A respeito da violência atual
Construir fatores possibilitantes de tais possíveis idéias:
Criar um local nas fronteiras amazônicas p/reeducar pessoas
desajustadas.
Um local onde haja sustentabilidade, e q as pessoas aprendam
a viver em comunidade.
Invés de serem presos
e fazerem a universidade do crime, farão a da vida em sociedade.
E se caso houver uma invasão estrangeira, nada melhor
do q pessoas capazes de revolta a uma situação p/defender a paz. Os criminosos
de hoje em dia serão a defesa do amanhã
Bem querer
Lá estava eu escrevendo poesia na água, quando um
risco de sorriso do meu lábio arisco ensaia uma saída
Eu sei q há dias e noites. Dias frios e quentes noites
também
Eu quis do sal meu mel, sabe meu salário eu pago,
recebo o q dou. Na vida sou um anel...
Ah1 vou me esquecer só um pouquinho da dor e do amor, não
vou transformar em nada tudo o q sinto.
Mas sei isto não saber.
Eu estou a sorver o amor q não sai entra mais em mim
Esta fria e úmida noite espera do luar um olhar
p/valer a pena este penar.
Licença diz a luz da lua q transpassa a nuvem. Vê,
olhe bem o bem assim
E olhe p/mim o q tento fazer no mundo
Estou como sou
Esta noite está ficando boa
Esta poesia mesmo na água expressa minha sede de bem
querer
As melhores celas do presídio
central, são mais organizadas e limpas que muitos dos lares convencionais de
cidadões, digamos, normais.
O sorriso, por mais lágrimas
que brotem,está sempre florescendo
É porque estou fazendo minha
vida assim nem só pra mim
O q os cara estão fazendo
É um da massa q esta os
amassando
Por mais q se destruam a vida
brota.
Por esse fio passa a vida ela
retorna
A voz linda vem do íntimo
É lógico
Claro q ñ sei o q estou
fazendo e vc?
ñ vou lhe perguntar,
portanto.
A primavera vem, verás
o tempo passa p/qm ñ vê q
lenta a mente nota q a paciência vem desda gruta
dizendo q tudo q vem vai porq
volta mesmo de outra forma a verdade é uma grande mentira e vice versa
verso isto nesta conversaa
impressa
o teclado musicá cara esse é
massa
agora acho q sou um passaro
vôo entre porcos achaco com meu bico
e como mágico uso à mola do
rabo de porco p/propulsão e enfim a expulsão da loucura toda q não é boa. Vem
musica me tira p/dançar a dança da vitória de todos sobre tudo o q ñ nos convem
vem vem vem
Tudo bem então ñ vem, mas eu
vou ir aí te colocar no ritmo q possam todos dançar
Entra e vem correndo para mim. Estou com a bola de
cristal......
Doudivanas em contos crônicos e atuantes
Vá crack eu fico
Por Cont...
O
sol nasce, iluminando um casebre numa vila de Porto Alegre, apagando os traços
sombrios da
noite.
Um belo dia, de uma noite nem tanto.
Enquanto
isso, um menino chamado Doudivanas descansa seu débil corpo, já em escombros de
tanto desatino, tanta fuga. Esta ignorância, multiplicada ao sistema irracional
da sociedade atual
resulta
na desvida de um semelhante, mas não igual.
No
arfar de um sono pesado o cansaço, o reflexo da movimentada madrugada no
submundo de drogas e roubos em que o menino Doudivanas se metera.
Doud
tornou-se um escravo do crack. O desobjetivo de uma vida criada em um
lugar fétido e inseguro. A água, em sua vila, vem de mangueiras sujas, e o ar é
ruim de respirar, por causa do cheiro vindo do esgoto a céu aberto. Sua vila,
uma ilha esquecida por mandantes, com pessoas que nem lembram ou sabem o que é
dignidade. Trabalhadores, sem o menor preparo, se vendendo por trocados.
Desempregados a espera da fila para busca de emprego na segunda-feira, enquanto
em casa nem pra a primeira feira dinheiro há. Mas a esperança ta lá, até no
nome do lugar; Vila Esperança. Pessoas sem passagem na polícia, mas sem o dinheiro
da passagem para procurar um meio de sair da miséria.
Isso
tudo deixou Doud com poucas opções, mais a falta de amor fraterno, a base de
tudo – esse amor que devia ser à base de qualquer sociedade que quer se
equilibrar. Para a maioria das pessoas viver em harmonia.
Vindo
de uma família desestruturada, Doud poucas vezes soube o que é um carinho, uma
palavra de compreensão, um apoio, um conselho, enfim um direcionamento para sua
jovem vida.
Uma
lista de motivos acha-se para aquela vida torta que Doud seguia. O menino filho
de pai sem estudo (portanto sem futuro), de tal modo tornou-se alcoólatra,
cocainômano, ladrão e eventual traficante. Assim, Doud conviveu com droga dentro
de casa desde o berço.
O pai hoje está preso, com muitos anos, pela
frente, de cadeia nas costas. Coitado dele, e dos que com suas atitudes
impensadas faz sofrer.
A
mãe de Doud, dependente de álcool e cigarro para suportar a dor de viver. Desempregada
doméstica, escrava de emoções e sensações. Conduta esta que logo se transformou
em vício, na doença mais comum em locais miseráveis, o alcoolismo. No início
dos pileques ou porres, tornava-se sensível e emotiva, assim Doud e seus
irmãozinhos recebiam uma mínima mostra de carinho e afeição. (Doud, com 15 anos
tem mais dois irmãos; um de sete e outro de nove anos de idade). Nos primeiros
minutos daqueles devaneios etílicos, aquelas pessoas pareciam formar uma
família. Mas logo veio o primeiro golpe da má vida, seu pai foi preso. Sua mãe
tinha que se prostituir para sustentar a família. Doud tornou-se filho da puta.
Esse
rapazinho de estatura mediana, pele parda, cabelo ruim, sem estudo e sem alguém
para espelhar-se, com a mãe se virando, deixou sua vida seguir a deriva da roda
viva.
Por
falta de estrutura familiar e social na adolescência, a fase mais perigosa a
desvios de conduta da vida humana, Doud conheceu o submundo da vida urbana.
Ele
e seus poucos amigos se perderam juntos em roubo e drogas, não por curiosidade,
mas sim por falta de opção. Sem uma visão de futuro não há presente na vida de
uma adolescente.
Sua
família perdida, com sua mãe na vida fácil e seu pai na cadeia, seus irmãos
foram para um orfanato. Doud não foi para nenhuma instituição, sua rebeldia
juvenil queria um algo mais para si. Uma vida com dignidade ou no mínimo com a
possibilidade de se tornar parecida com
o que vê na tv, na Malhação
seu programa predileto.
Desta
perspectiva começa a desventura da vida de Doudivanas.
Sobrou na vida de Doud só estranhos e vizinhos,
estes só dão falta de Doud quando alguma coisa deles eles dão falta. Quando
Doud os rouba para saciar seu desejo de prazer instantâneo. Ninguém sente falta
de Doud, mas Doud sente a falta de alguém. Já que só quando de suas coisas, os
vizinhos dão falta, é que lembram de Doud, esta foi à maneira que arranjou para
existir para alguma pessoa e amenizar a dor que causa a falta de ser por alguém
querido ou no mínimo lembrado.
Uma
dor recolhida, mas não esquecida esta falta deixa.
Todo mundo está doente, não só Doud. Perceba
no pensamento normal de hoje em dia – As pessoas ocupam-se com suas salas, se
trancam sim é a vida, mas não a nossa vida, nem a de minha família. Alguém na
sociedade pode assim pensar. Mas uma criança como Doud merece ser tratada especialmente
com compreensão e carinho, não com desdém, nem prisão. Sei que não é profissional chorar enquanto se trabalha, mas vou chorar,
sou amador do que faço. Plim! Plim! Caem minhas lágrimas de ex-tudo pelas
criancinhas. Entendam, o pieguismo é incidental.
-Um
viciado que não o tiver roubado, lhe incomoda? Este e um assunto a ser tratado,
junto com o viciado.
Doud
quis colo nunca ganhou, resolveu fugir da maloca, há tempos são esses jovens
que pedem ajuda. Suas atitudes selvagens são a forma de comunicação que
encontraram. São seres não civilizados por não conhecerem o amor e a
compreensão. Por que nunca tiveram nada disso,devem ser tratados como crianças
especiais.. Ninguém parece perceber, mas exige-se uma reflexão, é preciso agir.
Quem nunca sentiu fome, frio, dor, falta de amor, falta de opção, falta de
dinheiro, falta de carinho e compreensão. Quem não nasceu no seio de uma
família movida a álcool, num casebre fétido. Quem nunca teve uma roupa nova, um
lugar limpo e quentinho para dormir. E mais, estas pessoas quando comem, não
sabem alimentar-se. Não tem na sua alimentação ingredientes básicos para uma
tomada de consciência, isto é, alimentos naturais que libertam a mente da
escravidão e abrem o horizonte a frente para sair de uma situação de agrura. E
pior, não vêem exemplos das pessoas mais privilegiadas. Que em sua maioria
comem fast-foods em locais que mais são uma vitrine de ostentação. Resta somente
o olhar indiferente e excludente, dessa gente que poderia estar igual aquela
gente miserável.
Parece
utopia, mas é uma necessidade um processo de integração atuante em cada
cidadão.
Doud
já foi preso tantas vezes que nem se lembra mais. Doud não tem pais, nem paz,
que país é este? Muitos tremores nascem
da abstinência, sua fraqueza é tão fácil de constatar. Todos vêem, todos vão
embora, e agora aquela criança solitária com sua imensa dor. Seu grito, se
força tivesse iria até Brasília, mas há ventos que não trazem, só impedem.
E
esses novos inventos, a tecnologia sofisticada, nunca chegam pelos lados das
vilas da vida. O sentimento mais
sofisticado do ser humano, o amor fraterno, está desplugado na atualidade.
Quem
dará abrigo e educação a este futuro, mas já tão presente, cidadão. Poderá
virar mais um ladrão e atacar uma família.
Algum
destino parecido apareceu no jornal de ontem, o fim de uma vida que veio nos
mostrar como somos esquecidos de nós mesmos. As pessoas não precisam de
esmolas, está mínima cota de avareza, precisam sim de compreensão.
Doud
perdido num dia bonito, acostumado a matar a fome, amortecendo a mente. Reflete
na poça de água suja bem á sua frente. Pensa na sua vida, pelo amor não ter
acontecido na vida dele, talvez nem durante a cópula, de seus pais (sexo
animal), quando o conceberam. Doud um menino que nem na hora da criação, sentiu
o amor aquecer seu coração.
É
preciso ajudar essas pessoas para a violência diminuir, e a maioria viver uma
vida tranqüila. Ter coragem é ter a visão de ajudar, não importa que eles estão
sendo feitos para roubar, nós somos feitos para ajudar.
Estamos
como estátuas trancados em nossos cofres e casas.
Ninguém
sabe o que apareceu no submundo da noite vazia. Enquanto a gente dorme agora,
aquela criança no vento e no frio lá fora.
Aquele menino tem medo do trovão, do vento virar um furacão em sua imaginação
cheia de loló.
Doud
quer, e quem mais queira, um dia mais bonito aqui em baixo. Sente que é preciso
agir sem parar. Sabemos que a realidade
dessas pessoas é passar fome, mas na verdade há comida para todos.
A
fome e a miséria explicam a fúria das ruas, que de vez em quando visitam os
lares de qualquer cidadão que tenha onde morar e comer, o que se vestir, como
se transportar. Esse é o preço a pagar pelo desprezo e desdém a nossos
semelhantes que não tiveram a menor possibilidade de ter o destino de suas
vidas guiado com compaixão e fraternidade.
Esta
no ar a resposta, a solução, é só a gente se entregar, como um grão de areia,
como uma gota nesse oceano de indiferença. Cada um que faça sua parte para
mudar esse quadro. A cartilha está escrita no nosso mais íntimo e sensato
sentimento. Somos todos iguais em nossos desejos e medos, as oportunidades que
nos diferenciam e nos tornam indiferentes aos nossos semelhantes. O sol vai
bater em nossos corações, lembra e vem, o caminho são vários, os destinos de
todos é que é o mesmo.
Eu
sei que palavras são capazes de formar novos pensamentos e estes podem ser geradores
de uma geração fraterna. Algo que se torne parecido com o mundo que Cristo viu.
Mas
como chegar ao objetivo, sem rupturas nos erros que se tornaram padrão.
O
algo a mais está no agora. Chegou o porvir. Vai, vem, voltemos. Nós temos,
todos, as nossas próprias razões.
A
vida tranqüila, alegre e sensata, todos queremos, então proporcionemos isto
para a maioria.A maioria vence, assim viramos o jogo.
O
vendaval da violência não vai passar, se nós com educação a enfrentar. A paz
não é ausência de conflitos, sim a paciência e sabiência de enfrentá-lo. Quando
estamos lidando com pessoas sem educação, é que mostramos o quanto temos de
educação, e entendam compreendê-los.
Mas
mesmo que eu fizesse todos os textos do mundo, não iria entrar em todos os
corações, mas de pedra nenhum humano é. Quando chegar o momento todos vão notar
a sensatez deste texto.
E irão de suas boas vidas se adonar, è assim
as chaves são de quem as alcança. Na subida da montanha nos encontramos. Não há
julgamentos, simples observações atestam o lugar que cada um merece chegar.
Isso
tudo vai passar, vamos ver, há muito que fazer.
Chegou à hora, é agora, é aqui, cortemos os laços conservadores que não
deixam a primavera chegar. Todas as estações têm que passar. Cortaram a poesia
e a querem transformar em ilusão ou utopia. Hipocrisia!
O
mundo não é dual, cada um tem um lado, todos tem suas próprias razões.
A
luz do conhecimento mostra o caminho. O verbo (poesia) é o início. A imagem é
passageira. Para que lado você vai seguir. Na direção da luz do que você
intimamente sabe, irá seguir a cegueira da multidão ou irá ofuscar-se com o
brilho e poder do ouro. O coração e mente em conjunção lhe mostrarão a direção.
A luz clareia o que é preciso ver e seguir. A leitura é a atividade que trará, com
o amor, o melhor futuro para cá agora,
Mas
na manha da vida daquele pobre menino, o sol também luzia.
Já
alta manha, o sol bate, no canto úmido daquele casebre, na peça onde dorme Doud.
A luz clareia suas roupas e seu material escolar.
Neste
mesmo momento a sirene de uma SAMU passa pela vila e o assusta.
Num
pulo Doud salta do chão – sua cama é um colchão no chão -.
Percebe
não ser a polícia, se espreguiça e pensa no novo dia nascido faz tempo.
Novo
na vida, mas no fim, num vicio. O jovem corpo recupera-se fácil das destruidoras
madrugadas.
Madrugadas
de frio, tensão, fissura e sexo vazio. Novo na vida, na noite da vida.
O
menino dera as costas aos seus brinquedos, tremulo foi encarar seus medos, mas
da pior forma,
anestesiando-os.
Pega
em suas mãos livros nunca lidos, lembranças do nunca tido. Livros mau olhados,
molhados pelo sereno
que
cobre todas as descobertas.
Olha
o seu material escolar e entre lápis e papel denota outro destino. “Pensa
verdadeiramente somente uns
poucos
segundos”. Sua vida pode ser outra e bem melhor, se lutar contra seus desejos e
falta de boa vontade.
Mas
desiste e mais fácil desistir.
Deixar
a vida a cargo de emoções e sensações lhe parece seu destino, que ali naquele
mínimo momento de
reflexão
estava sendo traçado. Ele não, por si decidindo, foi. Lá vai mais um corpo vivo
e, triste, sem cabeça.
Um
numero na lista de um partido político. Um paciente do S.U.S. da ala do I.M.L. Um
cliente da droga.
O
menino achava ser felicidade tal sensação, proporcionada pelo vil valor
roubado. Viver era aquilo para ele.
Suas
pernas finas vivem e o levam onde podem Sua mente fechada, subnutrida de boas
informações.
Bombardeada
pela realidade que insiste em o cercar.
A
madrugada passada não tinha sido boa, mas conseguiu roubar o botijao de gás da
Dona Matilda, - aquela
velha
chata, que vive a me xingar, ficou sem café hoje de manha.
“Em
vez da Dona Matilda, ter uma relativa amizade com o menino, no mínimo para não isolá-lo
ainda mais,
somente
o reprime. Parece ate que odeia o menino perdido. Sabem o que e odiar uma
criança perdida, ou ser
uma
criança perdida e odiada”. Isso e caso de todos, se todos sofremos as
conseqüências.
O
menino ainda com remela e nariz ranhento, corre contra o vento, contra tudo o
que não sabe que sente. E
correndo
chega ate o local onde escondera o botijao, pega-o, vai ao boteco do Seu
Ernesto. Trata, fecha o
negocio,
menos da metade do que vale.
Na
verdade esse Seu Ernesto e um negociante explorador. -Traficante de pinga para
o meu pai, e vendedor
de
dor e mentiras para a minha mãe. “O Próximo e tu Seu Ernesto, na madrugada
roubo teu boteco”. Pensa o
menino
já fissurado pela pedra. Mas esta promessa, não viria a cumprir.
Mas
mesmo sendo pouco, o dinheiro tava na mão, a grana para mais uma pedra, para
mais uma viagem.
O
menino seguiu o seu destino, pedreiro destino. O caminho traiçoeiro do vicio, o
inicio do fim da vida do
noviço.
Tem
que pegar o troço, vai lá na boca. Becos vila a dentro, acha o antro, um homem
que por dinheiro mata o
cliente.
Outro como tantos capitalistas.
-
Vende uma pedra ai!
Já
com a droga na mão, e com pressa lembra-se da lata furada, que fora o cachimbo
da madrugada anterior.
Ta
lá a lata o aguardando no bico, o terreno baldio onde jovens costumam
drogar-se. Lugar de muita fissura,
então
local perigoso.
O
menino palpitante, nem em palpite imagina do que a fissura e capaz.
Precisa
de um cigarro, acha um Plaza amassado, olha para o lado percebe um maluco
vindo. O menino
cabrita-se
pensa em largar, mas não, o vicio o dominara. Tudo ele arriscou pela pedra, “não
era agora, na
hora
do pega que ia dar zebra”. O maluco passa, o menino volta a seu caminho sem
volta.
Pensa,
enquanto fuma o cigarro, para fazer a cinza viagem.
Prazer
e revolta misturam-se a uma dorzinha de barriga. Revolta por só ter apanhado da
vida desde cedo, pai
bêbado,
mãe desestruturada. Mas a chance a pouco estava em suas mãos, nos livros, mas
não.
O prazer
pelo objetivo atingido, o tornara livre. A sensação que sabia, iria sentir
naquele pega, era o motivo
de
tanta agrura. “Ah, sensação boa”. O cérebro do menino que nunca soube como e a
sensação de carinho,
conheceu
o prazer das drogas, e não teve a oportunidade de conhecer o prazer de se amar,
amar e ser amado.
Oh!
Pobre e coitado menino, por nos condenado ao asco e ao esquecimento.
Também
pudera o menino já nascera pobre, fraco, mulato, baixo, feio, passou fome e
frio. Foi à escola, só
pela
merenda, mas quando a escola cancelou a merenda, não foi mais. E sua família
desinformada sobre os
valores
reais para estruturar uma vida na sociedade. Seus vizinhos daquela vila
fedorenta, gente operaria.
Gente
normal, pensam ser do bem, só porque não fazem o mal.
E só
mais um elemento, mas fundamental, ninguém ensinou ao menino, o valor da
leitura na vida da pessoa
que
tem a vontade de ter uma vida boa. A leitura esta atividade que alcança o âmago
do ser, que tudo de bom
lê.
E procura sensatamente entender e formar sua própria opinião sobre o que e bom
ou não. Mas não, só o
rodearam
de ma noticia, a desgraça alheia tentando o
conformar de sua própria miséria. A falta de
oportunidade
como carma.
O
menino se rebela a tudo, almeja ter tudo, mas a sensação mais barata e o
quinhão que lhe cabe desta vida.
Só
resta esta pedra louca.
Enquanto
o menino pensa que pensa, um olhar algoz o fita.
Tudo
pronto; cachimbo, cinza, a pedra, o fogo. Falta só o pega, a tão desejada
tragada.
De
repente uma peixeira fria corta-lhe o pescoço. Fria como a pedra que estava em
sua mão, agora vazia.
Jazia
o menino desde que não lia, sua vida acenou de manha, pedindo socorro, nos
livros. Em suas mãos
estava
outro destino, mas não.
Gritou!
Seu ultimo ai. O menino no seu sangue quente jorrando, viu sua vida passando.
Ah, se tivesse por
outro
caminho optado.
Antes
de seus olhos fecharem, seus fechados ouvidos escutaram uma voz dizendo; Te
avisei, veja o que da
sua
vida anda fazendo.
Seus
olhos fecham.
Sua
mãe chora, agora.
Na
lagrima se reflete a vida.
Temos
chance.
Mas
não.
Mas
temos chance.
Mas
não.Mesmo assim, continuamos, todos, a ter chances.
Cont...
A opera R.E.P. de Doudivanas
Por Cont...
Eis
que surge o sol naquele céu cinza O horizonte se avermelha, abre-se um azul
entre outras cores
circulares,
que chegam a um violeta calmo.
Linda
a linha, que liga deitada a aurora.
Agora doura, o antes distante eldorado.
O
Sol surgido, fortalece a força necessária para uma manhã chuvosa de
segunda-feira. Nosso amigo
Doudivanas
sonhando desperta, espreguiça-se e vê o que a luz ilumina. Uma segunda - uma
nova tentativa-
feira.
Acorda, vê a luz na janela aberta da esperança. Pensa uma solução, faz uma poesia, reflete sobre ela.
Interpreta
suas ondas.
Surfa
dança, surge uma esperança. A boa vontade, agora bate em Doudivanas. O coração,
essa entranha que
bate.
Também sente no que bate.
Quando
nesta carne, a vontade se une a unha, surgem as garras. As garras do ser, é ser
o que quer ser..
A
ilusão e seus toc-tocs batem na porta da frente do carnal sentido, sentem a
direção da harmônica
comunicação
social. Seguem o caminho alado, anelados as melhores vibrações que os
pensamentos podem e
devem
causar.
“A
mente popular atual pode intercompletar-se. Se cada si, num instinto natural de
união, procurar-se”.
Doudivanas
procura-se. Opta por trabalhar por diversão.
Faz
uma ópera para os operários. De sua intima procura, exterioriza e lança o
Libreto “Triunfalmente Livre”.
A
opera que canta palavras faladas, naturalmente sobre a vida atual, em ritmo e
poesia.
Num
Ritmo E Poesia nossos isto e, atuais e atuantes.
A
Opera R.E.P. uma integração de artistas, de platéias a palcos.
Doud
imagina que sabe o que iniciou, na mutua imaginação.
Doudi
grita da platéia; luz do sou, sou sol aqui, palco ou platéia.. Quase louco, mas
critico Doud. expulsa do
seu
eu, o frio, fraco e fedorento do tanto mesmo e sempre que era o seu modo de ser pros outros pensar.
Nisso
se fazia sua vidinha. Muda, urra. Olha! O que vêem pelo cintilar das ações. O
pouco o reflexo do
normal
assombra-se por tais. Urra mais, como uma fera não procura motivos, só urra! Desaprisiona
sua voz..
Sente-se
aliviado e senta-se.
Seu
solsinho aquecendo-o, parece o trazendo.
Observa
a bonança vindo, esquece um pouco da tempestade, mas mantêm-se atento.
Doud
decide escrever, cantar e dançar ao ritmo do que contempla.
Passo
a passo vai criando o seu espaço.
“Sopra-se
longe a ira, quando a gente em si, inspira e entende o que aspira”.
Doud
dança no seu canto, agora o meio por onde expressa o seu tão nosso, que se
esconde em cada um.
Descobre
poeira no oculto segredo, o elo da coragem com o medo. Nada escondido estava, a
luz da reflexão
ilumina
a mina escura e funda o trem da tua vida. Boa, se sabida. A vida torna-se um
espetáculo de canto e
dança.
O
paraíso, para isso existimos.
Interpretar
as letras magicamente unidas, numa expressão, diríamos... assim; o trivial da
complexa
simplicidade
que mescla, no entanto conecta a mente e o coração, aqui e agora com o então.
Fizera
uma opera que diverte quem quer que veja. Uma opera que ri da dor, ri do amor.
Torna a vida um rio
onde
todos estão e vão à mesma direção.
O
sucesso foi tanto, o do Libreto, que o sol bateu na janela de muitos quartos.
Acordados decidiram começar
agora
mesmo, o caminho não e pra um só. O sol
nasce pra todos só não sabe quem não quer
Não
viam-se mais exemplares do “Libreto
Triunfalmente Livre” parados, estavam todos em mãos de
pessoas
interessadas. Acompanhando a Opera R.E.P. com suas mentes leitoras, atuantes,
agindo e sabendo
ser
isso, o viver a vida.
Mas
também que língua vibrante o ouvido de Doud interpretou em seus textos.
Brilhantes que dão vontade
de
cantarolar, encantar o lar, o núcleo familiar.
A
historia e essa:
Doud.
escolhera ser nas ruas a pessoa mais feia, pobre e teimosa, que imaginara. Tornou-se
um discriminado
da
sociedade, e percebeu que ele próprio exclui-se mentalmente do meio em que
vive. Porquê a essência do
ser
é comunicar-se com os outros, e fazer por entender-se. Mas no estado
psicológico em que vive o ser, que
não
se desprende de sua realidade em nome da verdade.
Doud.
não iria seguir o comum, acharia uma forma
simples
de resolver a raiz quadrada do inconsciente aflorar-se, com a resposta mais
intima e afirmativa.
Doud.
em laboratório experimentou-se. Recheou-se com amor e alegria de viver, assim
se fez.
Representava
um belo interior em um monstro horripilante exterior.
Esta
simples analise e a historia.
Que
bela dramatização do cidadão na sociedade Doud. apresentou em sua Opera R.E.P.
Deixou
todos alegres e pensativos a cerca de suas próprias inerência humano-sociais.
Colocou-nos que
somos
responsáveis pos parte de nossa historia e destino. Mentalmente, sem a selvajaria
do capital.
Lembrem
união de coração e mente com boa vontade.”A verdade e maior que a realidade,
contate”.
A
trama sem hipocrisia, nem pieguices, sim com sensatas e palpáveis... digamos
constatações.
Doud
saiu dos parâmetros normais de seus muitos “ais”.
Tornou-se
tão amplamente atual, que parece necessário.
Suas
frases longas exprimem tudo e todo o sentimento, que por uma vergonha sem
sentido não torna-se
explicito.
Causando noites mal dormidas e dias mal acordados. Doud excluso de sua sociedade
atual,
retornou
com as básicas ferramentas desde idos da humanidade. Palavras, boas palavras em
movimentos.
A
sociedade insana, não por crueldade, sim por necessidade negou-se a verdade
ultima dos fatos primordiais.
“A
palavra, dança caótica em números ordenados”.
Doud
canta e dança no palco da vida. A ribalta da vontade torna suas intenções
exeqüíveis e suas atitudes
claras
e conseqüentes.
De
boas intenções o mundo esta cheio, certo de que Doud sabe, que o que nutre
também mata, não exacerba.
Magicamente
ora coloca doçura, ora coloca loucura, flerta o sano, flutua no insano.
Furta
do espectador a dor, a debulha. Denuncia a inerência hominal atualmente, faz
agir através da reflexão
não
da coação. Não somos animais selvagens em busca do alimento para a prole,
apesar de egoístas.
O
destrabalho desconstruiu os verdadeiros valores do homem atual. “Dos escombros
erguera-se à arte de
viver”.
Doud
propositadamente ingênuo cutuca as indissolúveis condições atuais dos humanos,
na vida em
sociedade.
Retrata
fielmente, as suas próprias frias mentes de corações ardentes. Há razoes em
sermos às vezes
irracionais.
Livre
Doud proporciona a liberdade aos populares que se encararem.
Doud
escreve em seu canto, o destino, o fim de seus desatinos.
Doud
percebe na dor sublimidade e se não fosse seus experimentos, nada haveria
feito.
Mas
o passado não se apaga, porque a experiência o paga.
Doud
provou seu gosto em cima dos outros, em si encontrou o todo.
Em
cima de suas costas estavam os músculos movedores de uma mente comovedora.
Movedora de dores
mutantes,
sabidamente selvagens. Agora Doud, não chora ante ao seu drama.
Expôs
o gosto amargo do remédio, do destino tecido pela família desestruturada.
Desossada de verdadeiros e
úteis
valores para a vida social de cada ser. Baseou-se no que os outros pensam que
pensam, e também nos
que
pensaram verdadeiramente em todos os tempos e atualizou-os. Pensando que sabe
também não pensar.
Doudivanas,
Doud... d’loucuras me sanas Doudivanas.
Moral
da Historia Geral
Contos Crônicos
e atuais:
HISTÓRIAS P/JANTAR
“A esperança mora na imaginação, e o cultivo
de pensamentos positivos enriquecem a
mente a portadora da faculdade mais que humana, que
é o imaginar. Saiba que a
esperança é a última que morre, assim é,
quando se está sem saída ( dívida,
vício, paixão
perdida ou outra situação) e a gente decide sair do pensamento comum e
andar nu pelo
jardim novamente, mas agora com nova mente. E aí, descobre a verdade
despida de
preconceitos, não a verdade absoluta,
mas sim uma auto-afirmação, algo em que se basear,
para depois, sim, se conhecer, se
perdoar e amar.E para completar o regozijo, se entregar a
uma paixão, moldá-la pacientemente até
chegar ao estado puro e cristalino de amar, se
amar e ser amado, sem querer possuir
o amor, sim ser o amor em todas as suas formas. Isto
é o que nosso “Doud” está tentando neste
conto de”Cont...”.
Jardim sem fim
Um conto de Cont...
Doudivanas
aprendeu algo sobre viver, ao sobreviver as duras lições que a tempestade da
ignorância
causou em sua vida, por sua falta de experiência.
Não
se ressente. Sabe que o passado é uma semente e a vida um jardim, a se plantar
e com amor
se
cultivar.
Doud
esta ciente que nada do jardim o pertence, ele é que pertence ao jardim.
Em
contrapartida Doud sabe que tem a vontade de ser o senhor do seu próprio
pensamento e que
é
por sua sabiência é que fluirá a vida que almeja. E que foi essa a intenção que
o salvou dos
infortúnios.
Assim
Doud cultiva um jardim de flores e frutas, e reflete com elas. Com uma
alimentação
frugal,
alimenta seu pensamento e vive o rico fruto de sua imaginação. E com as cores
de um
caminho
colorido por flores, aspira uma vida harmônica no olor de sua caminhada.
Sua
esperança de um hoje melhor, já é agora, a todo instante seu pensamento e sua
ação.
As
flores dão um colorido florido em suas ações, e isso lhe causa belas reações.
“Flores
amenizam” diz um ditado atual, e amenizar é uma forma de harmonizar e
correlacionar
os sentimentos.
Frutas
dão uma qualidade a mais ao pensar, todos devem saber; a gente é o que a gente come. E
como
não comer frutas, se alimentar sem nada matar A árvore continua lá no seu
lugar. Isto é
alimentar
além de sua fome, alimentar a sua calma.
*Após lidar com suas plantas,
Doud sente-se um pouco mais consciente de si. Calado não fica,
o coração bate acalmado, mas
não satisfeito. Esse coração que sabe o drama da íntima alma,
e procura a calma pura,
precisa de alguém para o seu corpo dividir esse prazer de viver.
Á esta busca é preciso
empreender ação e compreender a reação.
Urge a necessidade de causar
rupturas no que está errado, mas está como padrão. Os
conservadores que conservem
suas dores. Doud é conversador, versa a dor.
Doud não fica sentado na
poltrona no dia de domingo.
É preciso agir, sussurra sua
vontade em sua mente audinte, algo diz - Aja,
atue em seu tempo,
ocupe seu espaço sendo, não seja só um número.
Seu íntimo sopra intimamente:
-Aja, atue... ação, já!
Procure um meio essencial de canalizar a energia
necessária para seu intento; sua
intromissão.
-Chove
na imaginação de Doud. Inundado, chora lágrimas. E essas lágrimas regam o seu
exterior
(ação) que cresce com seu intimo (reação).
A
água rega tanto, que se torna música, um regae. Reage... Uma melodia íntima que
o instiga
a
avançar. É à força da sua vida em harmonia com a natureza, que o convida para
dançar.
Olha
em si, sente o sal de seu mar rebelde encrespando seu corpo em vagas.
Uma
onda aponta, na praia rebentando, sua face salgando. Sua mente faceira torna
sua face uma
praia.
Vira prancha seu corpo. Na crista do vagalhão surfa seu coração, dropando um
destino
sem
razão momentânea no oceano eterno.
Doud
desfila sua forma de pensar, sem causar medo de mudanças, e nem espanto nos outros.
Doud
não aterra ninguém. Com ninguém aterrado, sopra ao ar uma melodia, é meio-dia
nesse
lado
da vida.
Doud
começa a dançar e a em si pensar por nós. Óbvio cai. Mas levanta sorrindo. E
diz que
na
sua boca veio um gosto doce e foi Ele quem trouxe de dentro dele mesmo.
É
que o paladar, e não só o dele, aguça-se na hora em que a dor se transborda em experiência
vivida
de uma vida sofrida. Esse doce desliza sobre o mar salgado de sua face molhada,
e essa
água
lhe conta alguns segredos da vida. Alguns, porquê Doud imagina que o melhor do
segredo
da
vida é o misterioso presente passando..
Loucura,
mania, dor, tudo Doud sentia antes de sua suposta maestria em sua vida. Tudo
passava
como
um ferro a vapor, passando o pavor, desamarrotando o seu destino antes delineado,
agora
delineando.
Enquanto cada momento passa tatua-se n’alma signos. Palavras cheias de amor, e
tudo
o mais o que for e vier.
Léxico somos. Com ou sem rima, Doud vive pra cima, o abaixo são
suas experiências formando
Sua
base forte.
Mas
Doud continua só no seu jardim sem fim.
Tanto
céu, tanto meio, tanto canto. Tantas pessoas, tanto espanto. Tanto tanto, mas é
assim ,
sempre
tem o tudo para chegar ao meio, o encanto! Doud no meio do seu canto dançando.
Lembra-se
da época em que tonto, em substâncias externas, buscava sensações internas.
Percebeu
que de tanto, chegou ao fundo do nada. Ali sem apoio externo, só sua
internidade podia
o
salvar. Em meio ao desencanto, surge a poesia da energia infinita. O éter nunca
visto da vida
comum
de tendências luxuosas. Somente sentido na vida sofisticada que a natureza
simples nos
apresenta.
A energia que Doud agora sente, é a mesma que providencia o alvorecer, o
crepúsculo
e
o bater de seu então solitário coração. Bem como o tudo e o nada se tocam pela
energia
circular,
Doud aprende a não parar. Bloqueia-se quem, além de contemplar a beleza e
harmonia
dessas
paragens, tenta se aprofundar mais em tais verdades. É simples viver, é só
acompanhar
essa
energia circular na eterna poesia.
Doud
sabe que a gente precisa de poesia, mesmo que por enquanto Narcisa.
Sua
mão trêmula, sustenta de alimento a mente que fomenta tanta ilusão.
Surge
uma dúvida; ñ seria falsa! essa ilusão? Nem
tudo o que se sente está no dicionário!
Ilusão, desilusão tudo é caminho deixa o
bixo.
Doud
agora se arqueia para observar uma flor, olha para o papel, o papel que seu
viver tem
na
vida de quem o cerca. Pensa: Já que uma
flor proporcionava pólen para a abelha fazer seu
mel, a quem serviria seu pólen( seu viver) e quem iria torná-lo mel (útil).
Qual
seria sua contribuição para a beleza harmônica da natureza Se descobrir,
procurará da
melhor
forma fazer. Mas Doud sente que precisa de um par, uma mulher para amar,
compartilhar
a
empreitada de bem viver. Turbinas ligadas, requisita com sensatez, sensações e
emoções que
lhe
tragam boas observações.
Com
elegância, nem rico, nem pobre, Doud o retirante do sentimento torturante,
ordenou seu
corpo
errante; Levante! Não tente ser
perfeito, ame, tem alguém especial batendo no seu
peito. E esta batida é esse alguém
querendo entrar e sair. É desse vai e vem que viemos.
Para isso que nascemos. Vida aprenda
viver.
Sua
mente não duvida da vida, da sua dívida, dividida em corpo, mente, alma, e
propósito. Após
esta
mensagem ouvida, sua razão sinfonicamente entregue ao coração, pede; calma!
Paciência é
o
nome do jogo da vida. O mínimo é o caminho para o máximo, sendo o meio o
destino.
-Simples é a senda, se renda. A
irredutibilidade trava.
Assim
Doud olha o mundo, suas cores em flores e frutas, ao movimento rico do prismar
da luz
do
conhecimento.
Pensa
se não está sendo arrogante ao pensar. Descobre que não ao procurar com quem
compartilhar.
Decide
não lutar mais. Conflito, há que se o enfrentar, mas sem antagonismos.
“A paz é a gente que faz”. Não existe
luta em prol de paz, existe sim é a luz da compreensão
fraterna
chamada amor incondicional.
O
universo é a orquestra, a vida é a música, e a vida de cada ser vivo é a
melodia.
É
a mente que harmoniza o tempo de nossa existência e compreensão. Viver em meio
a isto em
equilíbrio
é o que podemos fazer.
Doud
imagina que sabe que tem que um pouco disto tudo á aprender.
Pensa
Doud, na profundidade da raiz de suas flores, como crescer ou tentar ser pétala
e olor.
Sair
desta profundidade solitária filosofal, que do precipício o salvou, e encontrar
na mulher que
se
quer ser no amor carnal.
Reflete
e percebe na força da reflexão a energia da ação. Que para ser, não é preciso
ter,
então
se torna energia a pura procura de uma doçura, o amor que irá adoçar o viver.
Doud
percebe que não tem que ter o amor, mas ser o amor e daí amar.
A
energia canalizada a um objetivo constante, ensina-lhe o verbo cantar e o verbo dançar.
Segue
a acompanhar com seu tentar..
Doud
sabe que tudo o que faz, já foi feito, mas não do seu jeito. E não se importa.
A
compreensão
abriu suas portas para Doud entrar. Ele sabe que são muitos os que querem
compreender
o amor, mas poucos conseguem.
Doud
procura ser o escolhido entre tantos tentadores e tentações
Doud
sabe que Deus acredita em sua sublime criação.Doud acredita em si, sendo uma
criação
divina.
Produz si sobre si, se atrela sem emblemas às estrelas.
Segue
a regra da fuga, para dar um tempo para
a reação de entender seu ser.
Como
todo ser humano curioso, primeiro duvida para depois por si comprovar, e da
verdade
se
adonar.
A
gramática sintática do pensar precisa de rédeas, para o pensar se tornar uma
cavalaria
alada.
Doud
curva sua coluna, faz um círculo da cabeça aos pés. Entende Joões e Zés.
Contempla
seu templo, seu tempo no seu corpo. As palavras, bailarinas doidas,
apresentam-se
em
pontos luminosos no céu. Desvanea-se, percebe que em todo o caminho há contras,
‘faz
parte’, como diz o outro.
Sem
insanidades, Doud admite que está sendo ajudado nestes íntimos pensamentos.
Mas
esta intromissão é sua, Doud só admite ajuda como auxílio para sua meta.
Zela
pelo elo. Seu íntimo abastecesse de boas ações e pensamentos, isto é quase um
segredo,
uma
barreira para o que não é seu.
Conheça teus pés e irás onde ques. Doud não está com pressa, está com boa intenção e
confia
na
sua intuição. Sabe balancear os momentos de poesia e acontecimentos.
-Deduz-se que Doud sorrateiramente encena um
papel, sua intromissão.
Seu
ouvido ouve uma melodia, dança no seu jardim e cuida muito bem dele, aliás,
moderadamente
cuida do seu jardim.
A felicidade
de belos versos vem divertir, e a cor dos sorrisos tirar para alvos serem. O
dia surge
na
noite em forma de uma clara lua cheia, a noite perfuma os sentidos de
procriação.
Vê!
é o sinal de mais ou menos, a resposta da equação, claro com ação.
Doud
meio que se assusta com a lua da meia noite branca. Parece o céu ser o oceano
do séc. XV
e a
lua de prata uma nau a espera de um pirata, para descobrir novas terras
selvagens.
A
noite e aquele luar romântico levaram Doud a pensar meditativamente com o
coração,
Pensou
em apaixonar-se sem ilusão, mas sabe que não tem medo de desiludir-se.
Mergulhou
na procura da mulher que se quer.
Vai, vem, a gente se dá bem.
De
passagem na mão, embarcou na canoa a procura do amor entre homem e mulher.
Na
busca das coisas mais lindas, ainda não vistas por suas vistas. Se perder e se
achar nas curvas
femininas.
Doud não quer mais se aprofundar, ele quer deixar-se atrair. Sabe quem agora é,
e o
que
falta. Falta se apaixonar. E a paixão pacientemente moldar, a tornar amor.
Em
sua mente o amor se anunciou, saiu de seu jardim por um momento foi se olhar
por fora.
Achou-se
merecedor de uma amor sensual. Se no amor fraterno refletiu até encontrá-lo em
si.
Este
teria que agora iluminar o seu caminho para o encontrar, e de si sair.
Aprendera
que amar é deixar alguém o amar e juntos serem um lar de dois templos.
Doud
acredita ter crédito.
Doud
descurva-se, olha carinhosamente uma flor. Vê uma mulher usando
sua
boca para beber, ao invés de beijar e emitir sons refletidos de grunhidos. Smacks lindos!
Queria
dar e receber.
Bom
como todo humano conquista com carinha de carente, percebeu isto na ébrea
fêmea.
Sua
voz, num tom de sim saiu em prosa. Sente que diz o que sente com seu semblante.
Num
olhar mudo, diz tudo o que quer e sente porque tenta.
A
mulher olha para Doud e se afugenta.
Doud
tenta fazer ela voltar com um olhar calmo e convidativo ela não entende e vai
embora.
Justo
agora. Mas Doud sereno entende-a. Há monstros e bestas de diversas cabeças nas
mentes e
suas
sentenças. Não se aprofunda como o prometido.
Uma
raio ilumina sua vida. Resolve sair daquele jardim e numa praia perto morar.
Sem
saber onde quer com esta atitude chegar, mesmo assim vai se mudar.
O
destino do amor começa a se desenhar, a partir de sua independência.
Não
entendemos, não vemos, mas sentimos.
Não
há monstros, nem bestas com diversas cabeças, só há nos mesmos, o motivo da
vida.
Vem
comigo ser um novo navegante nesse espaço flutuante, diz o próprio momento para
os
dois.
O temp agora não era uma coisa intangível, estava ali com eles tentando
entender os por
quês
de sai vida.
Um
raio ilumina nossa vida, quando optamos por voar no mesmo lugar. Mas é preciso
saber
a
onde ser quer com isso chegar.
Já
no ar ao anotarmos o que notarmos, nos tornamos personagens principais de
nossas vidas.
E
esse papel de anotações, em dobras torna-se um avião que não se perde nas
tempestades da
vida.
Nos
olhamos, nos tronamos, somos humanos e curiosos, Adelante! Impera a inerência
de
viver
no mesmo tempo, e agora ocupando o mesmo espaço sideral.
Cósmico
momento, quanto mais nos aprofundamos, o azul celeste torna-se marinho.
O
vendedor e Doud vêem do alto o que somos se nos formo. Observam do nada, o que
pensam
ser tudo.
O
vendedor sem estudo, pensa que não e de graça, adianta a Doud uma grana.
Eles
voltam à realidade vindos duma verdade. Os pássaros cantam e as frutas doces os
recebem
bem.
Existe
superfície em qualquer lugar, um elo, um equilíbrio sem pesar, mas que não
existe
sem
pensar.
Para
existir claro, escuro. Sim e não. Cinzas são. Mesclando imaginação e ação
criamos toda
e
qualquer invenção. E nossa vida é uma invenção, que mesmo sendo nossa ou não a
devemos
nossa contribuição.
A
vida não e um jogo de pinbal, e esse sofá. por mais que seja seu, não é suave o bastante.
Aquela
noite exigia uma comemoração, salvos e calmos jantaram os dois a pouco
desconhecidos,
agora desbravadores do ser, dos seus viveres.
Ao
sol dado agradecem.
A
sombra apaga o esquecimento ou esconde tanta coisa, que se acha com a luz da
idéia.
Que
Doud e o vendedor estão satisfeitos e resolveram dessa louca viagem ao jardim
sem fim
se
aproveitar.
Cont...
O
poeta e a louca
U m conto de Cont...
A
tarde vazia de Doud se enchia com a simples visão daquela louca e bela moça.
Aquela
louca beleza escondida, que só um poeta nota e anota.
O
poeta, a pouco se mudara para um quarto em uma pensão, que ficava próximo a
prainha doce.
O
local era assim chamado; o hotel da prainha doce. Lugar que achou na medida
para pensar em como curar-
se
de uma dor de cabeça. Uma corna febre, que
nele se instalara.
Em
seu quarto alugado, de novo em olho virado, estava o poeta jogado.
O
quarto que escolhera, dava de janela para a prainha doce. E foi nesta Prainha,
que bicudo o poeta
percebeu
uma mulher. Mulher depois descobriu, que por todos era taxada de louca, por ver
o nascer e o
por
do sol todos dias. Mas por um erro profundamente humano, o medo, transpareceu.
Assim
se tornou poesia, aquele ritual de melancolia, observar aquela figura, de semblante
distante. Que todo
entardecer,
esperava o horizonte jantar o sol.
A
distancia encantava a tênue relação, entre ser olhado e estar olhando. O poeta
e a louca supostos próximos.
De
longe e sem luneta, a miopia alimentava a imaginação do poeta. Imaginava-a menina, mulher,
inteligente,
boa, leitora, e mais o que sua mente devaneante pudesse imaginar.
Tudo
muito especial.
Paixão
espacial, irrompendo ondas, “no ar de se amar”.
Louca
e provocante, a louca saia sozinha. Sozinha como a lua. Sua saia de havaiana,
numa ilha, o seio um
vulcão,
a lava vindo leve, o chamando no topo do universo. Eu não sei fazer poesia o
poeta pensava, o boi.
Bonitinha
ninguém sabia porque aquela menina vivia sozinha, chutava latas pela prainha e
olhava para o
infinito.
Distraída mirava o distante, via lá adiante no crepúsculo a tez, a cor do amor.
]
Romantizava
o bardo.
E
todo final de tarde, o sol como uma ficha na maquina do destino, inseria-se no
horizonte. Enquanto, poeta
e
louca assistiam o funeral de mais um dia de sol. Separados, mas juntos pelo
prismar dos raios solares.
Amavam-se
os dois, sem saber, nesses finais de dias assim.
A
louca recolhia sua sombrinha, que da sua pele escondia aquele imaginar. A luz
dourada do amor, a fitava,
ela
sabia.
O
poeta esticava os olhos, espreguiçava-se em sua ginástica ocular. Outros
estilos de amar, também se
tornam
amar. Se ambos beneficiar.
A
louca sentia que alguém de olhar duro à via, a longa distancia e data.
Era
o poeta com “Com dor de guampa”, que observava e imaginava saber o que aquela
menina linda
pensava,
naquela hora.
Uma
intercomunicação a distancia, de idéias agremiadas ao mesmo sentimento.
Mentira.
Ela no fundo sabia ter sempre um olho espião na sua imaginação. Verdade. Seus
pelos crespos,
eriçados
ficavam, em toda sua rosa intimidade. O final de tarde, era um ato a dois, sem
pressa. Para depois.
A
umidade causada, e o momentâneo prazer.
Os
contatos, digamos telepáticos, foram treinados pela rotina. Ficando de abstrato a um retrato 3 X 4.
Os
contatos, refletidos pela luz que emanava do horizonte interligado, clareavam a
relação.
E as
energias captadas pelas vagas mentais produziam o movimento exato da linha de
pensamento, que os
conecta.
“Quando
noite e dia se encontram, alguma coisa acontece nos corações”.
Vai-se
o sol, vem-se a lua, o medo da mudança, o amor atenua.
O
amor e um pensamento físico, o sexo e a química, a vida a matemática
milimetrica da poesia.
Pelo
embasso do frio vidro passa o prazer, que transborda na onisciência dos dois.
Estão tão próximos em
tempo
e espaço, a uns poucos passos do paraíso. Uma fina casualidade, os dois ainda
não serem
apresentados.
Nem eles próprios, talvez se conhecessem... No amor não custa tentar, diz um
ditado popular.
Seus
mundos por mais que pareçam diferentes, estão prestes a se enfrentar.
Aquela
menina (a louca), mulher, inteligente, boa, leitora esta mais próxima agora.
A
louca decide abrir o seu imaginário, sai de sua reclusa loucura. Abre-se a doce
brisa do leque do destino.
Uma
obra, sua ação passada. Um requinte de mulher na busca, na conquista do amor
exige-se artefatos, sua
humanidade
sopra. O vento aponta a direção da Prainha Doce.
Aquele
homem, poeta enclausurado em sua imaginação, mas não louco. Normal tampouco.
Ele esta a
procura
da cura de sua dor criatoria. Isto e, procriatoria.
A
força humana tem um certo poder sobre esta historia, e ao escrever o destino
dela, adianta alinhar-se a
natureza.
Para o bem mudar a historia na linha conseqüente.
O
amor, sempre tentador da uma ligada para sua musa.
-Alo,
Lua? Preciso de um favorzinho seu.
-Numa
noite de lua cheia. O peito febril do poeta inflou, e do fundo frio, que havia
no vazio tudo saiu.
O que
o enchia de vergonha, saiu.
Deixou
ser um sonhador, naquele quarto. O poeta abre o olhos, cai os cornos olha para
a porta aberta, sai
num
berro. Num urro se desvencilha das encilhas, que insistiam em tentar domesticar
sua feroz vontade de
amar.
Viu-se
se avesso vindo, seu ego o motivo de tanto desentendimento, tanta fuga, aparecia
agora honesto e
sincero.
Causando harmonia e conseqüente equilíbrio.
Surgiram
possibilidades de boa vontade. Controlado, o desejo de ser que todos temos.
Um
reflexo irico da matéria no aço refletiu um príncipe. Sua roupa suada
transformara-se no traje que mais
lhe
caia bem. Seguro sentiu a vontade de controlar, ele, o próprio destino
possível.
Desceu
correndo, nas suas profundezas apoiou-se, no fundo trampolinou-se.
Medalha
de ouro nos 400m raso, o homem estava um
arraso.
A
menina mais moça do que nunca, se banha demoradamente na água encanada que lava
sua cabeça.
Desencanando
um pouco para fora, o que era só por dentro. O perfume de amor que seu
desacostumado
olfato
estranhava, agora a encranhava.
A
intuição juntou-se a seus cinco sentidos. Seus ricos, agora mais redondos olhos
brilhavam. O espelho
refletia
uma donzela a espera de um beijo.
Antes
da hora do sol dizer, que mais um dia se passou. Saiu à louca, com um sorriso
em sua boca.
Naquela
faixa de areia, a prainha doce, marcou-se pelo destino o encontro. O fim de tanto
desatino. Uma
vibração
captada de um grau inusitado.
O
poeta e a louca se cruzaram e não se notaram.
O
poeta não era poeta.
A
louca não era louca.
Mas
um dia, quem sabe um dia.
“Quando
cruzarem nuas, suas naus navegantes”.
Cont...
PREMIO CCMQ
Gerson
Luis da Cunha
Pseudônimo:
Cont...
Av.
Palmira Gobbi, 885/305B Parque Humaitá. P. Alegre RS 90.250.210
Fone:
9153-7448 - 3342-1253
RG:
8029779553 CPF:
Titulo
da Obra: Doudivanas em Contos Atuais.
Sou Poeta Fanzineiro.
Tenho 37 anos, conheço os
extremos da vida em sociedade, isto e, tenho conhecimento de causa, escrevo a
atualidade.
Assim iniciei escrevendo
poesia, a seis anos, já tenho duas mil poesias. As constato como boas e atuais.
Tenho uma imaginação bastante
fértil, e se eu não escrevo perdem-se no éter diversas historias, boas
historias.
Cont... Continua Cont...
Necessário;
Os contos que faltam, não
estão digitados por uma falta de informação minha e pobreza, que dificultam e
muito a minha tentativa de
bem viver e escrever.
Alem destes verdadeiros
motivos, ainda tem os reais motivos. Fui saber do concurso no dia 20/05.
E não tenho computador e nem
dinheiro para pagar a digitação, mesmo que eu digite.
Posso somente digitar em um
amigo, que tem um computador, mas em pouco horário.
E por admiração e profunda
gratidão ao Gran Poeta Mario Quintana, que faço questão de concorrer com a
minha humilde “primeira
tentativa de digitar um livro de contos em 10 dias, em computador e casa dos
outros”.
Certo de que não consegui
digitar. Senti-me no primeiro momento a fracassar, mas logo refleti, clareei a
situação e continuei. Depois
serve de experiência se for dor, e se for sorriso será o amor.
E por amor a minha boa
vontade, decidi mesmo assim tentar.
E tentar, descobri, e mais
gostoso do que competir. Tentar e em si acreditar.
Tento de leve depositar amor
e dedicação em harmonia com as possibilidades de concretização. Sem dizer
sim, nem não, sei que tento,
tenho que acreditar. Adoro transmitir meu pensar.
Please!
Eu terei todos estes contos
digitados ate o dia 10 de junho, acreditem também.
Só preciso de um aceno
da honrada e justa organização do
concurso.
Atenção! Preciso só de mais
dez dias para poder digitar minha obra.
Não haverá nenhuma injustiça,
nem desigualdade.
Meu fone 9153-7448
Liguem-me, gostaria de
participar e ser lido por vocês.
Índice:
Doidivanas em Contos Atuais
1) JARDIM
SEM FIM (historia p/jantar)
2) A
OPERA R.E.P. DE DOIDIVANAS
3) VA
CRACK EU FICO.
4) O
POETA E A LOUCA
5) O
MONSTRO DO LADO
6) ESTA
E AQUELA
7) EDUARDO
E MONICA (não e aquela)
8) 2.104
A GUERRA DOS SEXOS
9) A
PASTA PRETA
10) 11
MINS EM NY
11) COMETA
LOUCURA
12) O
ANIVERSARIO DO SOL
O monstro do lado
Nasce Doudivanas, a data foi bem guardada e o local, bem o
local, pode se dizer que antes do nascimento de Doudivanas tinha uma
denominação, mas conforme ia crescendo o rebento, o nome do local ia mudando.
Na infância questo menino assombrava o predio onde morava,
com brincadeiras, todas, com muita alegria dele vindo, mas de gosto duvidoso
aos outros.
Certa vez Doudivanas, que tinha a mania de explodir rojões,
fez bombas- relógio, usando cigarro como
timer. Um primitivo mecanismo que propiciava uma explosão posterior. Isto dava o
tempo necessario para execuoplano antes das explosao. E o plano era gritar; não
atira tio, não atira. Socorro! Correndo e batendo nas portas dos vizinhos.