domingo, 27 de junho de 2010

Compre dores




O frio estampado em tudo
Um homem chora mudo
Fala a si em sal
Enrola-se no cobertor sujo
Ninguém o quer
O que eu vou fazer?
Na rua um show
Olhe para si
Deixe cair o cigarro do canto de sua boca
Livre cante
Mas não
Olhe bem pra mim
E veja
A vida é assim
Num rosto desolado
Veja a confusão
Da vida de um irmão ao seu lado
Esfomeado devora um pedaço de pão que achou
Molhado
Está frio
Ele vai desistir
A lágrima escorre pelo seu rosto vazio
Brota mais uma ruga
Chove
Um cão passa preso a guia
Aquele eu aqui nem aí pra mim seguia
Não demora mais
Vem
Sim vem
Você mesmo
Preciso de alguém

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