sábado, 11 de dezembro de 2010

Olhemos e façamos algo irmãos (pelo alto)

Sei o disque
Mas não disco
Corro o risco
Eu disse que
Arrisque
É agora ou nunca
Se não tiver olhos na nuca
Como o camarão a onda leva
Eu falei que nem que você pare
O crime continua
Mas sua vida mesmo é na rua
Essa é a malandragem
Não essa que se cria crua
Numa prisão
Que dia a dia no sistema
Te vicia no esquema
Selvagem índio de dois mil e dez és
A lei é se ques
Mas não é porque fomos escapelados não
O brilho do ouro fascina mais que vagina
A bandeira do meu eu é íntima amiga minha
Não sei de que cores sou
Tantas dores me cobrem
E ainda me cobram
É que não com números nem com cifras moralistas conto
Justiça há
Assim até aqui tudo houve
Algo que não tarda
Tipo o dia que você olha e vê de fato como é
Aquele antes e depois
De nascer e morrer
Estico os olhos só pra ver em mim amanhecer
Prendo minha boca e meu ouvido
Observo tipo um servo
O sou
Desvio das balas trocadas entre bem e mal
Olho nos olhos do vento que circunda o momento
E algo entra e nos inventa unidos
A única saída da vida
É a própria vida

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