sábado, 24 de março de 2012

Direto da redenção

Ou Eu Paro de ser robô de um sistema que eu não acredito
Ou eu acredito no que sinto
Dito isso me digo mendigo
Traduzo o meu cinza pensamento abaixo desse meu firme aumento
Rápido firmamento desabe sobre minhas mágoas tuas águas
Sou um barco que singro em meus bobos sonhos
Um braço ao que sinto
Um abraço amigo preciso
Se não
Não paro
Parto
Me registro no Motel das Questões
Mudo grito
Mudo sinto
Ministro minhas mãos
Parlamento de meu sofrimento do que eu
Só eu sei que sinto
Emancipo-me das cifras das quais nada me sai
Eu paro de pensar
De pesar
Prefiro ficar com os desnudos
Continuo nu na frente do PC
Emancipo minha dor ao além
A eu que sou alguém
O sol se pôe no horizonte
Deito do meu jeito
Além do que possa alcançar minhas mãos estão
Está meu olhar
Isolado num céu claro
Busco no meu sofrimento um motivo
Despisto minha mais alta percepção
Sou franco ao meu sim
Mesmo quando o digo não
Crio meu próprio sofrimento
Mas não é nada disso que guardo em meu cofre
Minha gaiola
Pra que?
Cadê a redenção

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