domingo, 28 de agosto de 2016

10 iludido

O que querem que eu faça?
A minha massa
A cinzenta se junta
E procura um fim afim de viver mais
Mas...
Vem os mesmos vivendo exatamente do mesmo jeito há tempos
Falo por mim
Eu não mais sou o mesmo
Sou feito de meus intentos e inventos
Por que eu passei por tudo o que passei para melhorar
E sem melhoral nem moral
E justo agora esse aperto em meu peito
Vem mostrar que sou direito
E não nunca viverei desse jeito
Nessa guerra de objetos
Não me sujeito
Abro minhas portas
Tomem tudo
Enquanto tomo tudo
Não me iludo
Só eu mudo
E mudei para falar sobre tudo
E tudo é isso aí como estás?
Desculpa
Entenda por favor, não estou
Com licença
Minha sensibilidade dói
Mas não me corrói, como sinto que os corrói
Tenho honra em lugar de vergonha
Minha escolha
Que hoje sei ser uma ilusão
Estou assim em fusão
Sem confusão
Olho para mim e para ti
Vejo nós
E existem alguns nós que desato
E nesse ato me maltrato
Estou só e só eu poderei desatar esse nó
E tirar o que há em nós
Estou em delírio olhando o campo de lírios
Meus cílios encharcando
Embarcando no mar de ser um ser de amar
Sou um filho de um ar que estou a respirar para não pirar
E não vou parar
Deus estou aqui vivendo a vida que me deu
Urrando
Chorando em minha face
Debruçado sobre sua obra
O que de mim sobra
Não tenho mais medo do que eu possa ser
Só quero sê-lo


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