segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Por enquanto só o agora ofereço



Cheio como a lua cheia
Falsamente digo ao meu olhar
Que não sinto muito te amar
E que aquela esquina não lembra nada
O rosa das quebradas
O céu mesmo ainda azul não sabe
Por que eu e você
Nascemos pra viver sem chorar
Eu só vim aqui pra te dizer
Que por mais parível que em mim cresça estou aqui
E você ae
E dae pra que lado que eu vou?
Onde está você?
Eu sei que vou saber
Não estou chorando
É só uma poeira no meu ver
Que com a água embarra e dispara a lágrima
Lubrificando o momento
Iniciando o reiniciar
Pois a busca do paraíso continua
Congela-se o agora na intensidade do sentimento
Se tornar puro melhora o olhar
Tanto que aprende fabricar o ver que quer ver
Na tarde cinza o amor vai chegar
Sim meu samba soube sambar
Desclassificou-me para que aprendesse
Continuo nu
Mas com pelos raspados
Como se disse
Civilizados
Esse vagido trago desde o primeiro olhar de minha mãe para meu pai
Então mesmo assim
Se você me perguntar
Por que esse texto tem que continuar
Por que será?
Me associo ao indagar
O chão a céu aberto está
O aterro sou eu decerto
É?
Meu lindo e puro coração esperto pensa
Não sou santo nem sábio sei-o
Mas sou eu quem vai me salvar
Me atiro no mar de lágrimas
No more tears
Mergulho meu orgulho
Reflito de sal o sol
Meto minha liberdade na encruzilhada
Eu tenho que ser
Eu sou
Eu sou
Eu sou
A culpa de tudo isto
Sei que não sou bobo nem cristo
A sala minha sela
A cavalo mundo redondo
As pazes fazendo o buraco
Que no fundo dá do outro lado
Encurta em linha reta
Sobe de cima pra baixo trepa
That's all folks now

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