terça-feira, 20 de março de 2012

New vision




Sabe o que acontece comigo?
Estou perdido de tão livre
O que eu mais quero na vida é mudar o mundo
A minha saída é escrever e desescravizar-me do exterior
Escrever o que está escrito no muro que divide tudo
Não é nada (só) sobre mim
Nem (só) sobre a escravidão da escuridão
Ou de toda essa iluminação
Vou discorrer sobre a liberdade
Estou no chão olhando para o céu
De pé e com paixão me debatendo
Aquele peixinho fisgado pela Internet, TV e consumismo
Ou mesmo pela música POP
Não quero ser mais nada disso
Desculpe mas o tijolinho moldado
Está saindo do muro
De mim brotou um eu assim
Livre
Livro?
Tudo o que proporciona a própria liberdade não me prejudica
Tem coisas que não se ensina a gente aprende
Estou aprendendo e me soltando
Ando no muro
Olho pra lá e pra lá
Olho pra cá e pra cá
Pra que pecar
Eu roubei no trem e no súper
Eu me joguei no mundo
Eu voltei para o meu bem
Sou só mais um que virou o jogo da vida
Saí da prisão
Segui uma luz que estava em mim
O que que tem?
Eu poderia estar roubando e matando
Mas não
Estou aqui
Trabalhando e me matando
É claro meu amigo que não estou digitando nada
Nada sobre nós
Como eu sou João
Um bobo olhando para o céu a sonhar
Meu coração está livre pra todos amar
Mas e quem não está livre?
Livre de ter que batalhar grana para pagar as contas mais banais
Enquanto houver alguém assim
Seremos assim: Vou te contar coisas que os olhos não querem ver
Tem gente se phodendo enquanto outros mais que podendo
Tem gente que não tem tempo
E nem dinheiro pra sobreviver
Grana pra pagar a luz, a água
Pra encher as latinhas
Eu bem sei
Ainda tem o cartão
Minhas roupas ainda não paguei
Minha posição social não permite um drink
Um brinde onde as pessoas livres dos maiores problemas da humanidade
Onde todos possam comer quando tem fome
E beber
E vestir sem sujar o seu nome
Não fujo da dor alheia
Eu estou sem roupa pra pagar
Eu quis no mais profundo
Que nem eu sabia
Eu quis estar aqui
Desde o saco que escolhi até o esperma que fui
Eu que me dediquei
Essa voz que controla meu escrever faz algo parecido eu dizer
Os professores presos em suas salas
Eu quero ser justo
Mas essas paredes da escola e da família
Enfim de toda a sociedade
Todinha
Precisam ser
Virtualmente destruídas
Leia meu rosto impresso em cada letra
Lenta a vida passa
Para interpretarmos nossos sonhos
Olha os meus olhos me olham
Pareço que pareço
Queria que você visse
O que eu disse
Ao chamado divino

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