quarta-feira, 14 de março de 2012

Estou meio assim nessa chuva de hoje de manhã que está sendo agora






Estou me sentindo tão bem
Como não me sentia em tantos dias
Eu não sou não
Apesar de nem sim
Sou sim um não quando não quero não
É que no slack line da vida é preciso equilíbrio
Entre o pra lá e o pra cá
Equilibrando o cair que é aprender a viver
Não lembro de meus primeiros passos
Mas observo na criança que passa
No seu um ano
Aprendendo a difícil arte de caminhar
Cai e levanta
E vice versa
O equilíbrio é uma conversa
Um papo entre corpo e alma
Mediados pela mente
Parece difícil e é
Mas ao...
Mesmo senso de equilíbrio
Que nos impele a aprender a caminhar
E caminhar
E correr
Necessita a aprender a parar em pé
É e se equilibrar parado
Parece e é fácil
Mas pode ser difícil
Como subir todo esse edifício
Construí-lo
Como erguer a construção de minha vida?
É... chuva lá fora comigo lá fora
Estou parado e pensando para onde
Para onde e como?
O corpo pede prazer pra ser
A alma calma
A mente pode mentir
Uno meus sentimentos e pensamentos
Elevo ao sublime meu mais raso
E apresento meu céu aos meus pés

-PaUsa-
Quem sou é o que retumba
Solução pra tumba?
?Quem sou, pra você nobre ouvinte leitor?
Tanto faz?
Somos para os outros o que eles pensam que somos

De volta...
Nesse leito ao qual passa o rio da vida
Estendo minha linha de vida
Minha fita
E pratico slack na travessia
E essa chuva na qual me acho parado
São os respingos da correnteza vindo de encontro a mim
Amálgamado de rio, suor e lágrimas estou
E este como todos os textos, músicas, filmes, eu e você
Não temos fim

Este texto continua assim...
Então se estou no meio desse rio
Sinto-me no meio de um rio
Equilibrado nesta fita da vida da gente
Sim, o rio é de gente
Vidas indo e vindo
Eu aqui refletindo
Então além de água
É num rio de luz que estou?
Os respingos são reflexos de luzes

Muita luz cega como a escuridão
As luzes quase me cegam
Nesse ínterim do quase
Decido desimpressionar-me
Impressão
Pressão
Sacou?
Saquei-me

Este texto é só mais uma poesia
Mas da poesia que faço minha vida


Entre tantas pessoas passa Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

Equilíbrio
Vou as profundezas do meu ser tanto
Que passa as sublimidades
Reflito
Posso medir e achar o caminho do meio
Num meio em que eu possa me equilibrar
E assim transitar suavemente por minha vida
Entre o sublime e profundo que posso
...
Amigo isto não um desabafo
É a descrição exata do que me propus pensar
É como um mapa meu
Que por mais que exponha
Nada de mim entrega

Chega o Mário

O Mapa
Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse meu corpo!)
Sinto uma dor esquisita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita
Tanta nuança de paredes
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar
Suave mistério amoroso
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Como que Mário?

Eu sou assim como você
Buscando ser nesse dilúvio de possibilidades

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