terça-feira, 29 de julho de 2008

Minhas bolas

A bola rola vamos jogar
Sua vez de fumar
Antes
Beije-me meu bem
Estou prensando
Pensando
Beirando a loucura
Na procura da cura
Sorrindo e sofrendo vou vivendo
Sem frescura
Um bus passa e não pára
Ninguém me vê na via
As ruas estreitas apertam vidas
Aperta esse pastel
Vamos fumar
Pessoas enfumaçadas riem
Que fumem tristes cigarros
Traguem suas vísceras
Entreguem suas vidas sem lutas
À esse remédio não tem bula
Vou me amar e amar
Vou dançar, vou cantar
DJ...
Toque uma música que me toque
Que me  faça dançar essa noite
De dia piso leve
Depois da noite do piço de canto
Que furo
Tem criança no quarto
Sendo gerada
Camisinha por segurança na vala
Mas não é dia ainda
Noite em açoite
Boite
As estrelas companheiras brilham
Apontando para eu ver onde quero ir
Bem-vindo ao filme da minha vida real
Nessa noite
Socorro!
Nas ruas vira-latas me latem
Me acompanham a farejar
Suspeito sou
Não sei onde estou
La’tou eu a chupar latas
A chuva, o vento, o frio, nada me faz desistir
De esperar o sol quente de verão
Tudo o que fumei nada encontrei
Além da fome do homem
Eu sei quando morre o amor de uma pessoa
O mundo fica triste
O fim é assim
Acaba com o controle
Há pedras no caminho. Oi!
Eu não sei ou não sabia até então
O amor é dor e dói não sentir amor
Viver em vão é viver sem dor
Me sinto sentindo em vão
Tão magro que passo pelo vão
Vejo em mim sim meu não
O fim avisou que chegava desde o início.
Tudo termina
Esse vício acabou.
Chega de tragar, de trago, trouxe um mapa
De outro pago, de graça
Vou levantar
O amor que parece ter acabado noutro olhar está brilhando
Tudo tem outro lado
Eu vi juro que vi outro amor noutro lugar
Acabo de me achar nesse lugar
O mundo é uma bola, rola
Vamos jogar, se jogue, me jogue
SOMOS BOLAS



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