Escrever é uma necessidade
Escavo em mim isso aqui
Não se trata de sentimentalidade
Descrevo o que penso que sinto
Nada transmito
Esses versos são conversas íntimas
Deixei meu orgulho constrangido
Dobrei a esquina da vergonha
Faça o barulho que quiser
Estou no grande silêncio de mim mesmo
Estou a ser-me
Estou a ser-me
Inesperadamente paro com o que não quero
Estou nu abaixo de zero
Bem quente em minha frente surge um espelho
Sai de mim o eu que sempre quero
Escarro o que sinto na tinta que invento
Sento
Escrevo
Escancaro
Enfrento o vento de minha fúria narina
Escrevo
Escancaro
Enfrento o vento de minha fúria narina
Não aconselho chegar nesse inverno
Sim
Sei lá
Faz frio
E calor
E dor
Faz frio
E calor
E dor
Rebelo de costas para esse espelho
Sem reflexão reflito
Vou ser o que vim ser
Não importa mais nada
Não importa mais nada
Não quero vencer nem convencer você
Mas escrevendo
Vejo um mundo colorido
Vejo um mundo colorido
Menos dolorido
Traduzindo
Estou dizendo que em mim estou vivendo
Estou dizendo que em mim estou vivendo
E o mundo é meu experimento
E grato grito por estes textos que digito
Regurgito... o mundo indigesto
E me solto
E me solto
Bom dia meia noite
Estou inteiro a essa hora
Tenho que descrever o que imagino para poder me entender
Bom me reencontrar
Com meu eu superior
Em elo à um eu inferior
Um campo sem domínio
Tenho que descrever o que imagino para poder me entender
Bom me reencontrar
Com meu eu superior
Em elo à um eu inferior
Um campo sem domínio
Onde estou?
Desbravando minha alma
Calma!
Sério
Não vou ficar calado
Está vazando um sentimento em forma de pensamento
Rio das minhas ilusões
Confuso o horário se perde
Bato uma carreira
Correria
Lacrado sigo evidenciando o preço posto
Vou produzir algo dessa pressão
Relatar meu íntimo
Acuso estou severamente vivo
E aqui
E agora
Não estou indiferente
Só diferente divirjo
Brotam letras
O doce mistério do cemitério é meu
Vou alongar mais uma vez
Desespremer-me
Exprimir
Ou eu sou até ao eu quero eu posso
Não vou mais ser criança sem esperança
Mistério
Cai a cortina
Desaparece
E aparece a poesia vívida
Vivida
Desbravando minha alma
Calma!
Sério
Não vou ficar calado
Está vazando um sentimento em forma de pensamento
Rio das minhas ilusões
Confuso o horário se perde
Bato uma carreira
Correria
Lacrado sigo evidenciando o preço posto
Vou produzir algo dessa pressão
Relatar meu íntimo
Acuso estou severamente vivo
E aqui
E agora
Não estou indiferente
Só diferente divirjo
Brotam letras
O doce mistério do cemitério é meu
Vou alongar mais uma vez
Desespremer-me
Exprimir
Ou eu sou até ao eu quero eu posso
Não vou mais ser criança sem esperança
Mistério
Cai a cortina
Desaparece
E aparece a poesia vívida
Vivida
Um comentário:
Bonito isso hein!
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