domingo, 29 de maio de 2022

Sol do meu chão

 

Sou uma máquina feita gente, que toca p/os lados p/trás e p/frente

E vive tantos os dias quanto as longas noites à procura da cura dessa loucura

Filtrando entre entretenimento e conhecimento, não pirando nesse movimento

Respirando do ar da montanha e do mar ao mesmo tempo, sou meu experimento

Não sossego, enxergo útil a arte de sobreviver

Não me ferindo rindo e nem chorando

Ao que me refiro é que tiro o peso do mundo das minhas costas

Desenvolvi a mânha de ser assim sem fingir e nem fugir de mim

A luz do sol ilumina o vale do a manhã

E não tenho pressa, mesmo sendo velha a promessa

De me jogar desse precipício desde o início, da sociedade esse hospício

As perspectivas do amanhã, do futuro ali

A portinha se fechando para mim

E eu no muro, emparedado sendo cancelado

Por quem podia estar a meu lado

A porta fechada, não importa

Abro a janela, minha escotilha

Entre o claro e o escuro, sob essa luz, tanto faz

Estou caminhando na prancha que me jogará aos tubarões

Juro por esse solo que piso, que não vou me jogar

Aqui dentro o sol em magma brilha

Imagina!

Eu só no solo com o sol batendo em meu colo

Gestando um novo eu

Esse aqui do meu céu

Do sol do meu chão

 

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