segunda-feira, 13 de junho de 2011

Graforréia para uma higienização mental

Sai do complexo ao simples
Cansado arrastei-me até aqui
Servi de ser e de estar ao sair ao chegar
Meti-me em mil aventuras que da minha língua saem histórias
Que me levam ao céu de minha boca
Agora trancado num banheiro sujo estou
Meus sonhos na latrina
No espelho minha latinha
No que me tornei
Será mesmo que eu sou o que eu sou
De joelhos na patente vomito tudo o que sinto
Encharcado meus olhos nublam minha visão
Nas paredes escritos estão todos os meus detritos
Sempre onde não tem ninguém é que sou alguém
Minha inocência continua me levando a inconseqüência
O mundo e a vida são difíceis de entender
Abro a janela da pocilga
Fervem meus miolos
Apesar de que de verdade não minto nem minha idade
Não sei separar o que é a realidade
Quebro todas as paredes
Eu vou sempre tentar me entender
Pois eu sou o que sou
E agradeço a todos por serem o que são
Não se pode ir totalmente contra a nossa natureza
Eu sou o que sou e não nego
Pois jamais podê-lo-ia
Escrevendo eu grito o que sinto
O universo escuta esses meus versos
Por mais esquisito que pareça é o que sinto
Sou um cara que diz sim e não
Conforme a questão respondo na cara dura
Da forma mais pura
Eu bem sei me lapidar
Mas o mistério da vida é pra ser coberto da poeira que sou
E sangra a noite
Anote ai
Eu sou um tchau
Ou um oi
Mas mesmo assim
Eu sou o que sou
E se pudesse voltar atrás
Eu faria tudo de novo
O tempo não vai me convencer
Apesar de me vencer
Diarréias mentais estou aqui
Vomitando tudo
No meu diário anoto
Um dia rio de tudo isto
Mas por enquanto estou como me sinto
Na montanha de corpos apedrejados eu acho o meu
Reconheço-me
Estou de volta
Tudo me maltrata tanto
Amarro este texto conforme o contexto
Minha mente quer externar as minhas mais profundas questões
A resposta está na liberdade de indagar
Eu estou aqui

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