quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ciclo





"Vá! acrobata mental
Mergulhe de cabeça no profundo coração
Do imerso emirja nova mente nesse verso
Ache em si tudo o que há, houve e haverá"

Eu acredito em mim quando sinto a verdade
Tento
Por mais assustador que seja
Estou aqui
Não posso me livrar do que sinto que sinto
Estou me ouvindo
Não me vendo
Busco a única vida que valha-me à morte
Desafio minha paciência
Jogo areia na ampulheta do tempo
A verdade importa mais que essa bruta realidade
Ambas são brutas e âmbares
A neblina tenta tornar visível o sensível
Somos prisioneiros do nosso íntimo
Mesmo parecendo ser inconcebível ser-me completamente
Mansamente avanço
Faço um elo do meu ego ao eterno
Vivo desde já pela evolução
Ponho a mão em minha falante boca
No silente momento percebo que não há lá
Somente o aqui
Estou indizivelmente
Indivisivelmente na fonte divina
Criatura criadora
Humanamente óbvio
Mesmo que seja aqui crio o lá
Para o cantar e dançar
La-la-ri-la-la
Astronauta de mim
Vou ao tudo por nada
Homem sou enfim?
Ou um escravo do medo? que sempre surge em mim
Eu gosto disso
Essa inquietação
A vida parece um fluído que flui
Preenche o vazio
Por isso flutuo

-É um assalto!
-Leve tudo
Ladrão
Atrasado estás
Evolua antes que seja tarde demais
Tudo está sendo sempre preenchido
Por suas densas ou leves ações
Amar em paz é estar leve
E eu te amo

Estou sendo irônico?
Não é fácil ser tudo
Nem à vida
Eu aqui tentando com a minha
Esse jogo que adia dia a dia o rompante destino
O destino de todos
Esse adiamento é a minha poesia o meu romance
Não há segredos
Hão descobertas
A atração principal é a evolução
Ao jogo da vida não tem perdida
E eu estou jogando esse emocionante jogo
E como o jogo é só comigo
Estou no fogo amigo
Ganhador ou perdedor
Serenamente estou
Descobri-me da carne já

"Vá acrobata mental...

Nenhum comentário: