quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Crise Eu


Preparem seus ouvidos
Eles vão ouvir teus próprios pensamentos
Olhe para dentro do sol que assombra teus sentimentos
Livre vejo que estou preso
Estou em meio ao começo do fim
Inicia-se minha reflexão
- Não sei mais o que fazer disse a mim
-Não seja assim tão bebê, pare de beber
-Como? Como?
-Seja livre! Tenha-se
- O que faço pra isso? Meu bem.
Se paro não consigo. Não me sinto bem
- Não me diga isso
Estou ficando sem graça
-Ouço vozes
Elas dizem que eu em síntese sou assim
Só vivendo no limite parece que sou eu mesmo
Não quero mais ser assim
Pois sinto o momento escorrendo pelos meus dedos
Todos apontam para mim
Eles pensam coisas que não sinto que sou
O teto some junto com o chão
Onde estou?
-Pare! Todos estão vendo sua destruição. Acredite em si
-Estou quase desistindo
-Mesmo assim você continua existindo
-Bebê, vou para de beber
To virado num escravo
Preciso descrever
-É mesmo bebê!
-Te amar leva-me a pensar
Que a verdadeira beleza está na liberdade do além bar
É poder chegar na praia/terra, ver o mar sem ter que correr a um bar para beber
Um furacão redemoinha meus pensamentos
Quase piro
Suspiro no vidro o embasso de meu  ser
A liberdade me adentra por uma forma inversa
- A liberdade é nos termos lada a lado
E no momento da fissura de mais um trago o que faço? Dar um bago
-É mesmo
-Então estamos nos amando
Ame-me sem mimimi
Beije-me sem mimimi
Tire de mim meus mimimis
Quero soltar-me disso tudo
Quero é dançar e cantar
Vamos dançar do jeito que der
Quero rodar de cara esse mundo louco
Dançando
Cantando
Escrevendo
Sou o que vocês estão em si vendo
E não só em mim me vendo
Quero ser e ter
Me tendo e sendo
Essa é a vida que quero
E nada mais importa
Abro a porta
Entrem
E dancem e cantem



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