sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A válvula de escape da inescapável dor de ser o que sou


O pensamento uma ave a voar
Ave Maria
Dói acordar
Mas é preciso
Peço licença
Vou descerrar a cortina
Meus sentimentos estão saindo nesses pensamentos
A dor transpassa-me
Mas meu estado é consciente
Chove agora aqui em mim
As cores em mil tons de cinza
Só a quem é ranzinza
Num cantinho chorando fica
Eu não
Se está chovendo
Pego minha luz íntima e reflito
Arco-íris tornam-se minhas reflexões
Faço e carrego minha cruz
Faço dela um xis e assinalo as respotas
As perguntas se renovam
Mas continuo sempre sabendo
Que sou aquilo que sou
Se está chovendo
Eu vou pra rua tomar aquele banho de chuva
E é o que estou fazendo
Está chovendo na sua tela
Na nossa terra
-Ao inevitável banho crianças!
De minha parte
Corro com toda a minha inocência de infância
Quanta infâmia sendo feita
Não importa há chance
A verdade está como um raio a rasgar-me
E está a em mim operar
Sem superstição ou mesmo com
Certo é que com amor estou
Transpuno o éter
E caminho pelo jardim
Como frutas enquanto nu ando
Colho meu plantio
Sem folhas de parreiras
Sem barreiras
Não, não
Eu sim sei onde estou
Estou sentado na frente desse PC
Na crise se cresce
Estamos em crise
Vá imaginação mostre a solução
A brisa de minha inspiração
À melodia de minha vida
É que livre vi
Que na trilha sonora de minha vida caminho
E sorri pra vida
A mim se apresentando
A tempestade me sacode
E conforme a música eu danço da minha forma
Volta a velha dúvida da dádiva da vida
Insensatos vivendo pesadelos
Jogando bombas nos sonhos
Eu realmente compreendo
Não julgo
Quero ser e ver feliz todo a quem possa
Não sou juiz
Eu ando pelo jardim assim
O céu azul está atrás das nuvens cinzas
Turbulências passam
Viu?
...Veja então...

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