terça-feira, 10 de julho de 2012

Manifestamos

Não sou poeta de enumerar as estrelas
Nem as gotinhas do mar
Sou poeta da ação
Da ação de amar

Sou poeta de pé no chão
No e do barro
Nessa poeira desse estradão
Ergo minha mão
Recuso-me a aceitar essa cultura ou falta de
Recuso-me a aceitar a desigualdade social que resulta na violência atual
E nessa recusa algo me acusa
Põe-me um madeiro nas costas
O peso do mundo carrego nessas paletas
Que coloco na paleta das cores de meus versos
Reflito
Essa conversa íntima que temos
Sim porque escrever é desescravizar a mente
É libertar essa energia que presa angustia
Escrevo e me leio
Respeito os milênios de nossos antepassados
Nossas resistências
Nossas glórias
Bem como
Nossas derrotas
Escrevo para anotar e notar como é linda e forte nossa voz
Essa da consciência que nos unifica
Nos torna Unos em versos universais
Em conflito comigo comento
Que a humanidade em sociedade precisa de uma start
Aperto o eterno botão da evolução
Reflito
É agora
É a hora
Cresçamos internamente cada um
Não por grana ou glória
Façamos desse momento o melhor da história
Pois é agora que vivemos
Honremos todos que por aqui passaram, passam e passarão
Eternos passarinhos a voar em nossa imaginação
Aqui dentro está a eternidade
Sublime e profundo o ar gasosa
E desenrosca a cobra de minhas costas
A pego a torno cajado
E não fico calado
Em nossa voz reflito iluminando o caminho
Sem revolução
Uma evolução
Escute essa locução que está ae em ti
Ouça a compaixão do amor
A compreensão do amor
A caridade do amor
Aquele ali sou eu se Eu em Mim estiver
A fraternidade tem um inseparável elo com a humanidade
E nós enquanto sociedade
Podemos e devemos ser fraternos
É só querermos
Somos livres
Seja um poeta dessa ação
Dessa ação de amar

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