quinta-feira, 14 de julho de 2016

Lágrimas artificiais que nada, as faço naturais de meus ais

Olho ao espelho o profundo lago de meus olhos
Lembro do tempo de crack
Mas logo sai
E vejo pela janela de minha alma mais um lá fora
Perdido de si
Desci de mim
Estranho
Mas preciso chorar
Pra lubrificar meus olhos
Sou um legítimo head bang
Batendo cabeça atrás de uma solução
Por trás de meus olhos e olhares estou ingenuamente continuando a ser
Aquela mesma criança brincando com um barquinho de papel na enxurrada
Mas eu não sabia que a enxurrada eram de minhas lágrimas
Pois sei que fui até onde fui
Foi para me dar um oi a minha essência
E os monstros da minha infância carregaram embora a minha infâmia
E aos meus inocentes amigos que esqueceram-se de sua criança interior
Eu busco fazer isso por nossas/minhas lágrimas

Enfim fim não há
Só mais um ciclo que se fecha
O para sempre se encontra com nunca
Justiça sei não procurei
Pois ela só é feita no fim
E não há portanto assim
Não há quem possa viver minha vida por mim
Mas vou descrever um troço que sinto
Somos todos meio iguais em nossos ais
Por isso acho que busco na dor me compor
É só a correnteza de meus pensares
Pesares
Que são leves
Os levo pelos ares
E não quero trancafiar meu desafiar
E desfiar meus sentimentos
Centímetros a sentímetros
Não posso 
Não consigo
Busco sempre o sentimento em cada sentido que sigo
Dou mais um close em minhas vistas
Eclode um eu que nem eu imagino
E não termino




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