sábado, 24 de janeiro de 2015

Poesiares



Minha adolescência foi um romance doido e doído
Bem onde o cupido apresentou-me a poesia
Poesia possível da rara vida de ser um a mais na massa
Tanto que me apossei como um inebriado amante
Completamente perdido e apaixonado pela liberdade poética
Às possibilidades da minha própria vida
Logo depois que a paixão se tornou um amor fecundo
Copulei com minha imaginação
E agora a gestação obedecendo a gravidade vem descendo
A dor do parto quando chega a hora do eterno agora

Paro-me
Pari-me
Paris me
Quero-me
Quis-me
Kiss me
Decidi amar-me e libertar-me

Não sei de ti nada mais do que sei sobre mi
Relembro de cada membro meu se fazendo
Nos porquês de os te-los

Por isso não venha me dizer que não posso sair dessa fossa
Nesse meu coração bate alguém que quer ter a liberdade de sair e entrar quando quiser
Tudo e todos aqui e agora

Onde estou agora vagindo é para onde sempre estive indo
Vasculho onde vim dar
Sem ao menos lembrar de alguém me convidar estou aqui, vivo
E vivo com o meu crivo
Filtrando
Fitando possibilidades
La vem
Ja vem de novo
Jah vem
Assopro o vento pra dentro
Tento um novo invento
Eu mesmo a mim sendo
Loucura aos materialistas com seus carros em suas pistas
Nada contra
Mas eu quero achar a minha própria luz solar
Me descolar desse meu colar que vês nesse meu pescoço
Pra notar que por ele passa uma voz
Nessa garganta
Essa foz que costeia minha cabeça
Aspiro ereto
Estico minhas costas
Minha coluna vertebral
Algo que mantenha o meu eu animal
Rico secretamente entro na entranha do meu mundo e acho-me-nos...
Amigos e amigas que ja largaram dessa matéria
E estudam outras em outras partes
Por minha decisão decido anotar meus pesares em pensares
Poesiares
Textos longos sei
Tão longos como será a investigação de cada em cada si
Que por si só formam a humana vontade de buscar os motivos
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