quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Esperma na cara

Olha na realidade
Na minha cara escrita com a brutalidade do tempo que passa
E tudo
Tudo arrasa
Voo sem asa
Corredor com asma
Um fantasma
Eu bem sei o chão é a mais certa localização
Se for parar pra pensar
Eu não
Vou correr
E que saia de mim um eu de calça ou de saia
Mas que saia
Tudo o que possa dizer meu sim
Uma mais uma
Que onda
Que me leva
Eleva
Olho bem pra mim
Até vejo meu espírito livre
Essas vozes que fabrico nada são
Faço mesmo de propósito para saber por onde ando
Pra lá ou pra cá
Nesse papel minha digital está
Mas que onda
Perdi as contas
O tempo
Uma vida longa
Chupa que é de uva

Se bem que não
Deixa pra lá 
Escrevi isto a partir do título
Que tolo
Meu ídolo sou eu mesmo assim
Aqui platonicamente apaixonado por todo o mundo
Provocando meus sentimentos a sentir
E eu não estou aqui
Eu ando por ai
Num cinema
Num poema
Na rua
Onde quer que minha vontade nua sinta-se a vontade
Ou mesmo nesse chão
Ou céu
E certo que em cada coração


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