quarta-feira, 28 de junho de 2017

Deus Tino

O sol brilha do teu rosto
Melhor
Dos teus olhos
Teu brinco brinca com teus lóbulos
Pior briga teu doce gosto
Minha língua ta no teu ouvido dizendo
Duvido
Do vidro dos teus olhos
Que são chamas acesas que me chamam as pressas
Não ouça minhas dores vivas preces
Sucumbo as duas cores dos teu olhos
O branco branco e o castanho castanho
Estranho a cor castanha em meio a branca  
Tudo em ti lança-me
Alcança-me
Louca por ti quase enlouqueço
De mim quase esqueço
Mas cresço
Teu sol ergue-me
Clareia-me as ideias
Amo-te, mas não me odeio
Tenho acelerador e freio
Piso nisso que de mim restou sem machucar o que sou
Não me castigo ao não ter-te-te
Nem que fosse por mais uma noite ou toda a eternidade
De nossa tenra idade esparramo
Amo
Suo
Sou-o
Não sou a noite e nem teu açoite
Por meus lábios e garganta passam a voz que te ama
Mas vem de um pulmão e coração que não
Pequeno veneno instilado instalado ao teu lado
Sei lembro bem
Não foi eu nem você
Foi o Deus Tino
Lembra?
Estávamos cansados
Sentados nas escadas que elevam ao bar
Ao mar
Ao lar
Sei lá estávamos perdidos
Vendo ventos
Onde a onda arrebenta na poesia da praia
Corremos de encontro um ao outro
Sentado ombro a ombro
Aquecendo
Esquecendo o escombro
Da cidade
Se idade não contou por ser pouca
Nossa história não foi de varde
Covarde verdes anos
Cor aja e pinta de volta nossa história
Tudo gira como naquele dia daquela noite
Éramos viciados
Escravos de estrelas
Por estar entre elas
Entrete-las ou não
Decidimos sair da razão
E viver toda a emoção que possa suportar o coração
A poesia nascia em nossa vida e morria o outro lado da vida
As flores desmurchavam
A cidade se coloria
E o sol nascia de nossos olhos
Eu ainda vejo teu sorriso saindo das minhas vistas



segunda-feira, 19 de junho de 2017

100 conectares

Como um dragão incendeia-me com teu hálito quente
Tenho quase que recolher minha chibata
Mas não
É pura ilusão
Sou mais eu
E minha marcha engata
Não precisa sair da frente
Gosto desse desafio de estar com alguém que me faça duvidar
Não gosto de quem concorde com tudo o que faço
Parece que pouco se importa
Então passe a viver ao meu lado meu bem
Sempre fui atrás de ti
Agora que a encontrei não vou retroceder
E nem ceder
Já que pus-me a quem seduz-me
Estou aqui
Desencapuzo-me
Boto a pilha na tua bateria como sempre queria
Sou a rôla que rola e trola
Um trailer navegando pela vida nova que está chegando
A pinto com nossa tinta inventada agora
Desbafora essa fumaça
Respiremos juntos nossos pirar
Nossa pira tá acesa
Meu Deus agradeço com minha voz
Que grita um rito
O que sempre tenho dito
Esperar meu amor
É o que nunca fiz
Mas sempre quis
Estar ao seu lado de dentro

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Youtube or not youtube (FilMental)



Alguns preferem inverno outros verão
Mas todos verão que o inferno é qualquer estação que não se quer estar
Ou to no tempo que estou ou desembarco em outra estação
Ai vem o vento e a chuva que de primeira molha minha moleira
A prima da verdade é a necessidade de se acreditar
E se creditar
E verá que não há na folhinha dia que o faça mais feliz do que amar-se agora
Ser não é estar
Eu por exemplo nunca to aqui to sempre ai
E se o futuro fosse agora eu estaria em outra hora jogando minhas palavras livres ao ar
Esse que estou a suspirar
É que eu não sei o que fazer
A liberdade do livre arbítrio leva-me a isto
Quero ser e estar em tantos lugares que possa eu imaginar
Meus olhos tem uma força de olhar e sentir o que eu imaginar
E não coloco-me em risco 
Arrisco a dizer que viver pra mim é isto
Acho que não sei dizer francamente o que sinto
Mas vou documentalizar tudo o que sinto que sinto
Ando andando por aqui e me sentindo vazio
Sem cio
Por isso crio minha clio
E vou caminhando para onde a chuva caia e o sol ainda raie
E o meu eu como o seu seja nosso maior intento
Tento
Dou bom dia pro dia e pra aquele ranzinza sorrio
Sou rio transbordando hoje em dia
A vazão foge de minha razão e o vento sul represa, repensa
A vida prezo, peso
Aquele cara que mataram por aquele cara que mataram está lá
Onde todos um dia vamos estar
Céu ou inferno
Eu ou tu vamos para lá
Por isso enquanto vivos vamos a maçã juntos  morder
O conhecimento de até onde nossa imaginação possa chegar é o que viemos fazer
Não paro
O filme não para
Rodando
Ação
Se entende?
Sem The End
Tanto faz se poucos me lerem
Estou aqui ainda
Forever

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Do poste da luz vejo a chuva caindo em mim

Eu amo tanto tu
Que eu não sei como dizer
Não quero me atrapalhar
Pulo do muro e caio em ti
Pulo tudo
Sinto tanto eu não ser muito
Mas quero te dizer mais
Mais de mil de cem sou
Mesmo sem
Sou com
Pulo da linha da normalidade
Faço o que não é normal pra minha idade
Deduzo que não reduzo
Deus uso o desuso
Recuso ser acusado ou acuado
Tenho que ser mais
Mais do que eu possa
Posso sair desse poço
Tirar essa corda de meu pescoço
Posso
E eu quero
Pulo dessa linha tênue
Para a tê-la nua

Tô até meio tonto tentando ser certo
Mas tem que ser tu
Ou tô errado?
Nasci assim pra mi ser ti
Ilusão minha 
Do poste da luz vejo a chuva caindo em mim
E tu la como aqui está
E eu quis apagar-te
Pegar-te
Jogar-te
Amar-te
Eu da rua
Tu da lua 
O amor de Vênus
Ou marte
Essa guerra 
Pois é
Sabemos bem
Vamos nos socorrer
Só correr não dá
E essa chuva que não passa
E ela rima comigo
Chove aqui dentro
No centro o frio
O rio
E eu achando nós agora
Nos nós que nos atam
Engatam nossas realidades
Reais idades
Estou terminando este texto
Com algo fora de contexto
Tenho que ir
Acabou?

NÃO

Vejo pelo spray da chuva seus olhos
Dizendo pra mim
-Que nem suas mãos digitando que está me amando
Não há nesse úmido ar
Não há
De ti não vou escapar
Me deteu
Derreti em ti
My eyes estais onde estais

terça-feira, 6 de junho de 2017

Lou ra Lou Cu ra


É tu meu Itu
Gigante andante e errante
Quisesse eu escolher de colher tu mulher
Eu um qualquer
Acha-la aquela que faça a vida aquarela
Que torne um tornado a brisa suave
E que fique calma com alma
Em quem ao sentir faz-me sentar e refletir
Aquela que todo o ar pretende oxigenar
Uma novidade de mim todo os dias tire com arte
Sei que pareço como o resto
E de fato sou um feto
Uma voz que cai de uma foz voraz
Um As de um baralho num canto jogado

Sim
Mas não desisto
Olho no espelho e sem olhar para trás vejo-me
Foi bom ter estado só até aqui
Variando aqui e ali
Mas ontem percebi que sou visto pelos mesmos
Como uma pessoa que não sou
Não sou o que pensam
Sou o que penso
Sou propenso a isso
Sou aquele que exijo de mim o melhor 
Eu sou o que quero
Não tomo remédio
Meu remendo são minhas anotações
Minhas ações são minhas canções
Os que me conhecem bem
Sabem como sou
Estou em busca da minha verdade
E não fiz nada enfim
Peidei aquele dia no restaurante
Envergonhei-me de mim  e saí
Mas o que fazer?
Respira rápido que passa
O sol ainda vai nascer
E o vento de tua respiração irá fazer que perceba minha intenção
O meu tesão está em tudo e em nada
Não estou nessa cilada de pessoa apaixonada
Amo todas, todos e tudo

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Tu do pa ça



Nada do que acontece a minha volta
Causa-me mais revolta
Os tempos sempre foram e continuam loucos
Eu não vou cair nessa
Já estou no fundo do mundo
Não quero escândalo
Sei que chove e para
Para que  a vida floresça e algo cresça
Penso
Repenso
Logo
Relógio
Existo
Resisto
O cego ouve o que não vemos
E assim seguimos indo
E venho com essa agora de...
Não importar-me mais
Somente exportar-me daqui
Sei os físicos irão relutar
Mas eu nasci só
Mesmo sabendo que dois transaram
Nasci só
Somos parentes
Foi assim pra você também
É o fruto das paixões de nossos paizões o que somos

Estou nem aí pra tudo isso aqui
Satisfaço meu desejo de perder o desejo

Não quero mais ais
Nem por medo de algo mais
É você
Certamente
Que está analisando conforme suas medidas
O mundo
O fundo
O poço
É não sou
Graças a D'Eus
Não sou mais moço
Posso pensar por mim mesmo
Vou jogar fora tudo o que aprendi
E rei nascer do que agora penso
De sem nexo a sem sexo

Estou onde estou
Sou o que sou
E vou onde vou...
Voo