domingo, 27 de março de 2011

Caí em si por sacos e vaginas

Insisto em interferir no destino
Vejo em prévia o momento
Latas refletem em janelas
Vem ca me comer
Me fale do que falo
Sobre quem come quem
Todos podem e vão errar
Julgar já é errar
Digo isto pra não cometer este erro vulgar
Essa noite choveu em mim
Percebi que não molhou todos tanto assim
É sim
Igualdades são indiferenças
Meu membro está no meio de meus membros
Que pela ótica de minha cabeça estão abaixo
É justo os chamar de membros inferiores?
Sobre isso que me debruço
Se erro nisto ou nisso
Acerto naquilo
Assim não me mirro em rimas
Por mais que o fogo me creme
E o sol se derreta em minha boca
Estou a solta na busca
Do involtável caminho do alívio
Lívio voltar pra que?
Ninguém vai acreditar
Pulsar
Expulsar
A vida se a vive como ela está
Mesmo por não gostar
Em meus olhos o nunca e o sempre talvez se encontrem
Nada mais que tudo isso
Me declaro menos
Que santo
Que sábio
Que seio
"Em sacos voltamos as vaginas"
Sou uma surpresa suspensa em minha cabeça
Essa presa ao universo

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