sábado, 28 de maio de 2022

Baby I love

 


A minha vida chegou ao ponto de me ditar isso aqui...

 

Muda de vida ou vai a perder. Em equilíbrio, eu eterno errante corro. Chuto palavras ao vento, pulo e dou um soco no ar. Pareço o Pelé comemorando um gol. Só que não. Hipocrisia refinada a minha, ter aguentado até aqui esta história da carochinha que me conto todos os dias e noites. O que importa é ouvir-me a partir daqui. A chama ainda arde, mas a idade conforme chega torna as coisas mais claras. Decido que em meu peito só se aninha a ventania de minha poesia. Uma mudança, uma renovação saudável. Respiro fundo e o jogo viro. Me digo; não quero ser mendigo, só não quero trabalhar sem poesia. Não quero vagar pelo mundo em destroços. Sonho todos os sonhos em poesia, assim pretendo dormir bem um dia. Entrego as flores que rego. Tenho muito o que viver. Sinto a beleza singela de um jardim onde palavras se tornam flores que adornam os canteiros e as cores dessas tornam-se tinta na caneta que entre meus dedos descreve tamanha beleza. Óh! Sim, uma sinfonia em sintonia com o sentimento sentido aqui dentro de mim que torno nosso. E numa só voz nos adentra e encanta-nos e demonstra que somos do mato vivendo numa cidade selvagem. À essa voragem não me falta coragem, dou minha palavra.   Ah... e baby I Love


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