Um velho usa sua
blusa suada da suástica que o estica ao passado passando em seu velho corpo
cansado suado
Solta suas botas
pelo caminho por onde quando jovem já fez grandes bostas e apostas
Ah vou tarde já
vai
De couro sua
careca brilha sua mente que sente o momento puro da sorte de sua morte em
velhice
Quantos amigos
jovens o esperam
Seu olhar alvo
como seus cabelos caindo ao chão
Cala a boca por
falar que em suas mãos estão os calos rebuscados
A velhice é
invisível da juventude
Uma atitude dos
mais velhos seria talvez não olhar pra trás
O beijo cruza a vida em zoeira tipo poeira escondida na ferida inflamada
O beijo cruza a vida em zoeira tipo poeira escondida na ferida inflamada
Que infla a pele
dourada de pus
Pus-me daqui pra
lá do vale da vida
E agora sentado
em minha lápide lapido o meu pedido
Se houvesse em
mim ouvidos
Faria não duvido
De um caco de
vidro espelho de meus atos ensaios
De meus ais nos
cemitérios dos mistérios
Agora pego minha
alma e levo de suas correntes o carma
E com calma sigo
cego sem mais nada do que minha alma lavada
Levada ao mais
calmo vento em brisa
Minha vida
desliza
No mais estou
indo ou vindo embora
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