terça-feira, 5 de agosto de 2008

Me Castro





Eu o provoco a ler e a se entender, pois a leitura é um ato criativo que depende da sua interpretação. O que está escrito não tem um significado literal, mas sim o significado que você dá ao interpretar.

"O que o texto (que compartilho com pensamentos de Castro Alves) quer dizer é o que você consegue ou quer entender."

Abolicionistas mentais

Presos nos elos de uma só cadeia
A multidão faminta cambaleia
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece
Outro, de martírios embrutece

Cantando, o ser humano geme e ri!

Fatalidade atroz que o pensar esmaga!
Extingue-se nesta hora o q o obriga a ñ brigar
A viver sem questionar esse brique imundo do mundo
O trilho que t faz a vida sem brilho descarrile

Abriu em ti a vigia
Com tua íris vê ao longe o arco-íris

A infâmia é demais!
Levante herói do Novo Mundo!
Arranque a indignação, a desprenda nos ares!
Abre à porta ao ti questionares

Povo! povo infeliz! Povo, mártir eterno
És do cativeiro o Prometeu moderno...
E cruzais os braços... Covardia!
E nem murmurais... Hipocrisia!


— É preciso esperar... dizes
Esperar? Mas o quê?
Basta! A hora soa...
Tua voz revoa
Por nós clama

A nova geração rompe da terra
Se pobre, que importa? Seja livre... És gigante
Ó gente, despertai... Não curves a fronte
Já falta bem pouco. Sacode a cadeia

A luz da alvorada de um dia melhor nos ladeia
Arranca este peso das costas do Atuante
Levanta o madeiro dos ombros teus

Vai, Poeta... Rompa os ares
Cruza a serra, o vale, os mares
Deus ao chão não te amarrou!
Tu és livre!

End entend

Castro Alves e Ósi Luís



*Castro Alves, é eterno e então atual.

Agradeço ao éter q nos liga e lega-o

Livremente inspirado n’Os escravos, de Castro Alves. Partes de Navio Negreiro, Prometeu, Estrofes do solitário, América e Fábula O pássaro e a flor. Leia Castro Alves*.

*Castro Alves, é eterno e então atual.

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