segunda-feira, 3 de junho de 2013

Para men cont(r)ar





O quão bem ou mal estou
Tudo passa eu sei
Brota em minha rota uma reta torta
Esse caminho sinuoso
É um pesadelo e um sonho
Eu olho bem dentro dos meus olhos
Não perco o foco
To na foto
Provoco a queda adâmica de uma lágrima
Eu bem que tento não ser eu mesmo
Mas não dá
Não posso ser um estranho a mim mesmo
Não tenho mais vontade de gritar gol
Isso já passou
Onde estou?
O mar é o único lugar
O céu está lá a me esperar
As fofocas não interessam-me
Olho bem longamente em meus olhos
Onde estou?
Corro
Corro-o
Livre para a liberdade plena
De escrever
De desescravizar esse livro
Mas eu só consigo voar só
E não quero só voar
Quero pousar
Repousar
Desposar
Solo espero ver onde piso
Engraçado meus olhos redondos apontam-me
Filosofar é grego ao meu sofrer
Uma cruz se agrega em cada mente cordial
Não vou ser morto
Por não ser normal ao torto
Escrevo isso de fato por estar sentindo isso de fato
Um tratamento dessa vida incurável
E chove agora na praia sonhada
Não importa
O sol vai voltar
E livre então
Em solo solar
Em silêncio mesmo urrar
E na mais intensa dor sentir que o prazer
Pra ser minha vida
Tem que passar
E passar
Rodar num oito até zerar
E mais um dez marcar
Desmascarar uma personalidade
Escondida na vida e sua sazonalidade
Mesmo que amarrote
Tudo passa eu sei

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