sábado, 21 de novembro de 2015

Envelhecer sem morrer



Sei que o tempo passa
Vejo na minha pele e cabelos
Hei, Sargento tempo
Você também tem seus sonhos
Conte...
Pois eu vou contar os meus 
O fim sempre esteve ali
Mas tanto faz
Sou às do abecededário do otário
Vivo ainda no tempo western
E o terno que guardei para usar no caixão
O vendi para vestir no paraíso que é aqui
E é aqui nesse mundo
Não sei o que faria se não tivesse feito tudo o que fiz
Mas fui e continuo sendo feliz
Rimo com rio
Em cima do céu estou
Sou a poesia que dá brilho em minha vida
E que no dia certo do fim
Eu certamente direi
Ou uma única vez me obrigarei
A dizer algo
Não há nada do que eu possa me arrepender
Se vivi tudo o que pude
Até o limite
Comandei uma revolução em mim
Vivi sem ti
Sem teu não
Sem teu sim
Vivi por mim
Muitos
Quase todos
Me considerando um louco
Mas saibam nesse louco mundo
Até que sou pouco
Me considerem novo seus velhos
Como sempre foram
Pois ser jovem é uma questão de opção
De idade não
Eu tenho que ir a mais uma de minhas

Inventadas empreitadas

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