terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Renasço sem muito estardalhaço

Abandono meu ego e parto pronto a revisitar tudo o que leio, vejo, ouço e sinto. Não tenho vontade de descobrir, de ser o primeiro. Tenho vontade de estar no meio, de ser o mais ou menos. Quero saborear o saber popular.

Volto a filmar “Tempos modernos” dialogando com os tempos atuais. Sei que sairão obras novas, que trarão a tona eternos pensamentos que circundam a nossa órbita pensante. São apropriações de conhecimentos e sabedorias que difundidas criam um horizonte cultural, que, com certeza, aumentarão o universo de possibilidades na maioria em busca de um equilíbrio pessoal e conseqüentemente social. Só não entende isto quem não quer, ou se aproveita do caos atual. Acredito que a arte, no mínimo uma parte, tem que assumir um papel e mesmo uma posição diante do quadro desigual social mundial. Para que o povo possa ter uma arte que o enriqueça, os artistas tem que se fazer entender da forma mais clara possível. Tratando as pessoas como seres adultos pensantes, não bebês que só digerem papinhas.
Artistas engajados em causas, ou ao menos em parte. Uma arte mais atuante não é modismo, sim uma necessidade. Pois o artista que tem ao menos uma obra voltada, consciente e descaradamente, para uma assistência solucional de problemas cotidianos do povo já é o bastante. Artistas a favor dos desfavorecidos culturais isso é o que precisamos. Por mais que o povo não queira ver arte a arte que os procure. Crer num mundo melhor, desse sonho não desisto. Pois o mundo é sempre melhor pra quem sonha.
Alguém não tirará minha convicção de que a arte é popular. Mesmo isto sendo uma semiverdade há uma chance de atuar na nossa atualidade e fazê-la mais equilibrada. E uma dessas chances é trazer essas obras que fizeram nosso universo humano pensante durante todos esses tempos que existe humanidade e sociedade. Trata-se de pensar no consumidor da arte como uma pessoa que carece de informações básicas mais do que entretenimento.

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