quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ultrapassando as barreiras da comodidade. A arte é para isso

Não, não pense que o que estou digitando trata-se de uma ofensa a alguém.
Estou só contando o que está se passando em meu eu profundo, que é onde estou.
O ser humano venera tanto a vaca, não por causa da carne, é por causa do leite. O leite anestesiante, o antídoto ao sono dos injustos. O leite dá-nos a paz.
Nos úberes de meus sentimentos mamo. Que flua...
Eu sou uma cópia e sei o que copio.
Copio o verbo primeiro, pensar...
Eu moro num lugar, que como qualquer outro precisa melhorar.
Portanto, eu não vou nada começar. Vou continuar.
Atravesso a avenida da rotina...
Cavo uma cavidade em mim.
Deposito-me ali.
Ouça essa voz que é tanto minha quanto nossa...
Eu preciso mudar meu lugar de estar.
Lembro quando brinco.
Clara, a rua empoeirada carrega minha vida em cada partícula.
Parto ridícula e infinitamente para qualquer lugar.
A ciranda na esquina não me decifra.
Eu ando com meu cérebro em cada lugar que meu coração queira estar.
Eu no fundo estou num profundo nada. Quem sabe tudo?
As madrugadas me envolvem o dia-dia. Nunca mais durmo como dormia.
Onde estou? à pergunta.
Oriundo ao mundo meço ruga a ruga o que me enruga.
Ao Oriente oriento-me.
Jogo minha mensagem ao mar da indiferença.
Desprendi-me da vaidade, em busca de uma verdade...
E foi um morto que me disse o que fazer na vida...
Portanto esse me mostrou a imortalidade
Eu quero estar aqui mesmo, mas fora da mesmisse.
Façam a perícia em um corpo e vejam se acham a vida, ou algum resquício disto ali.
Não somos somente nossos corpos. Fazemos parte disto num todo.
Eu converso com quem eu quero.
Atravesso o ocidente ou o hemisfério.
Vivo em cada lado do meu cérebro a mesma eterna vida.
Retiro do muro do mundo o mundo.
Mudo falando ao surdo mesmo que seja eu o mesmo ainda.
Jogo o fogo na água benta.
Sugiro aos mandantes que se vejam depois de tudo.
E por mais estranho que eu pareça eu sou igual a todos vocês.
Acreditem, por mais que eu corra estou ainda e sempre estarei aqui e ai.
A arte é para isso.
Para indagar em cada si o seu responder.
Responda-se-me-nos-vos...

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