quinta-feira, 20 de maio de 2010

A busca da verdade é a verdadeira rebeldia (em forma de vômito)

Eu sou contra a tudo como está
Eu busco forças de olhos abertos
Concentro-me no centro do meu corpo
Eu tenho a força
Arrebento o nó da forca
Meu nome é Eu sou
Eu digo que o seu também é
E não me venha dizer que não tem força
Não há armas que detenham a força de nossas almas
Olhe o que tu faz
Nem todos se tornaram loucos
Só os que acompanham o mundo
Tire o pé do prego
Pare de chorar em novelas
Arranje forças
Saia da arquibancada
Seja um holofote bem forte
Ilumine a mesa dos famintos de justiça
Não há quem possa
Vamos na praça proclamar nossa liberdade de pensar
Não precisamos nem gritar
!VAMOS!
A desobediência é o risco de mudança e de aventura
Os conscientes estão sob vigilância
A desigualdade é o critério do progresso
O dinheiro é um pedaço de papel que decidimos não mais validar
As coisas estão como estão
E assim não vão continuar
A barbaridade que a humanidade fez em nome de Deus
Agora as faz em nome do dinheiro
A tensão do desemprego nos faz agradecer a nossa rotina miserável
De nossos empregos miseráveis
O medo de perder o emprego nos faz escravo
Trabalhadores são escravos modernos
Simples mercadorias
Esse emprego entediante de salário miserável
Pra um patrão que paga com um prato feito
O que é comida para a maioria é veneno em sua maioria
Agroquímica de corantes
Conservantes
Pesticidas e hormônios geneticamente modificados

Tenho jeito
Sonhar com um mundo melhor é uma necessidade
Não somos escravos e o dinheiro não é nosso deus

Não queremos mais esse sistema totalitário
Mercantil e infantil
Não é uma opinião
É uma necessidade absoluta
Esse sistema está condenado a morte
E por enquanto está nos condenando ao mesmo destino
A palavra falada precisa ser reaprendida
E ser representada pelas ruas
E ela se encontra adormecida em cada um
Portanto em todos
Inclusive nos mandantes do caos atual
Vou agora mesmo numa praça sussurrar
Que estou cansado de apanhar
Não quero me vingar
Mas vou vingar
Meu nome é Eu sou
Não sou escravo
Sou natural
E na natureza não tem escravos
Chega de produzir
Consumir
Descartar
A riqueza para poucos acumular
Não somos produtos
Nem manteremos mais relações puramente comerciais
Sou Seu Irmão Irmã
O planeta e nem a vida são simples mercadorias
São segredos
Que temos medo de desvendar
Lá vem a água de que viemos
Escorre lava a calçada da minha face
A luz prisma meu olhar
É como se o pó que sou entrasse em minhas vistas
Terra avista
Me visto a prazo
Meu nome é Eu sou
Não sou escravo
Sou natural

Nu num frio abaixo de zero
Mas quente a tua frente
Te espero
Te quero Gente

2 comentários:

lucabyluca disse...

Belo texto. É isso aí, Ósi! Super abç!

Unknown disse...

Adorei o texto. Tudo isto é a realidade, mas não a verdade que buscamos. Grande beijo!