quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Nu bar

Nu bar
Um bye bye
A pressão que me aperta a mente
Quer me matar
Mas como uma semente broto
Nessa terra árida de boa vida
Livre
Vejo o não se tornar um nunca
Mas a mim não
Nunca
Em minha nuca nada abala
E essa frieira no pé que leva
Arde
Ok
Vala, aguarde
Vou mijar
Em cem conversas sem versos
Escuto um miau de um gato
Uma latida
Uma batida
Minhas fibras de minha pele arrefecem
Corro para meu carro
Fujo do que estou sendo
Sigo outra senda
Estou numa estrada sem acostamento
Não posso parar
O que está acontecendo?
Olhos para os lados
O carro parou no ar
Alguém para ajudar
Insano saio do carro e começo a latir e a miar
Alguem para me ajudar
Estou na via ninguém me vê
Quero um plano para que  eu saia dessa

Não está tarde
Sinto em meus passos meu espaço
E lato igual a um miau
Mas sem porém
Sigo refém
Sigo minha silhueta
Sem sombras mesmo
Em direção a luz
Olho pra mim
O físico elétrico segue
E digo etérico
Sigo a minha sina
E escrevo meu livro sobre mim em cima a árvore com um neto no colo
Não me calo
Ta tudo como sempre
Mude na sua vez
O bebê!
Vou ter que beber para engolir isso aqui
Na sua vez não se prenda nisto 
Um mapa descrito e escrito agora
Vivo vivo
Eh eh eh
Um sou
Ahhhh e ahhhh
Não venha me dizer que a minha vida é isso aqui
Ontem eu tinha todos os sonhos
Agora falam-me que passei
Que sou passado
Não acredito
Pulo essa frase
Essa fase
Não queira pra mim
Que quem me ame
Me ame não ardentemente
Fale com essa lingua
Que sua míngua é não beijar e nem felar
Só falar
E sobre mim
Não acredito em ti
Não
Não
Digo pro sim
Acredito em mim
E não venha me levar
E nem lavar com essa língua
Eu vou te contar
Não há quem fale o que sinto
A não ser eu mesmo
E assim assino
E nada assassino
Sem fins

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