terça-feira, 19 de novembro de 2013

Gritos Íntimos Meu (Z) Eus



Autorizo-me a trabalhar por agora agora
Um eu estético nada ético estica o pescoço
E segue sendo moço ao tempo
Esse que  ao meu ver está a me dever
Pois o ontem hoje parece tão distante e esse um dia foi meu presente. Srá que o senti presente naquel momento?
Que lentamente passou em minha frente
Ah! Mas não estou disposto a filosofar
O importante para mim é deixar fluir o ar
Esse ar que passa pelas minhas cordas vocais
E sem som sai aqui dentro de meu pensamento
Rio de mim mesmo
Mas assim mesmo levo-me a sério
Será que eu sou eu mesmo?
Tanto mesmo
Uma lesma passa por mim correndo
Parece uma vagina gosmenta
Ando a estudar o que falo pelo meu falo
Que porra que germina livre a dentro
Rio. Deslizo macio tipo folha recém caída no rio
Sabem bem mais sobre saída do que de entrada
Entrudo meu estudo
Tiro a roupa e vou para a janela
Minha vizinha nem dá bola
Pois não vê minhas bolas pela cortina esfumaçada
Que maçada
Eu caracol escondo meu íntimo
Tem alguém batendo
É meu próprio pulsar pulsando
Expulsando o verbo à carne
E o texto flui pelas veias velhas minhas companheiras de doses
É claro que não estou a fim
Descobri em mim a maior e melhor loucura
A cura
A professora bafeja pela vidraça
Cai minha carapaça
Que sirva a carapuça
O cara pulsa pelo pulso do relógio batendo
Tic-tac
Que mais parecem risadas ou mentiras bem contadas
Um cogumelo amarelo atômico
Eu atônito
Tomo um tônico
Eu filho Nico acerto os ponteiros
Com os porteiros do destino
Sem pressa continua a porta aberta
Acerta na certa
Um música lenta danço com meus membros
Todos pelo que lembro avançam o sinal vermelho da madrugada silente
A rua
Nua, mas sua
Vida obscura
Vem brotando em mim minhas lágrimas
Não sei se as deixo rolar
Tenho o que há de mais lindo
E não tenho nada mais que isso
Minha contribuição pequena é essa sentença
De uma cabeça que não pensa
É simplesmente um elo que conta por onde anda
E o meu céu é seu
Visito lá onde a vista não alcança
Sinto que viajo sem cinto
Não há paradas bruscas nem em quem bater
Não há matéria
Somente a música de ex-feras
Agora domadas pela estrada aberta
E meus olhos são a origem da água da vida
Ávido deixo brotar
Meus pés flutuam e sinto de fato que sou um feto perante os fatos
E que quase me mato procurando falar todas as línguas
Essas nunca pelos em estados normais ouvidas
Se duvidas olhe-se bem sem espelho
Dê pra si a vida que deseja
Falo sobre o que vejo e te vejo
Mas por eterno que somos circulo
Pulo
Calculo que do muro dá uma vista boa
E eu nessa zorra toda
Sou-a





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