terça-feira, 3 de outubro de 2017

Nuanda nu anda


Sim eu sou o não sei
Mas devo
Preciso dizer-te a verdade
Como se tu me amasse me amasse como papel almaço
Me chape como se fosse um da massa
Faça isso com essa faca que são seus toques de dois gumes
Estou em meio ao meu domínio sem domínio
Cheio de coisas que não prestam só me resta
Viver entre o céu e o inferno de amar com paixão
Mas não vou ter medo
Não vou parar
Não pare 
Deixe eu gozar na tua cara
Me da tua boca, tua bolsa
Eu disse que não estou mais afim de todas
Que se fodam com outras
Mas eu também não sei onde colocar tanta porra
E a luz do luar ilumina esse lugar por onde sai a urina
Não me azucrina
Só me resta o que presta
Quebro esmurro meu texto
Destesto não achar pretexto pra escrever meu futuro pensamento
O pretérito desfeito daquele jeito perfeito
Os doutores pré feitos dizem que sem dores de amores as almas tornam-se tão calmas que pairam
Mas estou indeciso se decido por ter sido ou estar sendo
Venho vencendo os dias sozinho
Mas quero agora a companhia de ti e uma champanha
Tocou minha campainha e atendi ao sentimento mais profundo vindo lá do fundo
Transbordando pela campanha
Transportando esse corpo, coração e mente te amando
Me acompanha

Os olhos vendo meu desvendar na frente 
Eu não vou me vender
Eu não vou me vedar
Estão caindo todas as máscaras
Mas cara estou em alma e luz aqui
Desmaterializando ao amor
Vou ao fundo mundo redondo buscando o teto da tua teta
Da tua cabeça
Fui sempre essa criança
Não vem com essa
Dança essa ciranda
Comigo o Nuanda
Estou há poucos passos do arco-íris
Estou ar e água em luz
O barco se vai explorando a floresta espaço a dentro
Olha o que eu achei
Um átomo dividindo o indivisível amor

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