quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Lab Me


Se meus pais me bateram, também vou bater.
Enche o estômago pra encher o vazio de coração
E a mente ali de presente  
É a ansiedade su´rida pela barriga
Mas também tem a herança por repetidas ver os coroas
Sem cuidados alimentares metendo a maior brita
De refinados a batata frita
Se eles são comilão vou ser então
Há mas se  os coroas se ligarem e começarem a despertar em si uma dieta
Essa vontade vai crescer em mim
Vou começar a me cuidar
Vou procurar um médico pra me ajudar
E diminuirr o medo de fracassar
De fazer regime
Me exercitar e nada de emagrecer
Vou de novo e de novo tentar
Exercícios e educação alimentar são fundamentais
Equilíbrio da pirâmide elementar

Isso não é nada
Deu numas de eu estar tri cansado
E não conseguir dormir
De madrugada
Chovendo e eu o sol querendo
Com insônia desorientado de tanto cansaço
Sem saber o que fazer
Vou  pra rua
Tomo um banho de chuva sólito
Na praça caminho sem guarda chuva
Sinto frio com minha roupa molhada
E olha que sou acostumado a passar frio
Sinto fome
Estou com dor no corpo e na alma
Deito no banco da praça na sombra de uma árvore
Sintoum raio de esperança me aquecer
Reflito em mim
Por que tanta tensão
Atenção dos pais me falta?
Muito barulho dessa chuva
Levanto e vou para baixo de uma marquise
Marco ali o que eu quis e não consegui
Penso ali em lá
Vejo do outro lado da “rua minha casa”
Atravesso a passos
Os paralelepípedos lisos
Boto as mãos nos bolsos
Óu, não. Meu celular. Ensopado!
Corro de um carro que se aproxima
Entro em casa
Tomo um banho
Uma roupa e comida quentinha
Sento de cantinho e procuro o celular
Ensopado
Vou escovar os dentes
Me olho no espelho molhado
Embaçado do vapor
Do banho gostoso
Penso nos malucos que ficam na rua
Em seus frios medos de fome
De suas dores
Das ausências
Da falta de um lugar quentinho
Ao lembrar desses manos
Lembro de mim
Também ali
Só que propositalmente
Obrigando-me a sentir a dor
O frio
A fome
A falta de amor
Por que alguém tem que sofrer tanto
Penso e dou riso íntimo
Por que não estou ali na rua
Por sorte?
Por ser forte?
Destino?
Atino
Já sei o que fazer
Logo amanhecerá em mim essa potência
Equilibro-me com ciência
Vou dormir pra acordar e contar meus planos
Acordo roendo as unhas como um animal sentimental


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