quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ex-aus-tô

Separados e limitados
Livres ilimitados
Sempre imitados
Somos diferentes dos nossos parentes
Ausentes inconseqüentes
Um alerta de boca aberta
Um bico num litro do caudo desse trilho
Trilhado pelos escravos de salários
Dignos de indignação
Indagado está o leitor
O reitor da dificuldade imposta
Leal e corajoso
Apaixonado Parsifal
Quando me chamam de louco
É por que não faço o que querem
Justo eu que vivo de luto
Lutando pelos irmãos e irmãos que abrigo em meu peito
Não é fácil viver de sal de saudade
A idade bate em cada expressão
Marcando um risco
Uma linha de vida
Uma lágrima foge ainda
Escapa por entre os vincos
Uma praia linda
Um rio sereno
A lembrança de quando ainda ria
Um sorriso belo
Não amarelo
Amar ela aquela vaga lembrança
Aperto minha mente
Espremo sinceros pensamentos
A minha verdade abortada a tempos
Eu sei que não consigo saber o sabor do labor
Desta vida que passa amarga
Por entre meus cerrados dentes
Cortando a corda que me enforca
Porém me acorda
Discorda?
Me dá corda
Tanta tanta horda em você
E eu
Eu aqui só (vê)
Esvaindo em vaias
Que me elevam as raias
Cerro os pulsos
Encerro
Expulso
Exilado
Ninguém ao meu lado

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