sábado, 17 de dezembro de 2016

Beba-me, beba-me. Fume-me, fume-me. Mas não vicie em nada disso



O tiro passou por um fino
Mais um motel acordando
E longo me alongo a noite toda
O show começou
Pretendo me exibir a ti
Saio dessa cama livre
Como quem ama a vida livre
Como eu
Meio que estranho
Estou em seu ninho sozinho
O cupido não é o culpado de eu ser assim
Ele já me acertou com suas duas flechas

Agora sou eu quem quero-me 
E tranquilamente quis-me assim
Livre
Livro
Levo a vida como um filme com final aberto
Ou um livro vivo sendo escrito pelo leitor
Sou um ator da dor que sinto
Pinto um novo a cada momento
Um conto de fadas
Contado por um maestro de si
Descendo a via que havia desde quando eu era uma criançinha
Sigo sendo amigo do vento
Que nem tento ir contra 
Sempre quis-me assim
Andando por ae
Sempre mas nunca só
Onde houver alguém
Ali tem
Tó-me

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