sábado, 26 de setembro de 2009

Retalhos da navalha viva na carne

A dor deixa odor
'Inda mais de amor

Nunca digo sempre
Por que de vez em quando
Sempre acontece o nunca

Eu vivo vogais
Choro por ais
Rio por tais
Amores brutais


As razões são nãos
Sem emoções

To sem dream sem ti

Tomei como um sim o teu não

Sol céu
Tanto faz agora as montanhas me arranham
Sou seu

Exilo-me na tua alfândega vagina

Sem amar respirar
Sinto o cheiro de ar e só

Gemidos gêmeos
Sons da rua refletem almas

Há vezes que quero morrer
Outras viver. Sou normal

Digo
E
Reflito
Estou aqui e na verdade sou mais do que posso
E mantenho meus ossos de carne cobertos
Enquanto posso

E lá vai a terra e comigo ela
Juntos somos a vida
Em busca de mais um dia de sol
Viro com o mundo a vida em busca da luz
Arrodeio em volta e volto
E sinceramente não faço isso por gosto
Mas onde moro é aqui certo
Mas Terra
Meu amor mora numa dessas nossa voltas

Sol
Por sua causa essa é a nossa casa

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