terça-feira, 20 de janeiro de 2015

...a sigo

Minhas atitudes agridem os não mais
Mas não posso me apegar aos crepúsculos
Aos sem sonhos
Aos que ficam avolumando filas
Suas vidas em vilas
Resumo minha dor criando
Sim tenho falhas
Mas atitudes que as valham fazem valer meu tentar
É tanta insensibilidade

Tanto nada materializando-se
Ponho meus eus em deus
Caminho nas águas sujas das pocilgas
Trato como minha filha a vagabunda mais fedorenta
Sou fã dela
A cadela mais asquerosa acolho
Passo óleo queimado na sua sarna
Beijo minha mão por isso a lavo
E levo meus acenos
Ao ascenso momento
Lágrima em páginas de Internet
Faço minhas as dores do mundo as esquivando
Em esquinas espero uma volta de quem nunca mais voltará
Mas eu vou parar aqui
No vento frio e úmido da alvorada voraz
Que devora minha carne
Mas não quebra minha alma
Que firme
Sente-se num filme
Feito por uma firma que não quebra 
Cresce feito vértebra animal
Uma coluna ereta
Que na certa
Mostrará o caminho em seta...


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