sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Contos ReNovos




Pôrra! Galera! parem com essa barulheira, por favor, por nós. Vocês não podem ver que as minas estão se pegando, ali no canto? Não notam que a loucura da embriaguez de nossos tempos as fazem experimentar de tudo agora mesmo? E que o prazer é todo o intento que vivemos?
-Cala boca, Ósi! Enquanto as mina se grudam – té tesão me dá – você fica aeh vociferando reflexões próprias, mesmo tão nossas. Sugerindo mudanças, tipo tua dança que requebra cada osso. Que tu quer mais? Somos os atuais donos de nossos narizes animais.
-Tá louco, Diego Parlatore! Veja no céu a lua eternamente terna e pura. Perceba que daqui lá não há loucura. Vem da janela ver a luz nela do sol na terra. Vem desvendar o breve eterno amanhecer que é o viver. Estou cansado de não ter com quem falar. Chama a alma humana lá.
-Gatas, a vida voltou!
-A luz que debruça na face dela nos mostra o quanto é bela. Ela. Lua. Rua. Nua. Sua.
- A imensidão de meus sentimentos de mulher, me faz branca procurar no negro o acerto. A mistura nos tornará humanidade menos desigual, para que em mix sublimemos leve.
-Veja amanheceu na mulher. O que no homem não aconteceu!
-Mas nenhuma mulher me quer!
-Faça reluzir em si o seu Eu, que ela olhará para ti! Você está no Céu como no seu Eu.
-Ósi, esse vazio, essa pista vazia não me leva a dançar a dança da vida.
-Pegue, já que está, não perca o trem, nele embarcaram todas as almas dos navios negreiros.
-Não despiste. O que disse é que eu queria ver aqui na minha frente o meu amor.
-O seu amor está aeh!
-Ósi, meu umbigo não é meu amigo. Esse piercing representa essa dor. Quero imacular Mamãe...
-Eu sei, quando tudo dói a dor se esparrama e acaba com a cama de quem ama ou descansa. Somos zumbis?
-Porra, Ósi. A noite acabou e estamos aqui cheio de mulheres, batendo um papo de amigos.
-Sei, já é dia. É sempre dia num lado da vida, a noite é uma farsa. O fogo do Sol que está no céu, como em ti, ilumina a vida e a inominável questão/resposta que não nos cabe decifrar. Nem tentar, pois nos expulsa*
-O fogo do Sol ilumina minhas pupilas naufragadas em lágrimas, esse papo como uma jangada me trouxe a praia. Ósi, sinto na dor, brotou-me, o amor.
-É o que somos

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