domingo, 2 de julho de 2017

Eu sou um perigo amigo



Suicído meu eu menino
E o meu eu adulto nasce
Desadulterado vôo
Sob meu corpo criança
Sim, fui criança
Adeus
Confundi o foundue de lágrimas quentes 
Com o laboratório que sou
Não entendo-me
Mas quero

Estendo meus braços
Acudam!
Eu sou um perigo amigo
Vivo hoje
E deixo vivo meu hoje

Sou um Frankestein de meus fracassos
Sou o cristo cristalizado em meu ser ser humano
Um mano de muitos anos
Estou ou sou...
Minha coluna vertebral está se requebrando
Intimamente estou dançando
Revirando my eyes
Recolhendo meus nervos
Dando um bye aos meus ais
Flutuando sobre meus ossos
Tão nossos
Não sei
Entendo que não sei
Mas sigo
Sugo

Uuuuu

E do tombo vem...
As ondas dos oceanos que tenho chorado
Dóem
Dou em mim
Doía uma dor boa
Tipo cosquinha de frieira
Ou deu unha encravada
Sendo por um alicate apertada
Fez-me
Faz-me

Fezes

Sei que estou sendo o que não há explicação
Mas sou assim
Tipo nuvens que logo somem
Um Homem


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