra a primeira feira dinheiro há. Mas a esperança ta lá, até no nome do lugar; Vila Esperança. Pessoas sem passagem na polícia, mas sem o dinheiro da passagem para procurar um meio de sair da miséria.
Isso tudo deixou Doud com poucas opções, mais a falta de amor fraterno, a base de tudo – esse amor que devia ser à base de qualquer sociedade que quer se equilibrar. Para a maioria das pessoas viver em harmonia.
Vindo de uma família desestruturada, Doud poucas vezes soube o que é um carinho, uma palavra de compreensão, um apoio, um conselho, enfim um direcionamento para sua jovem vida.
Uma lista de motivos acha-se para aquela vida torta que Doud seguia. O menino filho de pai sem estudo (portanto sem futuro), de tal modo tornou-se alcoólatra, cocainômano, ladrão e eventual traficante. Assim, Doud conviveu com droga dentro de casa desde o berço.
 O pai hoje está preso, com muitos anos, pela frente, de cadeia nas costas. Coitado dele, e dos que com suas atitudes impensadas faz sofrer.
A mãe de Doud, dependente de álcool e cigarro para suportar a dor de viver. Desempregada doméstica, escrava de emoções e sensações. Conduta esta que logo se transformou em vício, na doença mais comum em locais miseráveis, o alcoolismo. No início dos pileques ou porres, tornava-se sensível e emotiva, assim Doud e seus irmãozinhos recebiam uma mínima mostra de carinho e afeição. (Doud, com 15 anos tem mais dois irmãos; um de sete e outro de nove anos de idade). Nos primeiros minutos daqueles devaneios etílicos, aquelas pessoas pareciam formar uma família. Mas logo veio o primeiro golpe da má vida, seu pai foi preso. Sua mãe tinha que se prostituir para sustentar a família.  Doud tornou-se filho da puta.
Esse rapazinho de estatura mediana, pele parda, cabelo ruim, sem estudo e sem alguém para espelhar-se, com a mãe se virando, deixou sua vida seguir a deriva da roda viva.



Por falta de estrutura familiar e social na adolescência, a fase mais perigosa a desvios de conduta da vida humana, Doud conheceu o submundo da vida urbana.
Ele e seus poucos amigos se perderam juntos em roubo e drogas, não por curiosidade, mas sim por falta de opção. Sem uma visão de futuro não há presente na vida de uma adolescente.
Sua família perdida, com sua mãe na vida fácil e seu pai na cadeia, seus irmãos foram para um orfanato. Doud não foi para nenhuma instituição, sua rebeldia juvenil queria um algo mais para si. Uma vida com dignidade ou no mínimo com a possibilidade de se tornar parecida com  o que vê na tv, na Malhação seu programa predileto.
Desta perspectiva começa a desventura da vida de Doudivanas.
 Sobrou na vida de Doud só estranhos e vizinhos, estes só dão falta de Doud quando alguma coisa deles eles dão falta. Quando Doud os rouba para saciar seu desejo de prazer instantâneo. Ninguém sente falta de Doud, mas Doud sente a falta de alguém. Já que só quando de suas coisas, os vizinhos dão falta, é que lembram de Doud, esta foi à maneira que arranjou para existir para alguma pessoa e amenizar a dor que causa a falta de ser por alguém querido ou no mínimo lembrado.
Uma dor recolhida, mas não esquecida esta falta deixa.
 Todo mundo está doente, não só Doud. Perceba no pensamento normal de hoje em dia – As pessoas ocupam-se com suas salas, se trancam sim é a vida, mas não a nossa vida, nem a de minha família. Alguém na sociedade pode assim pensar. Mas uma criança como Doud merece ser tratada especialmente com compreensão e carinho, não com desdém, nem prisão. Sei que não é profissional chorar enquanto se trabalha, mas vou chorar, sou amador do que faço. Plim! Plim! Caem minhas lágrimas de ex-tudo pelas criancinhas. Entendam, o pieguismo é incidental.

-Um viciado que não o tiver roubado, lhe incomoda? Este e um assunto a ser tratado, junto com o viciado.
Doud quis colo nunca ganhou, resolveu fugir da maloca, há tempos são esses jovens que pedem ajuda. Suas atitudes selvagens são a forma de comunicação que encontraram. São seres não civilizados por não conhecerem o amor e a compreensão. Por que nunca tiveram nada disso,devem ser tratados como crianças especiais.. Ninguém parece perceber, mas exige-se uma reflexão, é preciso agir. Quem nunca sentiu fome, frio, dor, falta de amor, falta de opção, falta de dinheiro, falta de carinho e compreensão. Quem não nasceu no seio de uma família movida a álcool, num casebre fétido. Quem nunca teve uma roupa nova, um lugar limpo e quentinho para dormir. E mais, estas pessoas quando comem, não sabem alimentar-se. Não tem na sua alimentação ingredientes básicos para uma tomada de consciência, isto é, alimentos naturais que libertam a mente da escravidão e abrem o horizonte a frente para sair de uma situação de agrura. E pior, não vêem exemplos das pessoas mais privilegiadas. Que em sua maioria comem fast-foods em locais que mais são uma vitrine de ostentação. Resta somente o olhar indiferente e excludente, dessa gente que poderia estar igual aquela gente miserável.  
Parece utopia, mas é uma necessidade um processo de integração atuante em cada cidadão.
Doud já foi preso tantas vezes que nem se lembra mais. Doud não tem pais, nem paz, que país é este?  Muitos tremores nascem da abstinência, sua fraqueza é tão fácil de constatar. Todos vêem, todos vão embora, e agora aquela criança solitária com sua imensa dor. Seu grito, se força tivesse iria até Brasília, mas há ventos que não trazem, só impedem.
E esses novos inventos, a tecnologia sofisticada, nunca chegam pelos lados das vilas da vida.  O sentimento mais sofisticado do ser humano, o amor fraterno, está desplugado na atualidade.
Quem dará abrigo e educação a este futuro, mas já tão presente, cidadão. Poderá virar mais um ladrão e atacar uma família.
Algum destino parecido apareceu no jornal de ontem, o fim de uma vida que veio nos mostrar como somos esquecidos de nós mesmos. As pessoas não precisam de esmolas, está mínima cota de avareza, precisam sim de compreensão.
Doud perdido num dia bonito, acostumado a matar a fome, amortecendo a mente. Reflete na poça de água suja bem á sua frente. Pensa na sua vida, pelo amor não ter acontecido na vida dele, talvez nem durante a cópula, de seus pais (sexo animal), quando o conceberam. Doud um menino que nem na hora da criação, sentiu o amor aquecer seu coração.




É preciso ajudar essas pessoas para a violência diminuir, e a maioria viver uma vida tranqüila. Ter coragem é ter a visão de ajudar, não importa que eles estão sendo feitos para roubar, nós somos feitos para ajudar.
Estamos como estátuas trancados em nossos cofres e casas.
Ninguém sabe o que apareceu no submundo da noite vazia. Enquanto a gente dorme agora, aquela criança no vento e no frio lá fora.  Aquele menino tem medo do trovão, do vento virar um furacão em sua imaginação cheia de loló.
Doud quer, e quem mais queira, um dia mais bonito aqui em baixo. Sente que é preciso agir sem parar.  Sabemos que a realidade dessas pessoas é passar fome, mas na verdade há comida para todos.
A fome e a miséria explicam a fúria das ruas, que de vez em quando visitam os lares de qualquer cidadão que tenha onde morar e comer, o que se vestir, como se transportar. Esse é o preço a pagar pelo desprezo e desdém a nossos semelhantes que não tiveram a menor possibilidade de ter o destino de suas vidas guiado com compaixão e fraternidade.
Esta no ar a resposta, a solução, é só a gente se entregar, como um grão de areia, como uma gota nesse oceano de indiferença. Cada um que faça sua parte para mudar esse quadro. A cartilha está escrita no nosso mais íntimo e sensato sentimento. Somos todos iguais em nossos desejos e medos, as oportunidades que nos diferenciam e nos tornam indiferentes aos nossos semelhantes. O sol vai bater em nossos corações, lembra e vem, o caminho são vários, os destinos de todos é que é o mesmo.
Eu sei que palavras são capazes de formar novos pensamentos e estes podem ser geradores de uma geração fraterna. Algo que se torne parecido com o mundo que Cristo viu.
Mas como chegar ao objetivo, sem rupturas nos erros que se tornaram padrão.
O algo a mais está no agora. Chegou o porvir. Vai, vem, voltemos. Nós temos, todos, as nossas próprias razões.
A vida tranqüila, alegre e sensata, todos queremos, então proporcionemos isto para a maioria.A maioria vence, assim viramos o jogo.
O vendaval da violência não vai passar, se nós com educação a enfrentar. A paz não é ausência de conflitos, sim a paciência e sabiência de enfrentá-lo. Quando estamos lidando com pessoas sem educação, é que mostramos o quanto temos de educação, e entendam compreendê-los.
Mas mesmo que eu fizesse todos os textos do mundo, não iria entrar em todos os corações, mas de pedra nenhum humano é. Quando chegar o momento todos vão notar a sensatez deste texto.
 E irão de suas boas vidas se adonar, è assim as chaves são de quem as alcança. Na subida da montanha nos encontramos. Não há julgamentos, simples observações atestam o lugar que cada um merece chegar.
Isso tudo vai passar, vamos ver, há muito que fazer.  Chegou à hora, é agora, é aqui, cortemos os laços conservadores que não deixam a primavera chegar. Todas as estações têm que passar. Cortaram a poesia e a querem transformar em ilusão ou utopia. Hipocrisia!
O mundo não é dual, cada um tem um lado, todos tem suas próprias razões.
A luz do conhecimento mostra o caminho. O verbo (poesia) é o início. A imagem é passageira. Para que lado você vai seguir. Na direção da luz do que você intimamente sabe, irá seguir a cegueira da multidão ou irá ofuscar-se com o brilho e poder do ouro. O coração e mente em conjunção lhe mostrarão a direção. A luz clareia o que é preciso ver e seguir. A leitura é a atividade que trará, com o amor, o melhor futuro para cá agora,

Mas na manha da vida daquele pobre menino, o sol também luzia.

Já alta manha, o sol bate, no canto úmido daquele casebre, na peça onde dorme Doud. A luz clareia suas roupas e seu material escolar.
Neste mesmo momento a sirene de uma SAMU passa pela vila e o assusta.
Num pulo Doud salta do chão – sua cama é um colchão no chão -.
Percebe não ser a polícia, se espreguiça e pensa no novo dia nascido faz tempo.
Novo na vida, mas no fim, num vicio. O jovem corpo recupera-se fácil das destruidoras madrugadas.

Madrugadas de frio, tensão, fissura e sexo vazio. Novo na vida, na noite da vida.

O menino dera as costas aos seus brinquedos, tremulo foi encarar seus medos, mas da pior forma,

anestesiando-os.

Pega em suas mãos livros nunca lidos, lembranças do nunca tido. Livros mau olhados, molhados pelo sereno

que cobre todas as descobertas.

Olha o seu material escolar e entre lápis e papel denota outro destino. “Pensa verdadeiramente somente uns








poucos segundos”. Sua vida pode ser outra e bem melhor, se lutar contra seus desejos e falta de boa vontade.

Mas desiste e mais fácil desistir.

Deixar a vida a cargo de emoções e sensações lhe parece seu destino, que ali naquele mínimo momento de

reflexão estava sendo traçado. Ele não, por si decidindo, foi. Lá vai mais um corpo vivo e, triste, sem cabeça.

Um numero na lista de um partido político. Um paciente do S.U.S. da ala do I.M.L. Um cliente da droga.

O menino achava ser felicidade tal sensação, proporcionada pelo vil valor roubado. Viver era aquilo para ele.

Suas pernas finas vivem e o levam onde podem Sua mente fechada, subnutrida de boas informações.

Bombardeada pela realidade que insiste em o cercar.

A madrugada passada não tinha sido boa, mas conseguiu roubar o botijao de gás da Dona Matilda, - aquela

velha chata, que vive a me xingar, ficou sem café hoje de manha.

“Em vez da Dona Matilda, ter uma relativa amizade com o menino, no mínimo para não isolá-lo ainda mais,

somente o reprime. Parece ate que odeia o menino perdido. Sabem o que e odiar uma criança perdida, ou ser

uma criança perdida e odiada”. Isso e caso de todos, se todos sofremos as conseqüências.

O menino ainda com remela e nariz ranhento, corre contra o vento, contra tudo o que não sabe que sente. E

correndo chega ate o local onde escondera o botijao, pega-o, vai ao boteco do Seu Ernesto. Trata, fecha o

negocio, menos da metade do que vale.

Na verdade esse Seu Ernesto e um negociante explorador. -Traficante de pinga para o meu pai, e vendedor

de dor e mentiras para a minha mãe. “O Próximo e tu Seu Ernesto, na madrugada roubo teu boteco”. Pensa o

menino já fissurado pela pedra. Mas esta promessa, não viria a cumprir.

Mas mesmo sendo pouco, o dinheiro tava na mão, a grana para mais uma pedra, para mais uma viagem.

O menino seguiu o seu destino, pedreiro destino. O caminho traiçoeiro do vicio, o inicio do fim da vida do

noviço.

Tem que pegar o troço, vai lá na boca. Becos vila a dentro, acha o antro, um homem que por dinheiro mata o

cliente. Outro como tantos capitalistas.

- Vende uma pedra ai!






Já com a droga na mão, e com pressa lembra-se da lata furada, que fora o cachimbo da madrugada anterior.


Ta lá a lata o aguardando no bico, o terreno baldio onde jovens costumam drogar-se. Lugar de muita fissura,

então local perigoso.

O menino palpitante, nem em palpite imagina do que a fissura e capaz.

Precisa de um cigarro, acha um Plaza amassado, olha para o lado percebe um maluco vindo. O menino

cabrita-se pensa em largar, mas não, o vicio o dominara. Tudo ele arriscou pela pedra, “não era agora, na

hora do pega que ia dar zebra”. O maluco passa, o menino volta a seu caminho sem volta.

Pensa, enquanto fuma o cigarro, para fazer a cinza viagem.

Prazer e revolta misturam-se a uma dorzinha de barriga. Revolta por só ter apanhado da vida desde cedo, pai

bêbado, mãe desestruturada. Mas a chance a pouco estava em suas mãos, nos livros, mas não. 

O prazer pelo objetivo atingido, o tornara livre. A sensação que sabia, iria sentir naquele pega, era o motivo

de tanta agrura. “Ah, sensação boa”. O cérebro do menino que nunca soube como e a sensação de carinho,

conheceu o prazer das drogas, e não teve a oportunidade de conhecer o prazer de se amar, amar e ser amado.  

Oh! Pobre e coitado menino, por nos condenado ao asco e ao esquecimento.

Também pudera o menino já nascera pobre, fraco, mulato, baixo, feio, passou fome e frio. Foi à escola, só

pela merenda, mas quando a escola cancelou a merenda, não foi mais. E sua família desinformada sobre os

valores reais para estruturar uma vida na sociedade. Seus vizinhos daquela vila fedorenta, gente operaria.

Gente normal, pensam ser do bem, só porque não fazem o mal.

E só mais um elemento, mas fundamental, ninguém ensinou ao menino, o valor da leitura na vida da pessoa

que tem a vontade de ter uma vida boa. A leitura esta atividade que alcança o âmago do ser, que tudo de bom

lê. E procura sensatamente entender e formar sua própria opinião sobre o que e bom ou não. Mas não, só o

rodearam de ma noticia, a desgraça alheia tentando o  conformar de sua própria miséria. A falta de

oportunidade como carma.

O menino se rebela a tudo, almeja ter tudo, mas a sensação mais barata e o quinhão que lhe cabe desta vida.

Só resta esta pedra louca.





Enquanto o menino pensa que pensa, um olhar algoz o fita.

Tudo pronto; cachimbo, cinza, a pedra, o fogo. Falta só o pega, a tão desejada tragada.

De repente uma peixeira fria corta-lhe o pescoço. Fria como a pedra que estava em sua mão, agora vazia.

Jazia o menino desde que não lia, sua vida acenou de manha, pedindo socorro, nos livros. Em suas mãos

estava outro destino, mas não.

Gritou! Seu ultimo ai. O menino no seu sangue quente jorrando, viu sua vida passando. Ah, se tivesse por

outro caminho optado.

Antes de seus olhos fecharem, seus fechados ouvidos escutaram uma voz dizendo; Te avisei, veja o que da

sua vida anda fazendo.

Seus olhos fecham.

Sua mãe chora, agora.

Na lagrima se reflete a vida.

Temos chance.

Mas não.

Mas temos chance.

Mas não.Mesmo assim, continuamos, todos, a ter chances.


                      

                                                                                                                                             Cont...






















                                                            A opera R.E.P. de Doudivanas

                                      
                                                                                                              Por Cont...
                  
Eis que surge o sol naquele céu cinza O horizonte se avermelha, abre-se um azul entre outras cores

circulares, que chegam a um violeta calmo.

Linda a linha, que liga deitada a aurora.  Agora doura, o antes distante eldorado.

O Sol surgido, fortalece a força necessária para uma manhã chuvosa de segunda-feira. Nosso amigo

Doudivanas sonhando desperta, espreguiça-se e vê o que a luz ilumina. Uma segunda - uma nova tentativa-

feira. Acorda, vê a luz na janela aberta da esperança. Pensa uma solução, faz  uma poesia, reflete sobre ela.

Interpreta suas ondas.

Surfa dança, surge uma esperança. A boa vontade, agora bate em Doudivanas. O coração, essa entranha que

bate. Também sente no que bate.

Quando nesta carne, a vontade se une a unha, surgem as garras. As garras do ser, é ser o  que quer ser..

A ilusão e seus toc-tocs batem na porta da frente do carnal sentido, sentem a direção da harmônica


comunicação social. Seguem o caminho alado, anelados as melhores vibrações que os pensamentos podem e

devem causar.

“A mente popular atual pode intercompletar-se. Se cada si, num instinto natural de união, procurar-se”.

Doudivanas procura-se. Opta por trabalhar por diversão.

Faz uma ópera para os operários. De sua intima procura, exterioriza e lança o Libreto “Triunfalmente Livre”.

A opera que canta palavras faladas, naturalmente sobre a vida atual, em ritmo e poesia.

Num Ritmo E Poesia nossos isto e, atuais e atuantes.

A Opera R.E.P. uma integração de artistas, de platéias a palcos.

Doud imagina que sabe o que iniciou, na mutua imaginação.

Doudi grita da platéia; luz do sou, sou sol aqui, palco ou platéia.. Quase louco, mas critico Doud. expulsa do










seu eu, o frio, fraco e fedorento do tanto mesmo e sempre que era  o seu modo de ser pros outros pensar.

Nisso se fazia sua vidinha. Muda, urra. Olha! O que vêem pelo cintilar das ações. O pouco o reflexo do

normal assombra-se por tais. Urra mais, como uma fera não procura motivos, só urra! Desaprisiona sua voz..

Sente-se aliviado e senta-se.

Seu solsinho aquecendo-o, parece o trazendo.

Observa a bonança vindo, esquece um pouco da tempestade, mas mantêm-se atento.

Doud decide escrever, cantar e dançar ao ritmo do que contempla.

Passo a passo vai criando o seu espaço.

“Sopra-se longe a ira, quando a gente em si, inspira e entende o que aspira”.

Doud dança no seu canto, agora o meio por onde expressa o seu tão nosso, que se esconde em cada um.

Descobre poeira no oculto segredo, o elo da coragem com o medo. Nada escondido estava, a luz da reflexão

ilumina a mina escura e funda o trem da tua vida. Boa, se sabida. A vida torna-se um espetáculo de canto e

dança.

O paraíso, para isso existimos.

Interpretar as letras magicamente unidas, numa expressão, diríamos... assim; o trivial da complexa

simplicidade que mescla, no entanto conecta a mente e o coração,  aqui e agora com o então.

Fizera uma opera que diverte quem quer que veja. Uma opera que ri da dor, ri do amor. Torna a vida um rio

onde todos estão e vão à mesma direção.

O sucesso foi tanto, o do Libreto, que o sol bateu na janela de muitos quartos. Acordados decidiram começar

agora mesmo, o caminho não e pra um só.  O sol nasce pra todos só não sabe quem não quer

Não viam-se mais  exemplares do “Libreto Triunfalmente Livre” parados, estavam todos em mãos de
pessoas interessadas. Acompanhando a Opera R.E.P. com suas mentes leitoras, atuantes, agindo e sabendo

ser isso, o viver a vida.

Mas também que língua vibrante o ouvido de Doud interpretou em seus textos. Brilhantes que dão vontade









de cantarolar, encantar o lar, o núcleo familiar.

A historia e essa:

Doud. escolhera ser nas ruas a pessoa mais feia, pobre e teimosa, que imaginara. Tornou-se um discriminado

da sociedade, e percebeu que ele próprio exclui-se mentalmente do meio em que vive. Porquê a essência do

ser é comunicar-se com os outros, e fazer por entender-se. Mas no estado psicológico em que vive o ser, que

não se desprende de sua realidade em nome da verdade.

Doud. não iria seguir o comum, acharia uma forma

simples de resolver a raiz quadrada do inconsciente aflorar-se, com a resposta mais intima e afirmativa.

Doud. em laboratório experimentou-se. Recheou-se com amor e alegria de viver, assim se fez.

Representava um belo interior em um monstro horripilante exterior.

Esta simples analise e a historia.

Que bela dramatização do cidadão na sociedade Doud. apresentou em sua Opera R.E.P.

Deixou todos alegres e pensativos a cerca de suas próprias inerência humano-sociais. Colocou-nos que

somos responsáveis pos parte de nossa historia e destino. Mentalmente, sem a selvajaria do capital.

Lembrem união de coração e mente com boa vontade.”A verdade e maior que a realidade, contate”.

A trama sem hipocrisia, nem pieguices, sim com sensatas e palpáveis... digamos constatações.

Doud saiu dos parâmetros normais de seus muitos “ais”.

Tornou-se tão amplamente atual, que parece necessário.

Suas frases longas exprimem tudo e todo o sentimento, que por uma vergonha sem sentido não  torna-se

explicito. Causando noites mal dormidas e dias mal acordados. Doud excluso de sua sociedade atual,

retornou com as básicas ferramentas desde idos da humanidade. Palavras, boas palavras em movimentos.

A sociedade insana, não por crueldade, sim por necessidade negou-se a verdade ultima dos fatos primordiais.

“A palavra, dança caótica em números ordenados”.

Doud canta e dança no palco da vida. A ribalta da vontade torna suas intenções exeqüíveis e suas atitudes

claras e conseqüentes.








De boas intenções o mundo esta cheio, certo de que Doud sabe, que o que nutre também mata, não exacerba.

Magicamente ora coloca doçura, ora coloca loucura, flerta o sano, flutua no insano.

Furta do espectador a dor, a debulha. Denuncia a inerência hominal atualmente, faz agir através da reflexão

não da coação. Não somos animais selvagens em busca do alimento para a prole, apesar de egoístas.

O destrabalho desconstruiu os verdadeiros valores do homem atual. “Dos escombros erguera-se à arte de

viver”.

Doud propositadamente ingênuo cutuca as indissolúveis condições atuais dos humanos, na vida em

sociedade.

Retrata fielmente, as suas próprias frias mentes de corações ardentes. Há razoes em sermos às vezes

irracionais.

Livre Doud proporciona a liberdade aos populares que se encararem.

Doud escreve em seu canto, o destino, o fim de seus desatinos.

Doud percebe na dor sublimidade e se não fosse seus experimentos, nada haveria feito.

Mas o passado não se apaga, porque a experiência o paga.

Doud provou seu gosto em cima dos outros, em si encontrou o todo.

Em cima de suas costas estavam os músculos movedores de uma mente comovedora. Movedora de dores

mutantes, sabidamente selvagens. Agora Doud, não chora ante ao seu drama.

Expôs o gosto amargo do remédio, do destino tecido pela família desestruturada. Desossada de verdadeiros e

úteis valores para a vida social de cada ser. Baseou-se no que os outros pensam que pensam, e também nos

que pensaram verdadeiramente em todos os tempos e atualizou-os. Pensando que sabe também não pensar.


Doudivanas, Doud... d’loucuras me sanas Doudivanas.

Moral da Historia Geral


                                                                                                                            











Contos Crônicos e atuais:



HISTÓRIAS P/JANTAR



“A esperança mora na imaginação, e o cultivo de pensamentos positivos enriquecem a

mente  a portadora da faculdade mais que humana, que é o imaginar. Saiba que a

esperança é a última que morre, assim é,  quando se está sem saída ( dívida, vício, paixão

perdida ou outra situação)  e a gente decide sair do pensamento comum e andar nu pelo

jardim novamente, mas  agora com nova mente. E aí, descobre a verdade despida de

preconceitos, não a verdade absoluta, mas sim uma auto-afirmação, algo em que se basear,

para depois, sim, se conhecer, se perdoar e amar.E para completar o regozijo, se entregar a

uma paixão, moldá-la pacientemente até chegar ao estado puro e cristalino de amar, se

amar e ser amado, sem querer possuir o amor, sim ser o amor em todas as suas formas. Isto

é o que nosso “Doud” está tentando neste conto de”Cont...”.



Jardim sem fim


                                                                                                        Um conto de Cont...


Doudivanas aprendeu algo sobre viver, ao sobreviver as duras lições que a tempestade da

ignorância causou em sua vida, por sua falta de experiência.

Não se ressente. Sabe que o passado é uma semente e a vida um jardim, a se plantar e com amor

se cultivar.

Doud esta ciente que nada do jardim o pertence, ele é que pertence ao jardim.

Em contrapartida Doud sabe que tem a vontade de ser o senhor do seu próprio pensamento e que

é por sua sabiência é que fluirá a vida que almeja. E que foi essa a intenção que o salvou dos

infortúnios.



Assim Doud cultiva um jardim de flores e frutas, e reflete com elas. Com uma alimentação

frugal, alimenta seu pensamento e vive o rico fruto de sua imaginação. E com as cores de um

caminho colorido por flores, aspira uma vida harmônica no olor de sua caminhada.  

Sua esperança de um hoje melhor, já é agora, a todo instante seu pensamento e sua ação.

As flores dão um colorido florido em suas ações, e isso lhe causa belas reações.

“Flores amenizam” diz um ditado atual, e amenizar é uma forma de harmonizar e

correlacionar os sentimentos.

Frutas dão uma qualidade a mais ao pensar, todos devem saber; a gente é o que a gente come. E

como não comer frutas, se alimentar sem nada matar A árvore continua lá no seu lugar. Isto é 

alimentar além de sua fome, alimentar a sua calma.

*Após lidar com suas plantas, Doud sente-se um pouco mais consciente de si. Calado não fica,

o coração bate acalmado, mas não satisfeito. Esse coração que sabe o drama da íntima alma,

e procura a calma pura, precisa de alguém para o seu corpo dividir esse prazer de viver.

Á esta busca é preciso empreender ação e compreender a reação.

Urge a necessidade de causar rupturas no que está errado, mas está como padrão. Os

conservadores que conservem suas dores. Doud é conversador, versa a dor.

Doud não fica sentado na poltrona no dia de domingo.

É preciso agir, sussurra sua vontade em sua mente audinte, algo diz - Aja, atue em seu tempo,

ocupe seu espaço sendo, não sejaum número.

Seu íntimo sopra intimamente: -Aja, atue... ação, já!

Procure um meio essencial de canalizar a energia necessária para seu intento;  sua

intromissão.

-Chove na imaginação de Doud. Inundado, chora lágrimas. E essas lágrimas regam o seu

exterior (ação) que cresce com seu intimo (reação).

A água rega tanto, que se torna música, um regae. Reage... Uma melodia íntima que o instiga

a avançar. É à força da sua vida em harmonia com a natureza, que o convida para dançar.




Olha em si, sente o sal de seu mar rebelde encrespando seu corpo em vagas.

Uma onda aponta, na praia rebentando, sua face salgando. Sua mente faceira torna sua face uma

praia. Vira prancha seu corpo. Na crista do vagalhão surfa seu coração, dropando um destino

sem razão momentânea no oceano eterno.

Doud desfila sua forma de pensar, sem causar medo de mudanças, e nem espanto nos outros.

Doud não aterra ninguém. Com ninguém aterrado, sopra ao ar uma melodia, é meio-dia nesse

lado da vida.

Doud começa a dançar e a em si pensar por nós. Óbvio cai. Mas levanta sorrindo. E diz que

na sua boca veio um gosto doce e foi Ele quem trouxe de dentro dele mesmo.

É que o paladar, e não só o dele, aguça-se na hora em que a dor  se transborda em experiência

vivida de uma vida sofrida. Esse doce desliza sobre o mar salgado de sua face molhada, e essa

água lhe conta alguns segredos da vida. Alguns, porquê Doud imagina que o melhor do segredo

da vida é o misterioso presente passando..

Loucura, mania, dor, tudo Doud sentia antes de sua suposta maestria em sua vida. Tudo passava

como um ferro a vapor, passando o pavor, desamarrotando o seu destino antes delineado, agora

delineando. Enquanto cada momento passa tatua-se n’alma signos. Palavras cheias de amor, e

tudo o mais o que for e vier.

Léxico somos. Com ou sem rima, Doud vive pra cima, o abaixo são suas experiências formando

Sua base forte.

Mas Doud continua só no seu jardim sem fim.

Tanto céu, tanto meio, tanto canto. Tantas pessoas, tanto espanto. Tanto tanto, mas é assim ,

sempre tem o tudo para chegar ao meio, o encanto!  Doud no meio do seu canto dançando.

Lembra-se da época em que tonto, em substâncias externas, buscava sensações internas.

Percebeu que de tanto, chegou ao fundo do nada. Ali sem apoio externo, só sua internidade podia

o salvar. Em meio ao desencanto, surge a poesia da energia infinita. O éter nunca visto da vida

comum de tendências luxuosas. Somente sentido na vida sofisticada que a natureza simples nos





apresenta. A energia que Doud agora sente, é a mesma que providencia o alvorecer, o crepúsculo

e o bater de seu então solitário coração. Bem como o tudo e o nada se tocam pela energia

circular, Doud aprende a não parar. Bloqueia-se quem, além de contemplar a beleza e harmonia

dessas paragens, tenta se aprofundar mais em tais verdades. É simples viver, é só acompanhar

essa energia circular na eterna poesia.  

Doud sabe que a gente precisa de poesia, mesmo que por enquanto Narcisa.

Sua mão trêmula, sustenta de alimento a mente que fomenta tanta ilusão.

Surge uma dúvida; ñ seria falsa! essa ilusão? Nem tudo o que se sente está no dicionário!

Ilusão, desilusão tudo é caminho deixa o bixo.

Doud agora se arqueia para observar uma flor, olha para o papel, o papel que seu viver tem

na vida de quem o cerca. Pensa: Já que uma flor proporcionava pólen para a abelha fazer seu

mel, a quem serviria  seu pólen( seu viver) e  quem iria torná-lo mel (útil).

Qual seria sua contribuição para a beleza harmônica da natureza Se descobrir, procurará da

melhor forma fazer. Mas Doud sente que precisa de um par, uma mulher para amar, compartilhar

a empreitada de bem viver. Turbinas ligadas, requisita com sensatez, sensações e emoções que

lhe tragam boas observações.

Com elegância, nem rico, nem pobre, Doud o retirante do sentimento torturante, ordenou seu

corpo errante; Levante! Não tente ser perfeito, ame, tem alguém especial batendo no seu

peito. E esta batida é esse alguém querendo entrar e sair. É desse vai e vem que viemos.

Para isso que nascemos. Vida aprenda viver.

Sua mente não duvida da vida, da sua dívida, dividida em corpo, mente, alma, e propósito. Após

esta mensagem ouvida, sua razão sinfonicamente entregue ao coração, pede; calma! Paciência é

o nome do jogo da vida. O mínimo é o caminho para o máximo, sendo o meio o destino.

-Simples é a senda, se renda. A irredutibilidade trava.

Assim Doud olha o mundo, suas cores em flores e frutas, ao movimento rico do prismar da luz

do conhecimento.




Pensa se não está sendo arrogante ao pensar. Descobre que não ao procurar com quem

compartilhar.

Decide não lutar mais. Conflito, há que se o enfrentar, mas sem antagonismos.

A paz é a gente que faz”. Não existe luta em prol de paz, existe sim é a luz da compreensão

fraterna chamada amor incondicional.

O universo é a orquestra, a vida é a música, e a vida de cada ser vivo é a melodia.

É a mente que harmoniza o tempo de nossa existência e compreensão. Viver em meio a isto em

equilíbrio é o que podemos fazer.

Doud imagina que sabe que tem que um pouco disto tudo á aprender.

Pensa Doud, na profundidade da raiz de suas flores, como crescer ou tentar ser pétala e olor.  

Sair desta profundidade solitária filosofal, que do precipício o salvou, e encontrar na mulher que

se quer ser no amor carnal.

Reflete e percebe na força da reflexão a energia da ação. Que para ser, não é preciso ter,

então se torna energia a pura procura de uma doçura, o amor que irá adoçar o viver.

Doud percebe que não tem que ter o amor, mas ser o amor e daí amar.

A energia canalizada a um objetivo constante, ensina-lhe  o verbo cantar e o verbo dançar.

Segue a acompanhar com seu tentar..

Doud sabe que tudo o que faz, já foi feito, mas não do seu jeito. E não se importa. A

compreensão abriu suas portas para Doud entrar. Ele sabe que são muitos os que querem

compreender o amor, mas poucos conseguem.

Doud procura ser o escolhido entre tantos tentadores e tentações

Doud sabe que Deus acredita em sua sublime criação.Doud acredita em si, sendo uma criação

divina. Produz si sobre si, se atrela sem emblemas às estrelas.

Segue a regra da fuga,  para dar um tempo para a reação de entender seu ser.

Como todo ser humano curioso, primeiro duvida para depois por si comprovar, e da verdade

se adonar.




A gramática sintática do pensar precisa de rédeas, para o pensar se tornar uma cavalaria

alada.

Doud curva sua coluna, faz um círculo da cabeça aos pés. Entende Joões e Zés.

Contempla seu templo, seu tempo no seu corpo. As palavras, bailarinas doidas, apresentam-se

em pontos luminosos no céu. Desvanea-se, percebe que em todo o caminho há contras, ‘faz

parte’, como diz o outro.

Sem insanidades, Doud admite que está sendo ajudado nestes íntimos pensamentos.

Mas esta intromissão é sua, Doud só admite ajuda como auxílio para sua meta.

Zela pelo elo. Seu íntimo abastecesse de boas ações e pensamentos, isto é quase um segredo,

uma barreira para o que não é seu.

Conheça teus pés e irás onde ques. Doud não está com pressa, está com boa intenção e confia

na sua intuição. Sabe balancear os momentos de poesia e acontecimentos.

-Deduz-se que Doud sorrateiramente encena um papel, sua intromissão.

Seu ouvido ouve uma melodia, dança no seu jardim e cuida muito bem dele, aliás,

moderadamente cuida do seu jardim.

A felicidade de belos versos vem divertir, e a cor dos sorrisos tirar para alvos serem. O dia surge

na noite em forma de uma clara lua cheia, a noite perfuma os sentidos de procriação.

Vê! é o sinal de mais ou menos, a resposta da equação, claro com ação.

Doud meio que se assusta com a lua da meia noite branca. Parece o céu ser o oceano do séc. XV

e a lua de prata uma nau a espera de um pirata, para descobrir novas terras selvagens.

A noite e aquele luar romântico levaram Doud a pensar meditativamente com o coração,

Pensou em apaixonar-se sem ilusão, mas sabe que não tem medo de desiludir-se.

Mergulhou na procura da mulher que se quer.  

Vai, vem, a gente se dá bem.

De passagem na mão, embarcou na canoa a procura do amor entre homem e mulher.







Na busca das coisas mais lindas, ainda não vistas por suas vistas. Se perder e se achar nas curvas

femininas. Doud não quer mais se aprofundar, ele quer deixar-se atrair. Sabe quem agora é, e o

que falta. Falta se apaixonar. E a paixão pacientemente moldar, a tornar amor.

Em sua mente o amor se anunciou, saiu de seu jardim por um momento foi se olhar por fora.

Achou-se merecedor de uma amor sensual. Se no amor fraterno refletiu até encontrá-lo em si.

Este teria que agora iluminar o seu caminho para o encontrar, e de si sair.

Aprendera que amar é deixar alguém o amar e juntos serem um lar de dois templos.  

Doud acredita ter crédito.

Doud descurva-se, olha carinhosamente uma flor.  Vê uma mulher usando

sua boca para beber, ao invés de beijar e emitir sons  refletidos de grunhidos. Smacks lindos!

Queria dar e receber.

Bom como todo humano conquista com carinha de carente, percebeu isto na ébrea fêmea.

Sua voz, num tom de sim saiu em prosa. Sente que diz o que sente com seu semblante.

Num olhar mudo, diz tudo o que quer e sente porque tenta.

A mulher olha para Doud e se afugenta.

Doud tenta fazer ela voltar com um olhar calmo e convidativo ela não entende e vai embora.

Justo agora. Mas Doud sereno entende-a. Há monstros e bestas de diversas cabeças nas mentes e

suas sentenças. Não se aprofunda como o prometido.

Uma raio ilumina sua vida. Resolve sair daquele jardim e numa praia perto morar.

Sem saber onde quer com esta atitude chegar, mesmo assim vai se mudar.

O destino do amor começa a se desenhar, a partir de sua independência.








Não entendemos, não vemos, mas sentimos.

Não há monstros, nem bestas com diversas cabeças, só há nos mesmos, o motivo da vida.


Vem comigo ser um novo navegante nesse espaço flutuante, diz o próprio momento para os

dois. O temp agora não era uma coisa intangível, estava ali com eles tentando entender os por

quês de sai vida.

Um raio ilumina nossa vida, quando optamos por voar no mesmo lugar. Mas é preciso saber

a onde ser quer com isso chegar.

Já no ar ao anotarmos o que notarmos, nos tornamos personagens principais de nossas vidas.

E esse papel de anotações, em dobras torna-se um avião que não se perde nas tempestades da

vida.

Nos olhamos, nos tronamos, somos humanos e curiosos, Adelante! Impera a inerência de

viver no mesmo tempo, e agora ocupando o mesmo espaço sideral.

Cósmico momento, quanto mais nos aprofundamos, o azul celeste torna-se marinho.


O vendedor e Doud vêem do alto o que somos se nos formo. Observam do nada, o que

pensam ser tudo.

O vendedor sem estudo, pensa que não e de graça, adianta a Doud uma grana.

Eles voltam à realidade vindos duma verdade. Os pássaros cantam e as frutas doces os



recebem bem.

Existe superfície em qualquer lugar, um elo, um equilíbrio sem pesar, mas que não existe

sem pensar.

Para existir claro, escuro. Sim e não. Cinzas são. Mesclando imaginação e ação criamos toda

e qualquer invenção. E nossa vida é uma invenção, que mesmo sendo nossa ou não a

devemos nossa contribuição.

A vida não e um jogo de pinbal, e esse sofá. por mais que seja seu, não é suave  o bastante.

Aquela noite exigia uma comemoração, salvos e calmos jantaram os dois a pouco

desconhecidos, agora desbravadores do ser, dos seus viveres.

Ao sol dado agradecem.

A sombra apaga o esquecimento ou esconde tanta coisa, que se acha com a luz da idéia.

Que Doud e o vendedor estão satisfeitos e resolveram dessa louca viagem ao jardim sem fim

se aproveitar.




Cont...



























                                                                      O poeta e a louca



                                                                                                                    U m conto de Cont...


A tarde vazia de Doud se enchia com a simples visão daquela louca e bela moça.

Aquela louca beleza escondida, que só um poeta nota e anota.

O poeta, a pouco se mudara para um quarto em uma pensão, que ficava próximo a prainha doce.

O local era assim chamado; o hotel da prainha doce. Lugar que achou na medida para pensar em como curar-

se  de uma dor de cabeça. Uma corna febre, que nele se instalara.

Em seu quarto alugado, de novo em olho virado, estava o poeta jogado.

O quarto que escolhera, dava de janela para a prainha doce. E foi nesta Prainha, que bicudo o poeta

percebeu uma mulher. Mulher depois descobriu, que por todos era taxada de louca, por ver o nascer e o

por do sol todos dias. Mas por um erro profundamente humano, o medo, transpareceu.

Assim se tornou poesia, aquele ritual de melancolia, observar aquela figura, de semblante distante. Que todo

entardecer, esperava o horizonte jantar o sol.

A distancia encantava a tênue relação, entre ser olhado e estar olhando. O poeta e a louca supostos próximos.

De longe e sem luneta, a miopia alimentava a imaginação do poeta. Imaginava-a  menina, mulher,

inteligente, boa, leitora, e mais o que sua mente devaneante pudesse imaginar.

Tudo muito especial.

Paixão espacial, irrompendo ondas, “no ar de se amar”. 

Louca e provocante, a louca saia sozinha. Sozinha como a lua. Sua saia de havaiana, numa ilha, o seio um

vulcão, a lava vindo leve, o chamando no topo do universo. Eu não sei fazer poesia o poeta pensava, o boi.

Bonitinha ninguém sabia porque aquela menina vivia sozinha, chutava latas pela prainha e olhava para o

infinito. Distraída mirava o distante, via lá adiante no crepúsculo a tez, a cor do amor.






]

Romantizava o bardo.

E todo final de tarde, o sol como uma ficha na maquina do destino, inseria-se no horizonte. Enquanto, poeta
                                                                                                                                                                      
e louca assistiam o funeral de mais um dia de sol. Separados, mas juntos pelo prismar dos raios solares.

Amavam-se os dois, sem saber, nesses finais de dias assim.

A louca recolhia sua sombrinha, que da sua pele escondia aquele imaginar. A luz dourada do amor, a fitava,

ela sabia.

O poeta esticava os olhos, espreguiçava-se em sua ginástica ocular. Outros estilos de amar, também se

tornam amar. Se ambos beneficiar.

A louca sentia que alguém de olhar duro à via, a longa distancia e data.

Era o poeta com “Com dor de guampa”, que observava e imaginava saber o que aquela menina linda

pensava, naquela hora.

Uma intercomunicação a distancia, de idéias agremiadas ao mesmo sentimento.

Mentira. Ela no fundo sabia ter sempre um olho espião na sua imaginação. Verdade. Seus pelos crespos,

eriçados ficavam, em toda sua rosa intimidade. O final de tarde, era um ato a dois, sem pressa. Para depois.

A umidade causada, e o momentâneo prazer.

Os contatos, digamos telepáticos, foram treinados pela rotina.  Ficando de abstrato a um retrato 3 X 4.

Os contatos, refletidos pela luz que emanava do horizonte interligado, clareavam a relação.

E as energias captadas pelas vagas mentais produziam o movimento exato da linha de pensamento, que os

conecta.

“Quando noite e dia se encontram, alguma coisa acontece nos corações”.

Vai-se o sol, vem-se a lua, o medo da mudança, o amor atenua.

O amor e um pensamento físico, o sexo e a química, a vida a matemática milimetrica da poesia.

Pelo embasso do frio vidro passa o prazer, que transborda na onisciência dos dois. Estão tão próximos em

tempo e espaço, a uns poucos passos do paraíso. Uma fina casualidade, os dois ainda não serem







apresentados. Nem eles próprios, talvez se conhecessem... No amor não custa tentar, diz um ditado popular.


Seus mundos por mais que pareçam diferentes, estão prestes a se enfrentar.

Aquela menina (a louca), mulher, inteligente, boa, leitora esta mais próxima agora.

A louca decide abrir o seu imaginário, sai de sua reclusa loucura. Abre-se a doce brisa do leque do destino.

Uma obra, sua ação passada. Um requinte de mulher na busca, na conquista do amor exige-se artefatos, sua

humanidade sopra. O vento aponta a direção da Prainha Doce.

Aquele homem, poeta enclausurado em sua imaginação, mas não louco. Normal tampouco. Ele esta a

procura da cura de sua dor criatoria. Isto e, procriatoria.

A força humana tem um certo poder sobre esta historia, e ao escrever o destino dela, adianta alinhar-se a

natureza. Para o bem mudar a historia na linha conseqüente.

O amor, sempre tentador da uma ligada para sua musa.

-Alo, Lua? Preciso de um favorzinho seu.

-Numa noite de lua cheia. O peito febril do poeta inflou, e do fundo frio, que havia no vazio tudo saiu.

O que o enchia de vergonha, saiu.

Deixou ser um sonhador, naquele quarto. O poeta abre o olhos, cai os cornos olha para a porta aberta, sai

num berro. Num urro se desvencilha das encilhas, que insistiam em tentar domesticar sua feroz vontade de

amar.

Viu-se se avesso vindo, seu ego o motivo de tanto desentendimento, tanta fuga, aparecia agora honesto e

sincero. Causando harmonia e conseqüente equilíbrio. 

Surgiram possibilidades de boa vontade. Controlado, o desejo de ser que todos temos.

Um reflexo irico da matéria no aço refletiu um príncipe. Sua roupa suada transformara-se no traje que mais

lhe caia bem. Seguro sentiu a vontade de controlar, ele, o próprio destino possível.

Desceu correndo, nas suas profundezas apoiou-se, no fundo trampolinou-se.

Medalha de ouro nos 400m  raso, o homem estava um arraso.







A menina mais moça do que nunca, se banha demoradamente na água encanada que lava sua cabeça.

Desencanando um pouco para fora, o que era só por dentro. O perfume de amor que seu desacostumado

olfato estranhava, agora a encranhava.

A intuição juntou-se a seus cinco sentidos. Seus ricos, agora mais redondos olhos brilhavam. O espelho

refletia uma donzela a espera de um beijo.

Antes da hora do sol dizer, que mais um dia se passou. Saiu à louca, com um sorriso em sua boca.

Naquela faixa de areia, a prainha doce, marcou-se pelo destino o encontro. O fim de tanto desatino. Uma

vibração captada de um grau inusitado.

O poeta e a louca se cruzaram e não se notaram.

O poeta não era poeta.

A louca não era louca.

Mas um dia, quem sabe um dia.

“Quando cruzarem nuas, suas naus navegantes”.



                                                  




                                                                                       Cont...




                                                                                                  

















                                                                        PREMIO CCMQ

Gerson Luis da Cunha

Pseudônimo: Cont...

Av. Palmira Gobbi, 885/305B Parque Humaitá. P. Alegre RS    90.250.210

Fone: 9153-7448 - 3342-1253

RG: 8029779553                  CPF:

Titulo da Obra:    Doudivanas em Contos Atuais.


Sou Poeta Fanzineiro.

Tenho 37 anos, conheço os extremos da vida em sociedade, isto e, tenho conhecimento de causa, escrevo a

atualidade.

Assim iniciei escrevendo poesia, a seis anos, já tenho duas mil poesias. As constato como boas e atuais.

Tenho uma imaginação bastante fértil, e se eu não escrevo perdem-se no éter diversas historias, boas

historias.
                                                   Cont... Continua Cont...



Necessário;

Os contos que faltam, não estão digitados por uma falta de informação minha e pobreza, que dificultam e

muito a minha tentativa de bem viver e escrever.

Alem destes verdadeiros motivos, ainda tem os reais motivos. Fui saber do concurso no dia 20/05.

E não tenho computador e nem dinheiro para pagar a digitação, mesmo que eu digite.

Posso somente digitar em um amigo, que tem um computador, mas em pouco horário.

E por admiração e profunda gratidão ao Gran Poeta Mario Quintana, que faço questão de concorrer com a

minha humilde “primeira tentativa de digitar um livro de contos em 10 dias, em computador e casa dos

outros”.

Certo de que não consegui digitar. Senti-me no primeiro momento a fracassar, mas logo refleti, clareei a








situação e continuei. Depois serve de experiência se for dor, e se for sorriso será o amor.

E por amor a minha boa vontade, decidi mesmo assim tentar.

E tentar, descobri, e mais gostoso do que competir. Tentar e em si acreditar.

Tento de leve depositar amor e dedicação em harmonia com as possibilidades de concretização. Sem dizer

sim, nem não, sei que tento, tenho que acreditar. Adoro transmitir meu pensar.

Please!

Eu terei todos estes contos digitados ate o dia 10 de junho, acreditem também.

Só preciso de um aceno da  honrada e justa organização do concurso.

Atenção! Preciso só de mais dez dias para poder digitar minha obra.

Não haverá nenhuma injustiça, nem desigualdade.

Meu fone 9153-7448

Liguem-me, gostaria de participar e ser lido por vocês.

                     














                                                             















Índice: 

Doidivanas em Contos Atuais

1)       JARDIM SEM FIM (historia p/jantar)
2)       A OPERA R.E.P. DE DOIDIVANAS
3)       VA CRACK EU FICO.
4)       O POETA E A LOUCA
5)       O MONSTRO DO LADO
6)       ESTA E AQUELA
7)       EDUARDO E MONICA (não e aquela)
8)       2.104 A GUERRA DOS SEXOS
9)       A PASTA PRETA
10)   11 MINS EM NY
11)   COMETA LOUCURA
12)   O ANIVERSARIO DO SOL



































































  O monstro do lado

Nasce Doudivanas, a data foi bem guardada e o local, bem o local, pode se dizer que antes do nascimento de Doudivanas tinha uma denominação, mas conforme ia crescendo o rebento, o nome do local ia mudando.
Na infância questo menino assombrava o predio onde morava, com brincadeiras, todas, com muita alegria dele vindo, mas de gosto duvidoso aos outros.
Certa vez Doudivanas, que tinha a mania de explodir rojões, fez  bombas- relógio, usando cigarro como timer. Um primitivo mecanismo que propiciava uma explosão posterior. Isto dava o tempo necessario para execuoplano antes das explosao. E o plano era gritar; não atira tio, não atira. Socorro! Correndo e batendo nas portas dos vizinhos.