sábado, 12 de junho de 2010

Ó! o monstro de mim mesmo

Quando estou terrívelmente só Precisamente assim Que penso que consigo achar as coisas mais profundas e sublimes.   Somente assim, tão só, com clareza sinto o que posso imaginar Descalço no fio da navalha O limite da sanidade não é só para os loucos? Ó! o monstro de mim mesmo Na beira do mar de amar Eu, um navegante eterno e inquieto da vida A observar à distância Na linha salgada do horizonte A minha vida Para o infinito olho Como se de lá estivesse vindo Ou pra lá indo Certo que estou lá ou aqui Tanto me faz Me faço Sol Solidão Sentado na praia deixo a onda me acertar Meus olhos a lacrimejar me misturam ao mar A pura reflexão surge na água salgada Vá! Mar Venha! Me leve Longe quero estar Mente alagada Vou dar a largada Ao livre imaginar Em sonhos a sonhar Me sonho Meu sonho vivo Flutuo no éter A partir de agora sou tudo o que pensar Sou o imaginar Vou descolar de meu desolar Vou decolar E tudo que notar vou anotar Que no PC meu pensar flua ao teclar Quero ao ler Sentir que escrevo tudo que sinto Tudo!!!!!!!!!! Liberto das horas Na imensidão do infinito estou Subo na árvore da montanha mais alta Jogo-me ao plano divino Plano Parte minha nau em avião Minh’alma está numa brisa leve Minha mente em brasa escuta; A esperança sussurrando palavras a meus bons pensamentos É a voz do (A)mar que fala em Paz Escuto Ela se cala O silêncio reforça minha força Calado ouço o verbo calmo Penetrando no silêncio Desdobrando sentinelas Mesmo com medo abro a porteira Ajo como em esgotos Meus desgostos são dejetos combustíveis Orquestro energias ecológicas Queimo todas as possibilidades imaginárias Sem julgamentos nem cadeias Me liberto quieto Nesta fantasia roteirizo e dirijo meu caminho Crente no destino d’Eu menino Entro no sonho de criar ar limpo pra eu respirar E não pirar com essa poluição Proclamo só como um louco na chuva A inspiração isola-me A divina natureza humana molha-me Misturo misteriosos símbolos Sem o afã de gastar energia para decifrar enigmas os vivo Minha criação é essa Salvar meu mundo de mim Não quero ser adulterado Apago tudo e retorno a beira mar Sol Solidão Sentado na praia deixo a onda me acertar Só eu posso minha vida recomeçar

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