sexta-feira, 9 de junho de 2017

Do poste da luz vejo a chuva caindo em mim

Eu amo tanto tu
Que eu não sei como dizer
Não quero me atrapalhar
Pulo do muro e caio em ti
Pulo tudo
Sinto tanto eu não ser muito
Mas quero te dizer mais
Mais de mil de cem sou
Mesmo sem
Sou com
Pulo da linha da normalidade
Faço o que não é normal pra minha idade
Deduzo que não reduzo
Deus uso o desuso
Recuso ser acusado ou acuado
Tenho que ser mais
Mais do que eu possa
Posso sair desse poço
Tirar essa corda de meu pescoço
Posso
E eu quero
Pulo dessa linha tênue
Para a tê-la nua

Tô até meio tonto tentando ser certo
Mas tem que ser tu
Ou tô errado?
Nasci assim pra mi ser ti
Ilusão minha 
Do poste da luz vejo a chuva caindo em mim
E tu la como aqui está
E eu quis apagar-te
Pegar-te
Jogar-te
Amar-te
Eu da rua
Tu da lua 
O amor de Vênus
Ou marte
Essa guerra 
Pois é
Sabemos bem
Vamos nos socorrer
Só correr não dá
E essa chuva que não passa
E ela rima comigo
Chove aqui dentro
No centro o frio
O rio
E eu achando nós agora
Nos nós que nos atam
Engatam nossas realidades
Reais idades
Estou terminando este texto
Com algo fora de contexto
Tenho que ir
Acabou?

NÃO

Vejo pelo spray da chuva seus olhos
Dizendo pra mim
-Que nem suas mãos digitando que está me amando
Não há nesse úmido ar
Não há
De ti não vou escapar
Me deteu
Derreti em ti
My eyes estais onde estais

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