quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Ator Doado Sem Rouanet - Arte Pela Rua né?


Nu no meio do caminho
Lavo-me em minhas lágrimas
Limpo fico nu no caminho
Mas calminho
Mas sempre algo tranca meu caminho
Desiludido sigo meu caminho
Os caras querem mais
Querem além de me desiludir tirar o meu chão
Eu nu ando
Todos sabem bem sobre mim o que eu não sei
Minha retina cansada dessa rotina cerra a cortina
Assisto meu cinema aqui dentro
A tela é minha pálpebra
O que estou fazendo?
Nunca me lembro desse cimento ciumento colado em meu pé jumento
Carregado de sentimento centímetro a centímetro carregando de tudo o sentido
Aondestouindo?
Não que esteja de propósito me destruindo
Nem me construindo
Faço o que julgo ser meu aço
Assim...
Indo e vindo sigo vivendo
Tanto que as pedras do caminho não se atrevem a impedir-me
Alimento-me da poesia dessa noite que ardia dia a dia
Anote esse meu açoite essa minha carne nesse açougue
Azougue
Dor imensa lacrimeja liquida essa vista no prazo razo de uma vida
E justa a minha sina segue seguindo a batida do sino da igreja crente que um careta com sua picareta destruidora descontrói-me
Fazem-me não ver mais a luz do sol que sou
Riam soquem-me no chão
Sempre as flores brotarão do botão que me apertou
Minhas costas largas não são alvos dos seus torpedos
 E são vocês pedras que se bem colocadas erguem castelos
Ou mesmo num canteiro nutrem a terra que berra esse meu argumento
Tenho que alcançar os meus sonhos
Estou sozinho
Sem ninho
Vivendo por pouco de ficar louco
Sofre o mundo que estou jogando
Vou mudar tudo deixar de ser mudo
Levanto imundo
Pedras nos caminhos são como estrelas
Estou entre elas
Vou entretê-las
A luz vaza por entre meus dedos
Estava me adaptando a escuridão
Mas eu vou renascer desse cinza
Sim sem ser ranzinza
Vou vingar e não me vingar
E sair desse canto imundo cantando para o mundo 
Já que venho do medo desse dedo a mim apontado para ser destruído
Levanto vivo
Nunca esquecerei desses acontecimentos
Fui apedrejado
Pisoteado
Declarado culpado
Vivendo no inferno de mim mesmo
O que eu sou eu já sei
E sigo agora o caminho
Utilizando as pedras do caminho
Sabendo que aqui estão o céu e o inferno de mim mesmo
Nem coloco inferno de nós mesmos
Cada um denomina sua vida como e se quiser denominar
Acho que somos lesmas indo ao sal ao sol
Deixando suas babas de iras incompreendidas
Com pressa por a vida ser curta
Mas a arte de compreender o por que de tanto sofrimento que de fato é viver a parte que nos cabe
A arte de viver é compreender o sim e o não e ao mesmo tempo sempre sorrir um sorriso de criança
Na mais pura compreensão estou
Assustado
Muito
Por que não
Mas eu não troco de vida com outra pessoa
Uma por que não dá
Mas na realidade por que outra vida
Além a de compreender o próprio sofrimento não há
E Deus o que tem a ver com isso
Tudo
Digo eu
Sou uma parte de seus medos medidos a coragens
Selvagens somos crucificadores de nossos próprios ideais
E nossas ideias estão acabando por nos destruir
Os sentimentos estão nos mostrando que eu meu Deus
Somos nossos mas tão seus experimentos
Estou me lavando em lágrimas que são estradas
Ou não
São rios que navegam e vincam no meu rosto sua imagem
Tanta filtragem para depurar esta pura criatura
Virada em tantos Eu’s feitos di Eus
Deu
Deus
Obrigado por nascer Obrigado
E
Obrigado por morrer Obrigado







  

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