quinta-feira, 5 de junho de 2014

O vento me forma como as nuvens



As nuvens se formam com o vento
Eu me formo em movimento
Traga mais uma
A minha vida está livre
Eu vou para onde quero
Eu sou um show
Cara me esqueci
A noite é longa
A luz varrerá a escuridão
Olhe bem aqui
Eu não sou bem assim
Olhe bem pra mim eu não sou assim
Na queda adâmica
O meu estilo de cair é voar
Acho até que não é pecado
Mas o meu sonho é
É

Chego a idos em sonhos doidos
O sal lavou
Levou todo mal
O sol me levou e me trouxe meu bem
Eu estou aqui evoluindo no mesmo lugar
Espalhando em mim o que sou
Aqui nasci por um destino escrito
Descrevo que sou ainda escravo
Uma rosa e um cravo
Isolados pelos vasos
Vastos jardins
A chuva molha minha face
O vento solar abranda o pranto
Como da refeição feita e refeita
Desço aos porões de meus corpo
Emociono-me
Sento na minha mente contemplo
O tempo passa e me conta
Que lá atrás vem ela
Nublam-se minhas vistas
O tempo passou e me preservou


Andei pelas 1001 noites
Eu me defendo da fome
Quebrando pedras
Rolo por ae feito elas
Ando por ae
No barro que me imagino
Eu não sei é verdade
Mas também sei que a noite me mostrou que sempre amanhece
Eu estou aqui amanhecendo em mim
Minha coluna aponta pra cima e pra baixo
O que eu quero?
Não pare não
Só você carrega tanto peso
O está assim revertendo
A vida circula pela morte a envolve
A conquista depende da coragem de encarar o mundo redondo
A suspiros as naus vão
Os luzeiros de todos se acalcam em si
Em cada si que está aí como aqui
Sim somos deuses formando um Universo
Não pare
Não adianta
Depois do almoço vem a janta
Humana vontade adormecida
Amanhecida em mi
Eu não quero parecer
Mas para ser é preciso que apareça em cada um
O que há de melhor em nós
Não

Não vou parar este texto vai continuar

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