domingo, 8 de novembro de 2009

Altas toras - Baseado nas vidas multifacetadas da madrugada

Olha mamãe na real eu não sei por que me fizeste
Acho que foi por prazer
Vou questionar papai
Vejo você sorrindo como se no fundo chorasse
Olha mamãe
Sei que sou o que você nem sempre sonhou
Pois gerar é assim
Não sabe-se no que vai dar
Na real lembro de quando dividido
Entre saco e ovário
Enquanto vocês se divertiam
A luta para me gerar foi minha
Pois em porra e óvulo era o eu dividido
Nunca estive só
Sempre dois
Sua luta foi me gestar
Por isso não sou obrigado
É um prazer te agradecer
Dado a nós três
É viver
Com certeza assim vivo
Com tesão que proporcionas-te a força pela vida
Me transmitis-te energia
Como somos cromossomos
Dividido
Pensando em dúvidas


Furei a placenta com os pés
Quis sair de pé
Arrancaram-me a ferro pela cabeça
Cesariana?
Não
Não sou César
Moleira
Não dei moleza
Nasci sem calça
Mas calçado
Baita saco

-É menino
Sinto teu pinto em mim meu filho

Voltei ao útero inteiro
Sou o amor de meus pais
O olhar que faz o duro papai
Entrar na úmida mamãe
Livre de camisinhas
Sou fruto do livre amor
Daeh meu nos amar
Sou onde estou
Trilho o trilho do brilho
Trilhem
Brilhem
Somos filho do Sol

Controlei minha força esperma
Minha paciência materna
Planeta óvulo
Luz sêmen
Homem num mundo de punheta
Sem ser rica sou gente bonita
Meu estilo é amar-te esta noite
Como minha mãe fez com meu pai

Irá
Voltar
Pois nesse vai e vem
Que se faz nenêm

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