sábado, 12 de junho de 2010

Há 22 anos atrás



Omelete –Vivendo na Idade da Pedra um curta-metragem tão de vanguarda, que vamuh guardáh.



Há 22 anos atrás

Em meados dos anos dois mil, os Atualistas - O despertar de uma geração, por vários motivos levaram uma série de artistas a envolver-se ativamente na sociedade. O primeiro vídeo dos Atualistas – Omelete, Vivendo na Idade da Pedra, lançou ao mundo do audiovisual um apelo, não entendível, sobre o mundo dos pedreiros (viciados em crack).
Numa linguagem que nem chocava, nem provocava, simplesmente num processo de arte pela arte, o filme demonstrava a surrealidade do mundo das drogas. As pessoas se indagavam, e, portanto refletiam. O Omelete é um clipe? É um teatro filmado? É um filme de realismo poético? É uma loucura. Exatamente como o mundo dos viciados em Crack.
Sem apelos, os Atualistas proclamaram o surreal, o mundo da imaginação, como uma possível solução para o caos vigente naquela época. Declararam uma jornada de fatos sincronicamente destituídos de razão e ordem, exatamente como aquela época. Só os jovens fumando crack, numa bomba de chimarrão, já assustaria os mais conservadores. As manchetes de jornais estampadas na parede. Um esqueleto de TV servindo como privada. O simbolismo da omelete, do ovo; o alimento do povo. Atualistas e a Corrente do Bem d’onde eclodiu uma forma de arte mais atuante. Ocupada em passar conteúdo para reflexões embutido em entretenimento.
Aquele caos era o momento exato para o surgimento de uma arte engajada. Com suas possíveis soluções, que antes só existiam na imaginação dos poetas e sonhadores, provocaram uma virada delirante e lírica no mais profundo desejo humano. Este sendo o desejo de viver em paz e amar conjuntamente. É! a inquietude transpôs-se e transgrediu aquele momento caótico. Vivemos a maioria em paz hoje, em plenos anos 20, até por nossa retomada de consciência e a nossa conseqüente evolução enquanto sociedade, a partir daquele momento. O mérito é nosso, da humanidade, pois o que é atuante na atualidade é eterno como a Paz e o Amor.
Matéria publicada em jornal, no ano de 2025.

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