sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O curioso caso de seu Mário

O curioso caso de seu Mário

Seu Madruga enxota esta gata pra cá
Eu não quero cadela

Quero alguém pra afirmar indubitavelmente o que sinto
Amar, verbo transado



Ti quero como num pum
Escracho de quatro por Forfun
Se é pra dizer qualquer cousa
Estou faminto por vomitar o que sinto
E o que digo nesta noite de sexta é oi oi
Tchau tchau ja foi
Balanço a cabeça e adentro  sem mormaço
Esquento te e adormeço especialmente
E água ta caro te taco na cara leite mesmo

No canto um vaso mijo no meio
Eu me sento na patente e penso
Que estranho minha entranha marron
O mesmo tom d’água que bebo
E o cara pede misteriosamente pra ver
Eu mostro o monstro que fica duro
O muro pulo  e fico puro
Nem quero saber o que está no jornal
Não fale mal de mim assim
No canto sujo estão as flores da salvação
Eu não sei por que ninguém requisita o saber
Sinto a sereia cantando naquele canto
Eu sou um golfinho sozinho incandescendo
Subindo ao céu limbo mar


Ela veio se movendo assim
No claro danço
Pisco pra ela nem notar
Eu danço
Sou o show ela sabe
Me mato de fome
Com meus dedos espanto o tédio
Mas turba que barulho vocês fazem
Não tem mais
Se lembre o fez
O chão brilha
O cão ladra
Ao meu lado o céu clareia
A gata nem tanto me encanta
Ela cheira a um perfume


Eu quero enxergar não me importa se a mairia não quer ver
Eu estou num mato
Eu sou um cachorro
Eu sou o Jardim do Éden
Se foi um homem quem pregou
Eu nunca fiz nem quero fazer pregos
Minha vida nem levo ela me acompanha pelo céu azul
É imposto viver aquém nasce
Mas dançar é pra quem percebe o algo mais
No presente que é o presente
Eu mestrambelhei
Certo estou errado
Mas tanto faz
Pra quem percebe
Cero branco
Negro esquerdo
Esqueleto branco sangue colorado
O que dizer

Todos somos coroados

Nenhum comentário: