terça-feira, 17 de outubro de 2017

Lavo eu de novo


De uma escala de zero a nada
Sai como se fosse assim
Sou eu que tenho que contar sem me conter
Sei que o trem passa toda hora
Espero agora 
Passa em cestas cheias de frutas
Tranquilo espero
Ele está vindo
Aceno pra outra, outra vez
Vou pra lá ou pra cá tanto faz
Pra que pecar e se negar o prazer de a conhecer
O tempo sara qualquer açoite de vara
A construção do sentimento que é à prova de destruição 
E está imposta na memória da história
Não passamos para outro lado da vida se não amamos
Ria já que o rio passa por baixo dessa ponte que somos
Nunca fomos o pra sempre
E nem seremos mais ou menos diferentes
Enfrente a gente! tempo inclemente
Eu não tenho e nunca terei medo de apontar em mim com meu dedo
A culpa é do sentimento que de centímetro a centímetro sente muito
A voz que nunca calou
Falou e fala cada vez mais
Acredito ter dito que o meu grito viaja feito meu coração 
Atrás de alguém que me faça bater em sua porta 
Até esse alguém abrir e me olhar 
Com olhar de quem está também batendo 
E procurando alguém para curar esse poluído ar no mar de amar
Eu sei
Eu sei
Lá vou de novo e sei bem meu bem
Que sou um alguém nesse trem
Sentado na janela cuidando ela
A vida tão bela




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